7. "I am not a killer."

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– Apenas Sherlock, por favor. – Disse o moreno analisando o loiro e indo em direção a uma pequena cadeira para se sentar e ler algum livro.

   – Você pode me chamar apenas de John. – Disse, mas o moreno permanecia  focado no livro, que pelo que John conseguira ver falava sobre anatomia.

    Sherlock permanecia calado lendo o livro ou apenas tentando evitar John.

     – Bem... – John tentou puxar assunto. – Você consome bebidas alcoólicas e fuma? Sabe que isso é prejudicial à saúde.

     – Não fale sobre o que você não sabe. – Sherlock permaneceu fixo em uma das páginas que estava lendo. – E pare de tentar puxar assunto, é uma droga ter mais alguém para pensar neste quarto.

   – Ei ei ei! – John se aproximou, a vontade de dar um tapa na cara do moreno era imensa. – Não me chame de idiota, quem você pensa que é para falar assim com as pessoas? Você acha que elas gostam de ser criticadas ou julgadas? – O loiro ergueu a voz ao ver que Holmes agia como se não fosse com ele. – VAMOS! FALE ALGUMA COISA!

    – Eu sei de muita coisa que você não sabe e vivo muita coisa que você e nem ninguém sabe. Você não é ninguém para me julgar. – Disse se levantando e ficando cara a cara com John.

   – E você não está me julgando?  – Disse John, arranjando uma coragem e determinação que nunca havia tido antes.

    – Não estou de julgando, até porque não tenho essa capacidade, apenas digo o que vejo e o que é óbvio. – Sherlock passou por traz do loiro e foi em direção a sua cama, jogou alguns livros no chão e se sentou, passando as mãos pelos cachos negros. – Me faça um favor. – Olhou para o loiro. – Saia daqui e me critique como os outros, aja como uma pessoa normal e se afaste de mim antes que se arrependa.

    John não entendia o que ele estava querendo dizer, será que era porque ele fumava ou fazia uso de drogas? Seu irmão também era assim e era quase da mesma idade que Sherlock. Isso não significava que as pessoas queriam se afastar dele, pelo contrário, qualquer noiado de Lacock queria fazer companhia a seu irmão. Será que nem os drogados queriam a companhia de Sherlock?

    – Não sou todo mundo. – O loiro se aproximou, mas de modo que mantesse uma distância considerável. – E você é uma pessoa diferente, posso aprender muito com você.

   – Pare com isso, você só quer ficar próximo de mim porque acha que eu preciso de ajuda com meu vício para as drogas. – levantou-se abruptamente. – Saiba que eu não sou viciado, uso com sabedoria e você só quer me curar porque não pode ajudar seu irmão... – Sherlock parou de falar, ao lembrar da frustração que John ficara quando ele começou a falar de sua mãe. – Vá embora.

     – Não, continue.

    – Você vai me achar um maluco quando acabar de falar.

   – Continue o que ia falar do meu irmão. Na verdade, diga tudo que sabe sobre mim, tudo que você vê. Quero ver se é possível alguém saber da vida da pessoa apenas com observações. – John falou firme, em um tom desafiador.

   Sherlock exitou um momento antes de ter a certeza de que poderia falar suas deduções sem ser punido depois.

  – Você veio de Lacock, de certo estudava em um bom colégio lá, por causa da nota que conseguiu aqui e quase me alcançou. Você estuda além da escola, estudava como bolsista na antiga escola. Não deve ter uma boa condição financeira por causa se suas roupas e as malas que carrega. Mas tinha algum dinheiro guardado e veio para Londres, se hospedou em um dos hotéis mais caros. Como sei disso? Bem... vi o cartão do hotel na sua mochila.

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