John cutucava Sherlock, o balançava pelo ombro e gritava seu nome desesperadamente, sua voz tremeluzia e por um momento podia jurar que seus olhos lacrimejavam ao ver o moreno naquele estado.– SHERLOCK! SHERLOCK! – John gritava o mais alto que podia.
O garoto não respondia a nenhum estímulo, John o balançava freneticamente. Se lembrou de alguns truques de primeiros socorros que havia visto em um livro.
– Você pode ser um garoto estranho, mas saiba que não vou te deixar morrer, pelo menos não agora. – Disse com esperança que Sherlock conseguisse escutar e saber que ele não estava de acordo com algumas coisas que descobrira sobre Moriarty.
John checou o pulso de Sherlock, estava caindo muito rápido, colocou a mão próximo ao nariz do moreno, sua respiração era quase imperceptível e sua boca estava levemente aberta, sinal que suas saídas de ar estavam comprometidas.
O loiro pegou nos ombros de Sherlock, de modo que o colocasse em uma posição segura com a cabeça encostada próximo a parede. Tentou fazer massagem cardíaca, mas nada adiantou e a coloração de Sherlock, que já era nula, sumia cada vez mais assim como sua respiração.
Nada funcionava e John sabia que não tinha muito tempo, em breve as substâncias que Sherlock havia ingerido fariam efeito totalmente e ele morreria em minutos, além de tudo, analisando a altura do moreno e seu estado, seria impossível carregá-lo até a enfermaria e como estavam muito longe do local, apenas o tempo que levaria para correr até a enfermaria e voltar com ajuda, seria tarde demais.
Mas o destino estava a favor das duas almas carentes. June entrou na sala e a primeira coisa que viu, foram os dois garotos próximos a parede e logo atrás os medicamentos e seringas que Sherlock havia usado.
– Meu Deus! O que houve? – June se aproximou dos meninos e ergueu a cabeça do cacheado.
– Sherlock deve ter misturando várias substâncias. – John falava rápido, suas mãos tremiam. – Está tendo uma overdose, tentei fazer massagem cardíaca, mas seu corpo está absorvendo a química muito rápido.
June ficou um tempo parada tentando entender como um menino simples de 18 anos falava de um jeito tão profissional e seguro.
– Temos que levá-lo, rápido! – June disse olhando sério para Watson. – Não temos tempo de chamar ajuda ou pedir para que tragam alguma maca.
Neste momento Sherlock passou a emitir um som como se estivesse sufocado, começou a salivar e seu rosto passou a ficar roxo, suas cordas vocais estavam fechando e o tempo se esgotando.
– Eu pego a parte do ombro e você o quadril. – June ordenou.
Em menos de minutos os dois carregavam Sherlock pelos corredores da Harrow School até a ala hospitalar.
– O que aconteceu com Holmes novamente? – Doutor Philips correu na direção de June e John, que edentravam carregando Sherlock na entrada da enfermaria.
– Overdose. – John disse. – Temos que desintoxicá-lo.
– Oh céus. June, me acompanhe.– Philips pegou Sherlock nos braços e o colocou em uma maca, o levando imediatamente para a UTI.
John ficou parado, observando apreensivo a correria e a urgência que os enfermeiros lidavam com o moreno.
– Volte para a aula. – Disse June voltando do corredor, após colocarem Sherlock em uma das salas da UTI. – Se houver alguma alteração no quadro, eu lhe avisarei. – Ela olhava com ternura ao perceber o rosto de espanto dele.
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Amor de Verão
ФанфикUm menino, atendido pelo nome de John Watson, perdido na imensidão de Londres, recém chegado de Lacock, novato em uma das principais escolas da região, sentido com a recente morte do pai, obrigado a aprender a conviver com a depressão de sua mãe e o...