Capítulo 19 - Babaca Homofóbico

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Podem matar o pai da Toni, eu deixo. Último capítulo do dia, e sim, vou deixar vocês curiosos até amanhã. Tia ama vocês❤

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Depois do sorvete, Cheryl e Toni ainda estavam sentadas na bancada, não se enjoavam uma da outra nunca. A ruiva descobriu que a vizinha era a pessoa mais engraçada do mundo.

- Toni...- Falou sem fôlego enquanto ria. - Você é hilária.

- Já posso ser palhaço, não acha? - Toni também estava rindo. - Você seria a única na plateia batendo palmas. - Viu? - Cheryl estava prestar a explodir de rir.

- Pare de me fazer rir, minha barriga está doendo. Daqui a pouco vou acordar sua família.

Toni estava morrendo de amores pela ruiva, nunca viu ela rir tanto, e estava amando o som de sua risada gostosa.

- Não entendo como alguém pode ser tão fofa...- Falou olhando nos olhos castanhos, Cheryl parou de rir e ficou envergonhada.

- Para, Toni. - Escondeu o rosto no ombro da morena, que riu e aconchegou a ruiva em seus braços. - Você me deixa envergonhada com facilidade.

- Mas o que é tem que se dizer, e você realmente é fofa. - Beijou o topo de sua cabeça. - E bonita, cheirosa...- Toni estava boba falando aquilo, e Cheryl sorria em seu ombro.

- Você também é bonita, Toni. - Olhou nos olhos de Toni. - Eu disse que você é a garota mais bonita que já vi, e tenho certeza que não vou mudar de ideia.

Seus rostos estavam tão próximos, Toni não sabia se olhava os olhos castanhos ou a boca vermelha da ruiva. A mão da Cheryl foi parar na nuca da morena, que sorriu e automaticamente fez ela sorrir também. Suas bocas estavam a milímetros de distância, e quando Toni tomou iniciativa pra beijar aqueles lábios...

- Toni, o que é isso? - Seu pai apareceu na cozinha revoltado.

As duas se afastaram, pularam da bancada na mesma hora e Cheryl queria sair correndo dali, mas Toni passou um braço pela cintura da ruiva e encarou o pai. - Eu não quero você fazendo essas baixarias aqui! Filha minha não beija mulher dentro da MINHA própria casa.

Cheryl escondeu o rosto entre o pescoço e ombro da Toni, não queria ver a expressão daquele homem.

- Na verdade eu tenho nojo por chamar você de filha, Toni. Não vejo a hora pra você sair da minha casa.

Os olhos da morena começaram a marejar, ela estava com raiva e magoada ao mesmo tempo. Respirou fundo e resolveu não responder as palavras dele, pegou na mão da Cheryl e a levou até a sala.

- Cheryl, desculpa por isso. - Falou segurando as lágrimas. - Desculpa.

O coração da ruiva partiu em mil pedaços por ver a Toni triste, ela nunca tinha visto a morena chorar, sempre pareceu tão forte. Cheryl odiava o pai da Toni! Não iria permitir que ele falasse com ela daquele jeito de novo.

- Tudo bem, Toni. - A abraçou. - Não chora, seu pai não merece uma filha tão maravilhosa quanto você.

A morena se permitiu chorar no peito da ruiva, que a abraçava apertado, não queria aquela garota perfeita chorando em seus braços porque tinha um pai idiota.

- Eu não acredito que vocês ainda estão aqui. - O pai de Toni apareceu na sala, e Cheryl olhou imediatamente pra ele enquanto Toni chorava em seus braços. - Agora você vai me ouvir, Antoinette! - Se aproximou das duas e a ruiva abraçou ela mais apertado. -Uma pena que a Katy está trabalhando e não pode defender você agora. - Cheryl estava dominada de ódio daquele homem. - Eu odeio você desde aquele dia! Espero do fundo do meu coração que você suma da minha família o quanto antes. Você é uma aberração, uma vergonha pra família To...

- PARA DE FALAR ASSIM COM ELA! - Cheryl gritou explodindo de raiva. - PARA COM ISSO. A TONI É PERFEITA E VOCÊ UM PAI HORRÍVEL!

- Você é tão lixo que não consegue se defender sozinha? - O pai de Toni perguntou rindo.

Toni estava com medo de olhar pra ele, ela estava se sentindo a pessoa mais fraca do mundo.

- Vem, baby. - Cheryl desfez o abraço. -Vamos sair daqui, seu pai é ridículo. -
Olhou pra ele e pegou firme na mão da morena, a puxando até a porta.

Agora Cheryl entendia porque a Toni não tinha uma boa relação com o pai, ele era um tremendo babaca homofóbico que odiava a filha por isso.

A ruiva praticamente puxou Toni até sua casa, se pudesse pegava a morena no colo.

Abriu a porta e deu graças a Deus por seus pais não estarem na sala, sem duvidas iam perguntar o que aconteceu. Elas subiram a escada e Cheryl fechou a porta do quarto assim que entraram.

- Você vai dormir comigo, tá bem? - Falou fechando a janela, deixando apenas um pouco de luz entrar. - É manhã ainda e precisa descansar já que acordou cedo pra me esperar.

Toni estava envergonhada pelo que aconteceu na frente da ruiva, não imaginava que aquilo iria acontecer mas agora tinha certeza que odiava o pai que tinha.

- Desculpa por aquilo, Cheryl. - Falou com a voz embargada.

Cheryl foi até a morena e fez um carinho delicado em sua bochecha.

- Tá tudo bem, agora deita na minha cama que eu já venho. - Deu um beijo em sua bochecha.

Cheryl saiu do quarto e desceu a escada rapidamente pois lembrou que não trancou a porta da frente, depois foi ao banheiro e quando voltou viu a cena mais fofa de todas.

Toni estava deitada de lado com o cobertor até seus ombros, seus olhos estavam fechados e sua respiração serena. A ruiva sorriu encantada e desligou a luz do quarto. Tirou o tênis e fez a volta na cama, levantou um pouco o cobertor e se cobriu com ele deitando atrás da Toni. Ela se permitiu abraçar a cintura da morena e esconder o rosto em sua nuca, sentindo o cheiro bom do seu cabelo.

Toni foi tão gentil e carinhosa com ela nesses últimos dias, Cheryl queria fazer o mesmo nem que fosse uma vez só. Ela queria proteger a morena, e queria naquele momento que ela esquecesse o pai idiota.

[...]

Toni acordou com quase todos os fios ruivos de cabelo da Cheryl em sua cara, riu de leve tirando o cabelo cheiroso dela do seu rosto. Ela estava de costas pra morena, parecia dormir profundamente. Toni olhou no relógio rosa em forma de coração na parede e percebeu que elas dormiram apenas 1 hora. Era meio dia.

- Toni, me abraça. - Cheryl resmungou baixinho e Toni sem duvidas atendeu o pedido.

Abraçou a ruiva por trás e deu um pequeno beijo em seu ombro. Cheryl sorriu e entrelaçou suas pernas com a da morena.

- Cheryl...- Falou baixinho no ouvido dela, que se arrepiou inteira. - Eu e você quase nos beijamos mais cedo. - Sorriu escondendo o rosto na nuca da ruiva.

Cheryl estava quase morrendo de vergonha, mas a vontade de beijar Toni era muito maior. Virou corpo pra morena, que estava de olhos fechados, mas ela sabia que não estava dormindo, começou a fazer um carinho delicado em sua bochecha.

- Pena que foi quase, Toni. - Falou fazendo Toni abrir os olhos. - Porque eu queria muito.

𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora