POV LUISE
Depois de andar dez minutos embaixo de chuva, finalmente chego em casa, minha mãe está na cozinha assando torta de maçã, posso sentir o cheiro da sala de estar, elas eram as favoritas do papai antes dele falecer, isso já faz oito anos eu ainda era muito nova tinha apenas nove, quando aquela tragédia aconteceu, mas o horror de cada cena ainda está fresco em minha memória. - Mãe? Cheguei! - grito enquanto subo para o meu quarto.
...
Tomei um banho bem demorado e vesti roupas confortáveis, um suéter e calças largas, enquanto espero meu cabelo secar um pouco, desco até a cozinha para comer um pedaço da torta que ja esta pronta em cima da mesa, olho pela janela e reparo que a chuva se foi, está bem ensolarado para um fim de tarde, penso em sair para comprar alguns livros novos, descido então levar um pedaço para mais tarde em um pote que achei na cozinha, coloco em minha bolsa e saio de casa.Quando me dou conta já estou quase no centro da cidade, entrei em varias livrarias e bibliotecas mas ainda não achei algo que me chame atenção, chegando ao fim da rua entro em mais uma loja parece bem simples e sofisticada com vários livros expostos na vitrine, depois de um tempo percebo que ja esta escurecendo lá fora e decido ir embora, quando estou na porta recebo várias mensagens da minha mãe perguntando quando vou voltar para casa, repondo ela e solto uma risada alta sem querer vendo a foto da minha mãe fazendo uma careta na nova mensagem.
Sem olhar, nem sequer para os lados, começo a andar ... - Olha por onde anda caralho ! - escuto uma voz rouca vindo do chão, acho que tropecei em um mendigo, muito mal educado por sinal. Mas quando eu olho para baixo vejo o garoto idiota que conheci mais cedo. - Com se ai fosse o lugar certo para estar sentado, gostou dessa? - pergunto sendo mais sarcástica possível - Espera ai você...você está chorando? - percebi que seus olhos estão bem avermelhados ou será que são as drogas?, penso comigo mesma - Não é da sua conta, ta legal? Agora me deixa em paz e segue teu caminho - percebo o fracasso em sua voz e decido me abaixar, de alguma forma senti que era inevitável não querer ajuda-lo, seguro seu rosto entre minhas mãos e posso ver o quão abatido ele está, fico surpresa quando ele não se afasta do meu toque. - Você pode me contar, confia em mim - digo tentado o deixar confortável e abro um sorriso sem saber o porque de estar fazendo isso e apenas sorrio para ele, enquanto ele me encara com seus olhos marejados.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Para todos os finais comuns
RomanceNós éramos como dois dedos segurando um elástico, o primeiro a fraquejar atingia o outro, nossas vidas ainda mereciam ser vividas por isso nem eu e nem ele soltava o fio que nos unia, acreditávamos que... Ainda seríamos felizes. Dois passados horren...