Pov Luise
Depois de Cristian rodar pela cidade por muito tempo aliás eu tomo coragem e digo :
-Você não ia me levar para casa? -
finalmente ele para o carro em um acostamento - Você gosta de que? - ele simplesmente ignora minha pergunta - Como assim?-
- Quero dizer, gosta de comer algo ou de algum lugar específico?-
-Achei que ia me levar para casa, talvez depois marcariamos isso? E você deve saber que eu sou nova aqui, não conheço muitos lugares alem de bibliotecas e livrarias.
-Estou indo embora você se esqueceu?
- Então por quê ainda quer sair comigo?
-Eu te prometi um encontro e você está louca para sair comigo - ele sorri irônico.
- Eu não estou louca para sair contigo, se quiser me deixar aqui eu posso voltar sozinha e...
- Para com isso,você sempre tem que fazer isso né.
-Fazer o que?
- Sei lá, talvez ser grossa e sempre se afastar.
- Eu não estou me afastando.
- Aham sei, quer mesmo ir para sua casa?
- Eu gosto de pizza- digo sem responder sua última pergunta.
- ótimo, então vamos comer hambúrguer- ele diz sorrindo....
Depois que fizemos nossos pedidos, começo a perguntar - Vai me dizer agora?
-Dizer o que?
- O por que de você ir embora talvez...
- Fica tranquila, nem vai dar tempo de sentir saudades minhas.
- Estou falando sério.
- Ok, tudo bem eu conto.
- Obrigada, então diga.
- Eu vou atrás de um babaca mais conhecido como meu doador de esperma mas não é porque eu gosto dele, na verdade eu nem sei quem esse babaca é eu só preciso ver ele e saber a merda que aconteceu pra ele ter que abandonar uma mulher grávida de seu filho, pensando bem essa idéia é bem ridícula.
- Eu não acho, essa idéia não é nem um pouco ridícula, afinal ele é seu pai.
- ELE NÃO É MEU PAI - Cristian literalmente surtou.
- Tudo bem ele não é, me desculpe por ter dito isso.
- Merda... olha só, você está com medo de mim.
- O que? Não, eu não estou com medo de você - talvez eu esteja um pouco mas não vou deixar ele saber.
- Olha, eu não sou sempre assim é que ultimamente eu eu bom eu - ele está gaguejando muito.
- Você está usando muitas drogas.
- Sim é isso, mas eu vou parar.
- Olha eu não quero seu mal, até porque nem nos conhecemos direto e não tem como eu te desejar isso, acredite eu ja desejei para muitas pessoas mas enfim acho que você deve sim parar de usar essa coisa, ela vai te matar aos poucos e você não vai perceber até estar sozinho.
- Eu ja estou sozinho.
- A então eu não sou ninguém? Me magoei viu.
- Não, quero dizer você é alguém mas alguém digamos que ... Que é muito"certa para o meu errado" - ele faz aspas com os dedos e eu sorrio.
- Como assim? Ai meu Deus você acha que eu sou certinha?- ele balança a cabeça em positivo.
- Fique sabendo que esta errado.
- Então prova.
- Como?
- Me fale uma coisa ruim que ja fez.
- Bom na verdade são muitas e eu vou até me perder se começar a contar - digo brincando enquanto rimos da cara um do outro.
Nossa pizza chegou e começamos a comer abafando com a mão as risadas enquanto ele fazia piadas sobre o queijo grudento do recheio.Terminamos o lanche e resolvemos andar um pouco Christian está muito quieto dando passos curtos com suas mãos enfiadas no bolso da frente de sua calça jeans preta.
- Mas me diz ai, você vai se formar em que? - ele diz derrepente.
- Bom eu ainda realmente não sei tenho muitas duvidas sobre meu futuro.
- Não mais do que eu posso te garantir.
- Porque diz isso? É realmente tão dificil ser você?
- Eu... Eu não sei mas sinto que minha vida é uma merda.
- Ei vai em frente me conta. -ele da um suspiro profundo.
- Eu acho que quem matou minha mãe foi o bosta do meu padrasto e eu vou vingar minha mãe só não sei como mas eu vou.
- Você está pensando em matar ele?
- Promete que não vai ir embora?
- Sim eu prometo.
- Ok, eu tenho planos você vai me achar maluco.
- Me conte seus planos.
- Vou matar meu padrasto e jogar a culpa no meu pai biológico. - eu simplesmente não sei o que falar.
-Quer saber esqueça que eu disse isso- eu sinto que preciso ajudar ele.
- Eu topo.
- Topa? Topa o que?
-Eu vou te ajudar no seu plano- o que caralho eu estou dizendo?.
- Você não precisa se sujar com isso.
- Mas eu vou.
- Você é doida.
- Não mais que você.
-
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Para todos os finais comuns
RomanceNós éramos como dois dedos segurando um elástico, o primeiro a fraquejar atingia o outro, nossas vidas ainda mereciam ser vividas por isso nem eu e nem ele soltava o fio que nos unia, acreditávamos que... Ainda seríamos felizes. Dois passados horren...