■ Capítulo 45 ■

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Acordo com gritos do outro lado do quarto, me levanto imediatamente e saio encarando o auê que se formava ali fora.

- O que tá acontecendo? - pergunto.

- Larissa, pelo o amor de Deus, me ajuda. - Leh suplica.

- O que foi? Tu tá me preocupando.

- Foi eles! - Ela faz uma pausa para respirar. - Pegaram o Lehandro.

- Quê? Como assim?

- O Lehandro tava na rua com o Thiago. Uns homens pararam o carro dele, surraram o TH e sumiram com o meu marido. - ela conta em total desespero.

- Calma! Eu vou pensar em algo e agorinha te falo. - mudo de assunto - Cadê a Lua?

- Deixei com a Melanie.

- Vou ligar pro Lucas, talvez ele saiba de algo.

- É claro que ele sabe. - Breno se aproxima. - Tenho certeza que foram eles que levaram o Lehandro.

- Isso não pode tá acontecendo! - nego com a cabeça atordoada. Era inacreditável.

- É vingança, Larissa. - ele faz uma pausa. - A guerra só começou.

- Preciso ter certeza. - digo e pego meu celular. Procuro pelo contato de LC, mas é em vão, cai na caixa postal diversas vezes até que eu desista. Algo estava errado, muito errado. Disco o número de Matheus já decorado, e novamente, ninguém atende.

- Cadê seu carro, Breno? - indago e ele arqueia a sobrancelha.

- Tá com o Gabriel faz dias.

- E cadê o Gabriel? - pergunto já desesperada.

- Porra, tá com o teu pai. Tá com a cabeça aonde? - Ele me lembra e eu balanço a cabeça negativamente. Nada podia dar certo nessa merda de vida?

Fernando se aproxima em total tranquilidade. Assim que percebe a tensão no ar, muda seu semblante.

- O que tá acontecendo?

- A gente precisa da sua ajuda.

- Agora? Eu tenho que arrumar minhas coisas pra ir viajar. - outra coisa que eu havia esquecido. Fernando ia passar alguns dias com os pais.

- Lehandro sumiu. - conto.

- A viagem pode ser adiada. - ele muda de ideia drasticamente. - Vou pegar a caminhonete dele.

Assinto e ele sai indo atrás do automóvel. Meu coração estava acelerado, nem ar eu tinha mais, e eu não tinha a menor ideia do que fazer.

Visualizo Thiago correndo na minha direção, havia um corte em seu lábio inferior e no supercílio.

- Já sabe, né?

- Na verdade, não.

- Na real, você sabe sim. Só não quer acusar ninguém, e eu te entendo. - ele faz uma pausa, pensando em algo específico. - Dias atrás Alemão veio aqui, disse que tinha provas contra Lehandro e que logo ele sofreria por tudo o que fez.

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