A intenção de Reggie, era fazer Cheryl se arrepender por não querer mais ele. A ruiva estava apavorada com o olhar que ele lançava sobre ela.
- Porque mentiu para mim? - Cheryl choramingou, afastando dele. - Porque fez isso, Reggie?
- Quero que perceba o que perdeu. Era o único jeito de fazer você vir até mim. - Sorriu, se aproximando dela, que deu outro passo para trás, mas suas costas bateram na parede. - Ainda vai perceber que ninguém nunca irá te amar como eu...- Ele aproximou seus rosto. Cheryl fechou os olhos com força. - Toni só tem dó, porque ninguém namoraria uma depressiva como você. Por isso estão namorando.
- Me deixa ir embora. - Disse firme, com seus olhos fechados.
- Sei que sente minha falta, Cheryl. Eu vejo em seus olhos. - Ela não aguentou, teve que rir.
- Você é ridículo! - Cuspiu as palavras, e abriu os olhos, fitando os olhos dele. - Não sei qual é o teu problema, já falei que NÃO quero mais você.
- Fiz um jantar para a gente...- Disse, saindo de perto dela. Cheryl correu para a porta, e tentou abrir. - Está trancada, amor.
- Amor? - Perguntou rindo, voltando a olhar para ele. - Você é psicopata?
- Não vai sair daqui até me querer de volta. - Ele mostrou a chave na mão, e a colocou no bolso. Cheryl estava incrédula com tudo aquilo, seu medo passou e se transformou em nojo. - Vem, eu preparei um jantar para nós dois.
- Não é possível! - A ruiva disse rindo, cruzando os braços. - Isso é inacreditável.
- VEM LOGO! - Gritou, e se aproximou dela. Ia pegar em seus cabelos, mas ela esquivou rapidamente.
- Tudo bem, tudo bem! - Disse rápido. - Eu vou, janto com você.
- Muito bem. - Disse andando até a cozinha.
Cheryl pensou em não ir, mas se Reggie queria dar uma de louco, ela conseguiria dar mil vezes mais. Ao entrar na cozinha, fez cara de nojo ao ver que havia velas espalhadas por toda a mesa, pratos brancos posicionados um na frente do outro, e no meio deles, uma rosa vermelha em um pequeno vaso de vidro. Estava tudo planejado. Cheryl iria entrar em seu jogo, para se dar bem.- Que lindo, Reggie. - Mentiu sorrindo. - O cheiro está muito bom.
- Pois é. Fiz tudo pensando em você!
A ruiva olhava para os lados, vendo se achava um telefone para ligar para a Toni, já que sabia seu número de cor. Mas nada, nem sequer o celular daquele idiota estava ali.
Reggie estava concentrado em cortar o frango, e não ouviu quando Sweet Pea chegou em casa, depois da faculdade. Sentiu cheiro a comida, jogou a mochila em cima do sofá e caminhou até a cozinha. Cheryl viu ele entrando e arregalou os olhos.O que Sweet Pea esta fazendo aqui? Ele ia falar alguma coisa, mas ela negou rapidamente com a cabeça. Reggie estava de costas para ele, não via nada.
Sweet Pea encolheu os ombros e fez uma cara confusa, parado na entrada da cozinha. A ruiva tentou fazer o gesto mais discreto de todos. Apoiou os braços na mesa, e cerrou o punho, levantando o mindinho e o dedão, aproximou até a orelha e moveu os lábios "Toni". Reggie a olhou, e ela disfarçou coçando a cabeça, dando um sorriso. Sweet Pea entendeu tudo, e saiu calado dali. Pegou o celular e foi correndo para seu quarto.
Toni estava jantando com as meninas, ouviu seu celular tocar e pegou rapidamente, achando que era a Cheryl. Franziu o cenho ao ver que era o Sweet Pea, pediu licença e levantou, indo até a sala da Vero.
[Chamada de Sweet Pea Mano]- Alô? - Perguntou meio confusa.
- Toni, a Cheryl está aqui com o Reggie. - A morena arregalou os olhos. - Acho que ela não pode falar, me pediu para ligar pra você em silêncio. Ele estava cortando um frango, sei lá. Parece que estão em um jantar.
- PUTA QUE PARIU AO QUADRADO. Fica de olho, ok? Esse seu amigo é doente mental. Se ele encostar um dedo na Cheryl, meta a porrada nesse filho da puta desgraçado.
- Pode deixar.
- Me diz o endereço, pelo amor de Deus. - Sweet Pea falou o endereço, e logo ela desligou.
[Chamada encerrada]Toni correu até a cozinha, e as meninas a olharam preocupadas.
- Quem quer ir quebrar a cara do Reggie comigo? - Perguntou, guardando o celular no bolso.
- Vamos! - Ronnie disse levantando, assim como Betty, e Josie.
- Eu não sei quem é esse. - Lucy disse, confusa.
- Um retardado, que quer minha namorada.
- Então vamos quebrar ele ao meio. - Vero falou, também levantando.
Cheryl estava quase vomitando, comendo aquele frango, era horrível...Estava horrível. Reggie a olhava feito um psicopata.- Cheryl...- O garoto disse nervoso, a fitando. - Eu te amo.
A ruiva se engasgou com o frango, e teve que tomar a água para descer aquele pedaço. Ele a observava, sem reação alguma.- Você me ama??? - Perguntou rindo, e muito. - Obrigada por me amar, Reggie. Fico lisonjeada. - Debochou, levantando.
- Sente! - Ordenou, ainda sentado. Ela seguiu andando até a sala, o ignorando. - CHERYL, SENTA LÁ AGORA! - Gritou, a seguindo.
- NÃO! - Empurrou seus ombros. - VOCÊ É DOENTE, REGGIE!
- A depressiva aqui é você, a única pessoa doente aqui é você. - Puxou com força o cabelo dela, a fazendo gemer de dor. - Eu tentei ser paciente. Fiz essa porra de jantar, e você nem aí...- Aproximou seus rostos, segurando firme em seu cabelo. Cheryl estava de olhos fechados, com muita dor na cabeça. - Mas agora, eu cansei, e você vai aprender a me amar de novo!
Reggie ia beijar Cheryl a força, mas ouviram fortes batidas na porta. A ruiva deu um soco forte na cara do garoto.
- SWEET PEA! - Gritou, o fazendo sair correndo do quarto, enquanto Reggie gemia de dor no nariz. - Abre a porta, por favor.
Ele, rapidamente, tirou a chave do bolso e abriu a porta. Vendo sua irmã, e mais algumas garotas na volta. Cheryl saiu correndo até a namorada, se jogando em seus braços.
- Você está bem? - Toni perguntou, segurando o rosto da namorada entre as mãos. - Ele machucou você?
- Eu estou bem, amor. - Disse aliviada nos braços braços dela. - Estou bem. - Beijou seus lábios.
A morena olhou para o lado, e viu Reggie com a mão no rosto, parecia estar sangrando. Sorriu maldosa, e saiu do abraço com a Cheryl, andou pisando firme até ele.- Sai da minha casa, machona. - Murmurou, com a mão tapando o nariz.
- Vou terminar de quebrar o seu nariz. - Disse com sangue nos olhos. - Ou melhor, eu não...- Olhou para as amigas. - Nós. - Elas sorriram, cruzando os braços.
O garoto arregalou os olhos, mas antes de sair correndo, Sweet Pea o segurou pela camisa.- Não vai a lugar algum até minha irmã acabar com você.
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𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢
FanfictionCheryl Blossom entra em depressão profunda depois de perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala, não sai de casa, não quer comer e não quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais o que fazer. Depois de tantos psicólogos...