POV CHRISTIAN
As palavras dela giram em minha cabeça e isso me incomoda pra caralho. - Eu realmente não estou afim de falar com você agora. - digo a ela enquanto me afasto de seu toque e me levanto depressa. - Eu só estou tentando ajudar você - ela diz calma. - Tentei te ajudar hoje mais cedo, se lembra disso? Pergunto a ela que esta me olhando confusa. - Sim eu me lembro, mas tenta me entender eu não te conhecia, não podia simplesmente entrar em seu carro.-
- Ainda não me conhece se não pode confiar em mim eu não posso confiar em você. - Sempre é mais fácil para o homem - ela quase sussura e se vira para ir embora mas eu não quero que ela vá - O que disse? -
-Você me ouviu. - Sim eu ouvi, mas realmente não entendi. - me explico a ela. - Bom... acha que é fácil para uma mulher simplismente entrar em um carro só porque o homem está oferecendo? Você não acha que temos medos e inseguranças? Você... não deu a mínima na hora que tentou se drogar na minha frente. - As palavras que sai de sua boca me atingem em cheio no rosto, literalmente senti um tapa na cara, ela esta certa preciso admitir. - Ok, eu entendi foi mal por isso. - Tudo bem, agora preciso ir - ela me diz e se vira novamente para ir embora tento chamar mas fico enjoado, sinto o vômito em minha garganta de forma que não consigo segurar, solto tudo para fora. - posso ver ela se aproximando de mim no mesmo instante levanto minha cabeça tentando me recompor. - Você está bem? Oque comeu para ficar assim? - Nada - respondo me sentindo um lixo por ter feito isso - Você não comeu nada o dia todo e ainda esta bebendo? - ela grita em forma de um sermão, me sinto uma verdadeira criança levando bronca por não ter obedecido. - Calma ai - ela me diz enquanto tira uma garrafa de água e um pote de sua bolsa. - Vamos para lá - digo apontando para um parquinho que tem na esquina da loja, longe da meleca que eu acabei da fazer. - ok vamos. - sem reclamar ela começa a andar em direção as balanças velhas do parque e se senta ao meu lado a dela é um pouco mais alta comparada a minha. - Pega - ela me estende suas mãos com a àgua e o pote estranho - pego a garrafa e tomo um pouco mas não sei o que tem no pote - O que é isso? - pregunto erguendo minha mão - É um pedaço de torta de maçã, você não gosta? - ela me pergunta.
- Oh sim, eu gosto faz muito tempo que não como isso, acho que desde que minha mãe faleceu - digo mastigando a torta sem perceber que acabei de me abrir para essa garota sobre minha mãe ter falecido. - Sinto muito - Ela me olha, com os olhos piedosos - Pelo o que? - Pergunto sem entender - Por fazer você lembrar da sua mãe - decido tirar essa culpa que ela esta sentindo - Imagina, você não tem culpa de nada, eu que estou errado aqui e ... . - Mal termino de falar quando ela solta. - Também perdi alguém próximo, meu pai na verdade. - ela abaixa a cabeça e olha fixamente para o chão. - Sinto muito. - digo e olho para mesma flor que ela está encarando no chão é a um bom tempo acho que é uma margarida - Droga de vida ! Eu não entendo, porque as pessoas se vão? Tipo oi estou aqui e do nada elas te deixam sozinho, ali sentindo um vazio pro resto da sua vida, parece que elas só servem para te fazer ama-las e quando você estiver apegado a elas, elas simplismente... se vão... Vão embora e nos deixam sem nenhuma resposta a não ser o silêncio de uma despedida que não pode ser feita é como dizer adeus ao adeus eu nunca vou entender essa merda. - Eu simplesmente desabafo essas palavras para ela, estou com vergonha do silêncio entre a gente, quando vou me desculpar ela diz - Talvez... Talvez devemos pensar que essas pessoas eram tão boas para nós que nos ensinaram várias coisas sabe? Tipo coisas do bem e se ... Elas forem anjos? Sim eu sei parece estranho mas e se fossem, anjos que tem o dever de vir e servir e quando seu tempo acabar eles devem voar novamente para o céu, eu não sei muita coisa mas se tem algo que aprendi com os livros é que... Se amamos alguém temos que aceitar a partida, independente da causa, se ela se for apenas aceite sabe? O que é seu sempre volta é claro que eu sei, elas estão mortas mas aposto que na sua memória e no seu coração tem algo que você sempre vai se lembrar dela, acho que essa é maneira delas voltarem para nós, entende? - sorrio para ela depois de ouvir sua opinião sobre mortos, estou quase dizendo para ela que... Mas seu celular toca - Preciso ir, minha mãe esta louca atrás de mim - ela diz enquanto se levanta depressa me levanto junto - Espera ai - digo antes que ela se vá, arranco a flor que ela encarou durante toda a conversa e a entrego - Obrigada pela torta estava muito boa, entrego o meio pedaço. - Pode ficar, tenha uma boa noite...- agora que percebi - nós não chegamos a nos apresentar - Christian meu nome é Christian - digo a ela - A e o meu é luise ela sorri - prazer Luise, tenha uma Boa noite. - Igualmente Christian - então ela se vira e vai embora, desaparecendo no meio da multidão enorme de pessoas voltando para casa.
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Para todos os finais comuns
RomansaNós éramos como dois dedos segurando um elástico, o primeiro a fraquejar atingia o outro, nossas vidas ainda mereciam ser vividas por isso nem eu e nem ele soltava o fio que nos unia, acreditávamos que... Ainda seríamos felizes. Dois passados horren...