■ Capítulo 9 ■

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Minha cabeça ainda estava lotada de pensamentos do que seria certo ou não. Cheguei da escola e logo mandei uma mensagem para Thiago pedindo que me buscasse.

Tranquei toda a casa e levei minhas malas para a entrada com a ajuda de Vitor.


- Então tu tá indo embora agora? - Ele me pergunta.

- Sim.

- Já estava me acostumando com a sua cara de bunda.

- Vai se ferrar - mostro o dedo do meio.

- Vem de vez em quando aqui. - ele pede.

- Pra quê?

- Ah, quer saber, vai embora logo. - ele diz apressando os passos.

- Pra sua infelicidade ainda estudo aqui. - digo alto para que ouvisse.

- Que triste, já estava feliz. - comenta e abre um sorriso. Chegamos na entrada e Thiago já me esperava encostado no carro. Ele colocou as malas no porta-malas e despejou um beijo na minha bochecha.

- Por incrível que pareça, vou sentir sua falta, frescurenta. - Vitor cruza os braços após ajeitar a fuzil nas costas.

- Digo o mesmo. - entro no carro e abro a janela. - Até depois, gibi.

- Até, madame.

Vitor era um cara realmente muito bonito e suas tatuagens chamavam ainda mais a atenção. Eu conseguia ver futuro nele. Ele sonhava alto e isso era perceptível. Pedi mentalmente que seus sonhos nunca fossem corrompidos.

Passei o caminho todo perdida em pensamentos e só me dei conta de onde estava quando Thiago estacionou. Leh estava em frente sua casa e logo veio sorrindo.

- Olá. - ela me cumprimenta. - Aqui está. - me entrega as chaves e abre espaço para que eu pudesse olhar para a minha nova casa.

Inacreditável.

- Pode indo, vou levar tudo. - Thiago avisa e eu assinto, seguindo Letícia para dentro da casa.

A casa era simplesmente enorme. Muito maior do que eu imaginei e muito maior do que parecia para quem via de fora. Não chegava a ser nem metade da casa do Lehandro, e ainda sim, era enorme.

- Gostou da decoração? - ela indagou enquanto eu ainda curiava cada canto.

- Não precisava. - digo sorrindo.

- Precisava sim. Ah, tem um colégio aqui perto.

- Vou continuar estudando no Alemão.

- Não acha longe pra você ir todos os dias?

- Eu dou um jeito, relaxa. - digo realmente agradecida. Naquele instante, duvidei se era realmente um favor que Lehandro estava pagando para Gabriel.

Terminei de arrumar todas as minhas coisas e decidi tirar o dia para simplesmente sentar, pegar meu celular e viver uma vida normal de adolescente.

No dia seguinte, acordei mais animada do que deveria. Se soubesse o estrago, teria sentado novamente e vivido a "vida adolescente" por mais uma semana. Tomei um banho gelado que animou ainda mais meu corpo e mandei uma mensagem para Breno junto à localização.

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