- Coisas boas -
∆...∆
Jack se levantou e encarou Christian, sangue nos olhos.
_ Parece carma - o homem murmurou enquanto mais uma vez tocava a parte de trás da cabeça. - Os Grey atrapalhando minha vida de novo.
Não era como se Christian quisesse uma explicação, muito menos Ana, pelo contrário, ela apenas queria que aquela noite acabasse. E se no amanhecer ela não tivesse nenhuma resposta para as duvidas que acabara de ter, não importava.
E Christian parecia pensar o mesmo, pois o homem ignorou totalmente sua fala e o empurrou contra parede, uma das mãos propositadamente em seu pescoço.
_ Nunca mais toque nela - vociferou ele com a voz enganosamente calma e completamente ameaçadora.
Ana parecia paralisada, mas o transe acabou quando ela percebeu o rosto de Jack vermelho até quase roxo. A garota se levantou rapidamente.
Jack merecia aquilo, mas seu namorado não merecia ser preso.
_ Christian, solta ele... Amor, só para - Ana pediu, tocando o peito de Christian para que ele se afastasse. - Por favor - ela fez mais força.
O médico soltou o homem e Ana soltou o ar que nem percebeu que estava segurando.
_ Só vai embora, Jack - Ana mandou.
O homem não se mexeu, ainda tentando respirar, as mãos no pescoço.
Ana se virou mais do que irritada.
_ É melhor você sair da minha casa agora antes que eu chame a polícia, e acredite eu sei muito bem como processar alguém.
Não era como se Jack estivesse bêbado o bastante para não sentir a ameaça real na voz de Ana, e ele também não esperava que Christian chegasse ali.
O homem - covarde ou sensato - apenas saiu.
Era estranho, aquilo tudo só aconteceu em minutos, e parece que foram horas.
Com certeza as piores.
Ana sentiu as mãos de Christian em sua cintura, e então ele a virou para si, pegou seu rosto nas mesmas e parecia analisar cada centímetro.
Ana franziu o cenho e balançou a cabeça.
_ Eu estou bem - ela , tirando suas mãos de seu rosto e fazendo-as voltarem para sua cintura.
Ela deixou seu corpo cair para frente e Christian segurá-la, a testa pressionada contra seu peito enquanto ele beijava seu cabelo.
Não sabia se era uma pessoa normal, acho que ninguém sabe o que é normal hoje em dia, é tudo tão relativo no mundo do século 21, como a morena que apenas pensava em tomar banho depois de quase ter sido violentada.
VOCÊ ESTÁ LENDO
50 Tons de Uma Exceção
FanfictionEla tem uma regra, apenas uma: nada de se apegar. E ela seguia aquela regra a risca, mas agora Ana vai descobrir que para toda regra, há uma exceção.