Minha Vida Acabou

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⚫Julia⚫

Depois que me despedir do Pedro, eu anotei o número dele e sai andando para onde seria o enterro e procurando algum sinal do meu pai, quando cheguei no local, meu pai não estava, mas já estava para começar.
Tudo acabou, meu pai não apareceu, o que me deixou muito preocupada, o enterro ocorreu bem, o Bruno e a Margaret ficaram do meu lado, mas como todos esses dias não deixei nenhuma lágrima cair, sou despertada dos meus pensamentos quando esculto uma música, Pera, eu reconheço, é o meu celular que está tocando.

Ligação📞

- Alô - Falou Julia sem ver quem era

- Julia - Falou uma voz muito reconhecível

- Pai? - Perguntou meia em dúvida

- Filha, dá para você vir para casa?

- , estou indo - Falou em dúvida, ela não sabia o por que ter que ir para casa, sendo que quem deveria ir era o pai, que não presenciou o enterro da própria esposa. - Tchau pai - E desligou.

Quando a ligação acabou eu estranhei um pouco, mas fui até o Bruno e entreguei o palito dele, era maravilhoso, branco com detalhes pretos, ADOREI, quando entrei para ele, me despedir e fui até o motorista, mandei ele ficar com a família, deixava que eu fosse sozinha, mesmo sendo longe, mas eu fui, sai andando, vendo tudo, vendo as crianças correrem de um lado pro outro, rindo de tudo, vendo o meu celular, vendo a neve cair, já que é inverno, me diverti só observando, sentir uma paz em mim, ficar observando cada detalhe, o balanço do meu vestido, algumas flores coloridas, a neve, o sol que fazia esforço para sair, as crianças brincando na neve, tudo acontecendo, ver tudo bem detalhadamente é um dos meus dons! Quando eu menos percebi já estava na entrada de casa, abrindo a porta.

- JULIA, ONDE VOCÊ TAVA? VOCÊ ESTÁ LOUCA? POR QUE ESSA DEMORA TODA? TÁ LOUCA? JÁ IA LIGAR PARA VOCÊ!

-Pai por que o senhor está gritando? Por que tanto exagero? Eu só quis vir sozinha! Quis andar, me distrair um pouco, não tem problema, e não tem pra que fazer esse exagero todo! E agora é que pergunto, Tá louco?

- OLHE COMO VOCÊ FALA COMIGO JULIA HAWLEY, ATÉ PARECE QUE EU SOU SEUS COLEGINHAS, EU SOU SEU PAI E EXIJO RESPEITO!

- NÃO É CULPA MINHA SE VOCÊ EM VEZ DE FALAR DIREITO COMIGO VOCÊ VEM GRITAR! QUAL É VOCÊ NEM APARECEU NO ENTERRO DA MINHA MÃE, DA SUA MULHER, E AINDA VEM FALAR MERDA PARA O MEU LADO? E FICA FALANDO COISA SÓ POR QUE EU DISSE PARA O MOTORISTA PASSAR O DIA COM A PRÓPRIA FAMÍLIA, PELO MENOS ELE TEM, E A MINHA QUE FOI DESTRUÍDA POR SUA CULPA?

- NÃO FOI CULPA MINHA!

- NÃO? QUEM FOI QUE FEZ NEGÓCIOS COM A MÁFIA? FUI EU? NÃO! FOI VOCÊ! VOCÊ FOI BURRO O SUFICIENTE DE NÃO FALAR PARA MINHA MÃE E PARA MIM, VOCÊ PREFERIU FAZER NEGÓCIOS COM A MÁFIA, DO QUE VIR AQUI E FALAR AS SITUAÇÕES DA EMPRESA CONOSCO!

- Julia eu...

- Tudo bem! Agora não queira gritar comigo, só por que eu quis vir andando!

- Só fiquei preocupado, olha, estão ameaçando você, e você sabe, só estou cuidando de você, não quero perder o único motivo de está vivo, já perdi um, não quero perder o outro.

- Não vai! Você não vai me perder! - Fui pegando as minhas coisas e subindo as escadas até meu pai falar

- Julia, antes de ir para o quarto eu quero falar com você, por favor conheça o Senhor Culbert - Agora é que eu fui notar, tinha mais alguém na sala, um homem que eu não conhecia, mas também é um gatinho, papai deve conhecer ele muito bem, já que ele deixou nós discutirmos com ele lá!

Prisioneira do Morro {CONCLUÍDA}.Onde histórias criam vida. Descubra agora