19. "I have bad news"

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Escutem a música junto com o capítulo, vou explicar sobre ela no final.

Boa leitura 😉


- Chegou alguma carta? - John correu para alcançar Christopher, o funcionário responsável pela entrega das correspondências na escola.

- Olá Watson, não deveria estar no salão de apresentações? - Christopher falou com um meio sorriso. Realmente John deveria estar no salão, ensaiando e recebendo as instruções junto com os outros alunos para aquela noite, era o dia da tão falada formatura.

- Sim... - falou meio sem jeito, lembrando que Sherlock não parava de criticar sua roupa de gala e se recusando a usá-la. - Mas sabe se já chegou alguma carta para mim?

- Não. - Christopher disse sério, era como se estivesse tentando esconder algo por trás daquela seriedade. - Aliás, tenho que levar isso para o senhor Hawkins.

Christopher saiu como um jato, sem nem olhar para John, dexando-o apreensivo.

O loiro tentou esquecer aquilo, apesar de estar nervoso pelo fato de sua mãe não ter lhe dado respostas sobre sua chegada. Já havia recebido uma logo que entregara a carta anunciando o dia formatura, ela havia dito que em breve estaria em Londres e com muita sorte levaria John para rever Lacock nas férias de verão.

Mas já era o dia da formatura, alguns pais e convidados já estavam circulando pelo colégio, mas nenhum sinal ou notícia de sua mãe. Talvez ela já tivesse chego ou estaria no caminho e apareceria durante a noite.

O dia passou rápido, John passou a tarde ensaiando o discurso da formatura, uma vez que este seria o orador da turma, participou da reunião de como iria ocorrer os procedimentos do evento. Chegou no quarto quase sete horas da noite, tinha exatamente uma hora para se arrumar e ir para o teatro da escola, aonde seria o começo da cerimônia.

Sherlock estava trancado no quarto o dia todo, absorvido em uma experiência, que John não fazia ideia e nem queria saber, nunca entendia os motivos dessas experiências.

- Calma John. - Sherlock disse sem olhar o amigo.

- Oi? - O loiro o olhou sem entender, apesar de já estar acostumado com as deduções do moreno, ainda se surpreendia em certos momentos.

- Eu disse "Calma John." - permanecia fixo olhando para o microscópio.

- Já disse para não fazer isso.

- Força do hábito. - Agora se virava para encarar John e a imagem de apreenção de Watson o comoveu. Como ele adorava aquelas expressões, mas nunca as admitira. - Eu não gosto de te ver assim. Não é bom para mim andar com uma pessoa cabisbaixa.

John franziu o cenho e se jogou na cadeira atrás de si, fechando os olhos e respirando fundo.

- Será que ela vai vir? Não recebo notícias dela há duas semanas. A essa altura ela deveria ter me informando de que estava pelo menos no hotel.

A voz do loiro começou a falhar no final da frase e Sherlock podia sentir um possível choro a caminho, uma das coisas que mais incomodava Sherlock era ver John chorando, o que era praticamente comum, uma vez que sempre se lembrava de seus familiares. O que era ridículo para Holmes, uma vez que nunca se preocupava com pessoas sentimentais e as achavam idiotas e fracas por isso, mas quando se tratava de John, era ele quem se sentia vulnerável pois só pensava em protege-lo.

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