■ Capítulo 32 ■

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P.O.V Bruna

Enquanto geral viajava, eu havia deixado de ir somente para fazer companhia para Lucas. Aos poucos me arrependia de tal decisão, já que o canalha só ficava enfurnado na boca, fazendo sei lá o quê.

Naquela tarde eu decidi ir até lá pra falar logo tudo o que eu queria, como presente pelo meu papel de trouxa, ganhei a visão de uma lambisgoia com a língua agarrada na boca dele. Linda, mas ainda sim, lambisgoia.

Respirei fundo e troquei de direção. Automaticamente me perguntei se Melanie estaria em casa e desci até a entrada. Pedi carona a um dos vapores e em minutos, estava em frente à Rocinha.

Subi atravessando algumas vielas até chegar na casa de Larissa, bati na porta e em resposta recebi silêncio total. Lehandro estava sentado na porta com um truta, aproveitei a deixa pra pedir seu celular emprestado.

- Cadê o teu? - Ele arqueou a sobrancelha.

- Tá sem crédito.

- Quer falar com quem?

- Nando, Mell, qualquer um.

- Melanie tá trabalhando e Fernando fazendo curso. Saíram tem uns vinte minutos. - ele informa me deixando frustrada.

- Perdi meu tempo. - disse sem pensar e Lehandro voltou a me encarar.

- Entra aí, quando TH chegar do corre que mandei fazer, falo pra te levar lá. - ele diz e eu assinto ainda incerta. Hesitante, entrei na casa e fui direto ao sofá. Aos poucos havia me tornado uma grande sedentária.

Liguei o celular e abri em um joguinho qualquer, esperando que aquilo ajudasse a passar o tempo. Minutos depois, o rei entrou no jogo e fechou a porta, voltando a me observar daquela forma diferente.

Levantei, deixando o celular de lado e o analisei de cima a baixo. Só queria mais uma olhada naquele abdômen definido.

- Não me olha assim. - ele pede soltando um riso.

- Assim como? - voltei a olhar em seus olhos.

- Como se quisesse outra coisa.

- E você ainda tem dúvidas sobre isso? - arqueei a sobrancelha e ele riu. Eu ainda não havia acostumado com aquele semblante suave, aquele sorriso torto e o som daquela risada boba.

Antes que terminasse minha análise, seu corpo se aproximou do meu, sua respiração bateu contra o meu rosto e seus lábios estavam tão próximos que eu já implorava por eles novamente.

Senti seus dentes mordiscarem suavemente meu lábio inferior. Suas mãos desceram pelo meu quadril até chegar na minha bunda. Eu não sabia sequer que merda estava acontecendo, mas de certa forma, eu estava gostando. Afinal, eu sempre quis aquilo, não era? Não dava mais para esconder. Era a verdade, ele e eu sabíamos.

Lehandro me levou contra a parede e começou a dar chupões por todo o meu pescoço. Meu corpo começava a ficar ainda mais quente e eu soltei um riso no meio de toda aquela confusão.

- Coé? - Ele indagou.

- Tenho que confessar... Talvez assim, você seja muito gostoso, sabe? - digo sorrindo e ele me beija. Sinto suas mãos me puxarem ainda mais para ele, acabando com qualquer vestígio de espaço que houvesse entre nós. Senti seu membro duro tocar minha barriga.

Aí, papai. Ganhei na loteria.

Paro o beijo e ando lentamente até as escadas, antes mesmo que eu pudesse subir o primeiro degrau, ele me pega no colo e me leva até o seu quarto no andar de cima.

Eu nunca havia imaginado um dia estar ali, mas agora estar, poderia ser a melhor coisa que um dia me aconteceu.

Sou colocada na cama com cuidado, e logo em seguida todo o cuidado desapareceu, rasgando minha blusa. Os pelos da sua barba por fazer encostaram no meu busto, suspirei. E suspirei ainda mais quando sua língua tocou o meu mamilo. Puxei seus cabelos sentindo o calor subir pelo meu corpo e respirei fundo, estava extasiada, louca, sem razão nenhuma, e a única coisa que eu queria de uma vez por todas era ele dentro do meu corpo.

Ele chupava meu mamilo enquanto massageava o outro.

Todo o desejo que eu reprimia por séculos crescia mais e mais. E fiquei ainda mais perdida e extasiada quando seu dedo tocou levemente meu clitóris por baixo da roupa. Analisei seus olhos perdidos de desejo e sorri, recebendo uma negação com a cabeça.

- Você é um perigo, e gostosa pra caralho. - ele sussurrou perto do meu ouvido. Antes que pudesse responder, ele se abaixou, despejando beijos por toda a extensão do meu corpo até chegar nas coxas. Tirou sem delicadeza nenhuma as peças inferiores e sem perder tempo, me arrancou um gemido quando sua língua tocou minha pele quente. Dois dedos eram penetrados enquanto sua língua estimulava meu pontinho de tensão sexual.

Com a mão, puxei as madeixas do seu cabelo, procurando qualquer coisa em que eu pudesse segurar enquanto sentia o prazer percorrer o meu corpo. Quando estava perto de chegar no ápice, ele parou, me encarando como se estivesse se vingando por tudo o que eu tinha dito dele até hoje.

- Você é um grande filha da puta. - Falei enquanto meu corpo fervia.

- E você gosta.

Ele levantou e se encostou próximo a cama, sem pensar duas vezes, me aproximei e segurei seu membro ereto. Com a boca, passei a língua na parte mais sensível trocando por leves sugadas na glande, enquanto minha mão fazia movimentos de vai e vem, acompanhando o ritmo frenético dos meus lábios.

Não demorou para que ele ficasse ainda com mais desejo e parasse com as preliminares. Ele puxou meu cabelo com força para trás, chegou bem próximo do meu rosto e disse:

- Agora você deita e obedece.

Soltei um riso safado e mordi o lábio inferior, quente demais pra discutir sobre poder. Só desejava que ele entrasse o mais rápido possível dentro de mim.

Deitei como foi mandado e com um cinto, ele prendeu minhas mãos sobre a cabeça. Sem muita enrolação, senti seu membro entrar e abri um sorriso ainda maior olhando seu semblante. Seus movimentos ficaram ágeis e já naquele instante, meu sangue fervia. Entrelacei minhas pernas no seu quadril e ele penetrou ainda mais fundo.

A cama já batia contra a parede e eu ainda continuava perdida naquele olhar de desejo. Cheguei no ápice em poucos minutos quando as posições foram trocadas e enquanto ele estocava, seus dedos estimulavam meu clitóris. Sem poder me segurar em nada por conta dos braços presos, desabei em cima do seu corpo e ele sorriu, terminando seu trabalho e dando uma forte suspirada na minha nuca.

- Dá o papo se a gente não faz uma dupla do caralho. - aquele sorriso torto enfeitou seu rosto.

- É, pode se dizer que sim.

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