21."You'll go with me"

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– Vamos! Levanta! – Sherlock chamou John, jogando um travesseiro em seu rosto.

– O que?... – John levantou meio sonolento, tentando abrir os olhos.

   John adormecera no colo de Holmes e por incrível que pareça, apesar de seu estado psicológico, teve uma noite agradável a medida do possível. Watson se sentiu seguro e era como se a parte vazia que sempre o incomodava inconscientemente durante o sono, tivesse diminuído com Sherlock ao seu lado, gerando um semblante mais aliviado quando acordou.

    Já Sherlock, que nunca havia se importado e odiava dormir com pessoas, achou interessante e incrível como John o deixou confortável e de certa forma feliz na noite passada. Holmes se sentiu seguro de si mesmo, pois era difícil as pessoas ficarem perto dele, ainda mais dormirem menos de 10 centímetros perto dele. Dando certeza para ele mesmo de que era uma aberração.

   Assim como o loiro, teve uma noite reconfortante e um semblante suave estava em seu rosto, John o havia confiado indiretamente a sua confiança e tristeza da noite passada nele e isso era o maior presente que pudera receber, a prova de que alguém confiava sua vida a ele, amou cada segundo que teve acariciando os cabelos de Hamish e observá-lo dormir, junto com seu corpo que relaxava.

   Ambos sabiam que era um momento delicado, principalmente Sherlock, que chegara a pensar estar sentindo sentimentos estranhos pelo loiro, devido sua fragilidade que aumentara bruscamente nas últimas horas.

    Mas durante a noite, Sherlock, absorto em seu Palácio Mental, tentava achar soluções para entender o motivo de estar sentindo cosias por John, era inútil achar uma resposta racional, o que frustrava Holmes. Sentia uma empatia tão forte pelo mais baixo que era surreal de sua parte e foi na noite anterior, que sentiu o prazer de estar acolhendo John em seu momento mais difícil, era a coisa mais pura e gratificante que já havia feito e faria de tudo para se sentir assim novamente.

– Você tem que ir falar com o diretor. – Sherlock andava por toda extenção do quarto, procurando seus adesivos de nicotina, a única droga aceitável por John.

– Eu não vou. – Falou, agora observando Sherlock andar de um lado para o outro.

– O que? Para onde? – O cacheado parara abruptamente e encarara o amigo.

– Walmsgate. – Falou sério com um peso na garganta.

– Você vai. Fui eu quem tive a ideia. –franziu o cenho e encarou o amigo.

– Isso não quer dizer nada. – John levantou-se. – Eu pensei muito essa noite e acho que é o melhor para nós dois.

John queria morrer, estava se matando por dentro ao dizer aquilo. Era óbvio que ele queria ir com Sherlock e passar o tempo que fosse ao seu lado.

Era o cacheado que estava aliviando sua dor, sua fascinação e admiração por ele cresciam cada vez mais. Ele sabia que ele o olhava todas as noites enquanto dormia. No começo achou desconfortável, mas logo passou a sentir-se seguro com aquela atitude, a presença de Sherlock lhe deixava seguro, um pouco nervoso as vezes, mas era maravilhoso estar ao lado dele.

E justo agora, em seu momento mais delicado, Sherlock o estava dando apoio e isso era mais do que John merecia, já sofrera muito por amar pessoas e elas irem embora de repente e não queria passar por isso novamente, ainda mais quando pensava no louco de Moriarty, não queria arriscar a vida de Holmes por uma atração, que até então, achava que só existia em sua mente, era melhor acabar com isso de uma vez.

– Você levou apenas uma noite para pensar? - Sherlock se proximou do loiro e encarou seus olhos como se procurasse algo. – É pouco tempo para você chegar a uma decisão desse porte.

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