Toni deixou a mala e a mochila na casa dos sogros e foi direto buscar a Cheryl, chegando lá, sua namorada estava emburrada e de braços cruzados esperando na calçada. A morena buzinou e logo ela entrou no carro bufando.
- Desculpa a demora, amor. - Toni disse voltando a olhar para o trânsito.
- É, eu fiquei uma hora esperando você ali na frente. - Revirou os olhos, fazendo a morena sorrir pelo seu jeitinho. Parou no sinal vermelho e ia beijar sua bochecha, mas Cheryl desviou. - Não quero beijo. Porque demorou tanto?
- Estava resolvendo algumas coisas com meus pais...- Disse contra sua bochecha, deixou um beijo estalado ali. - Eu sei, deveria ter avisado.
- É, deveria. - Bufou cruzando os braços. - Eu odeio esperar.
- Como foi a consulta? - Toni voltou a dirigir.
- Boa. - Respondeu seca. - Você me deve um sorvete.
- Ué, porque? - Disse rindo. - Pela demora?. - Ouviu um "uhum" emburrado. - Então vamos agora, não quero você bravinha comigo.
Cheryl segurou o sorriso, ela estava louca para tomar sorvete e já nem se importava mais com a demora da namorada. Toni enquanto dirigia até a sorveteria, pensou em dizer durante o caminho que agora elas iriam morar juntas, mas preferiu guardar a surpresa. Quando chegaram, as duas saíram do carro e a ruiva segurou na mão da morena, entrelaçando o seus dedos. Toni sorriu por saber que ela não estava mais brava com o que aconteceu.
Cheryl pediu um sorvete de morango, e Toni um de chocolate. As duas sentaram na mesma mesa perto da enorme janela de vidro, uma do lado da outra.- Eu preciso falar algo pra você, mas prometa que não vai ficar brava. - A morena falou receosa, vendo a namorada franzir o cenho.
- Não prometo que não ficarei brava, mas prometo tentar.
- Então me dê um beijo. - Fez um biquinho fofo, fazendo a ruiva sorrir apaixonada e dar um beijo gelado em seus lábios. - Você lembra que pela manhã eu prometi que estava tudo certo? - Cheryl assentiu. - A verdade é que meus pais estavam querendo se mudar, e quando eu chegu...
- Você mentiu pra mim? - Perguntou deixando a casquinha de sorvete em cima da mesa. - Vai viajar? Porque DIABOS não me disse nada? Toni, eu conto tudo pra vo...- A morena a calou com um selinho, fazendo Cheryl relaxar e sentir seus lábios colados. Ela já estava com os olhos marejados e Toni a abraçou apertado.
- Amor, não chore, me deixe terminar. Tá bem? - Perguntou cautelosa, fazendo carinho em seu cabelo macio. A ruiva assentiu chorosa contra seu pescoço. - Hoje de manhã, depois de te deixar na consulta, quando eu cheguei em casa vi tudo encaixotado. Eu fiquei apavorada e pedi ajuda para os seus pais, e bem...- Olhou nos olhos castanhos de Cheryl. - Eu vou morar com você.
- É SÉRIO? - Gritou animada, abraçando forte seu pescoço. - AI MEU DEUS. - Encheu seu rosto de beijinhos, fazendo Toni sorrir apaixonada enquanto abraçava sua cintura.
- É sério, vida. - Beijou seus lábios. - Eu, você, e seus pais.
- Eu estou tão feliz. - Disse sorrindo largo, e a morena não poderia estar mais apaixonada pelo seu sorriso. - Mas...- Franziu o cenho, voltando a ficar séria. - Não minta mais pra mim. - Mordeu forte seu lábio inferior.
- Eu não queria deixar você triste. - Choramingou com dor. - Não queria dizer até resolver tudo.
- Agora vamos morar juntas. - Cheryl falou toda boba apertando as bochechas da namorada. - Eu te amo tanto, amor.
- Eu te amo muito mais. - Beijou seus lábios. - Vamos dormir juntinhas todos os dias, vou ter você todo o momento.
- Eu vou acordar, olhar pro lado e ver o meu amor...- A ruiva roçou seus lábios. - Parece até um sonho.
- Você é um sonho, Cheryl.
Elas sorriram apaixonadas e se beijaram, Toni levou a mão até a nuca da namorada e fazia carinho ali, enquanto Cheryl abraçava seu pescoço e sentia os carinhos na nuca durante o beijo gelado por conta do sorvete. Quando o ar faltou, deram selinhos até abrirem os olhos e ficarem se admirando.- Eu tenho uma coisa para dizer, mas acho melhor falar com meus pais juntos. - A ruiva disse olhando nos olhos da namorada. - Acho que vocês vão gostar.
- Agora fiquei curiosa.
- Quando a gente chegar em casa eu conto. - Lhe deu um selinho. - Suas coisas já estão lá?
- Estão. - Outro selinho. - Vamos embora? Eu quero saber o que vai nos dizer. - Mais um, fazendo Cheryl sorrir e dar outro beijo.
- Vamos, amor.
No carro, a ruiva estava empolgada com o que ia dizer, achava que eles iriam amar a idéia. Toni percebeu que ela estava animada e sorria toda vez que Cheryl cantava algumas partes da música que estava dando na rádio.- Toni, canta comigo! - Disse aumentando o som da música. Toni riu e negou com a cabeça.
-...NOW PAYBACK IS A BAD BITCH AND BABY, I'M THE BADDEST...
- YOU FUCKIN' WITH A SAVAGE, CAN'T HAVE THIS, CAN'T HAVE THIS...- Cantou prestando atenção no trânsito. Mas Cheryl começou a beijar seu pescoço, e ela se arrepiou inteira.
- And it'd be nice for me to take it easy on ya, but nah...- Falou baixinho em seu ouvido, fazendo a morena sorrir maliciosa.
- BABY, I'M SORRY!! - Cantou alto. Cheryl sorriu e beijou sua bochecha.
- I'M NOT SORRY. - A ruiva completou com a boca colada em sua bochecha. - Amo você...- Sussurrou fechando os olhos.
- Eu amo você, Cherry. - Toni disse sorrindo e virou um pouco o rosto, dando um selinho rápido na ruiva.
O resto do caminho Cheryl ficou com o rosto no pescoço da morena, dando alguns beijinhos molhados e pequenas mordidas. Toni estava amando aquilo, seu corpo arrepiava a cada toque enquanto dirigia.
[...]Elas chegaram em casa e a morena deu uma olhada em sua casa, vendo se a bicicleta não estava ali na frente. E não, não estava, então Fangs não havia chegado ainda. Pegou na mão da ruiva e entraram dentro de casa, vendo Clifford e Penélope dormindo no sofá. As duas se olharam rindo, e andaram até eles lentamente.
- BU! - Gritaram juntas, fazendo os dois darem um pulo. Toni e Cheryl caíram na risada vendo a reação deles.
- Belo susto. - Clifford disse ofegante. - Mas me pagam, a Cheryl sabe que sou um mestre das pegadinhas.
- Uma vez ele colou chiclete no cabelo do Jason...- Cheryl disse rindo. - Ele teve que cortar.
- Por favor, não faça isso com o meu cabelo. - Toni falou. - Já acho curto assim, não quero cortar mais.
- Também não quero chiclete no meu cabelo.
- Vou pensar no caso de vocês. - Fingiu estar pensativo. - Toni contou a novidade?
- Contou. - A ruiva disse sorrindo e olhou para a namorada, que deu um beijo carinhoso em sua bochecha. - A melhor noticia do mundo.
- Arrumamos as coisas no quarto de hospedes já. - Penélope falou. - Colocamos suas roupas no guarda roupa, e tudo mais. Clifford até pregou seu mural na parede.
- Não precisava...- Toni disse envergonhada. - Mas obrigada, de verdade.
- Fizemos questão, não foi problema algum.
- Você são demais. - Sorriu toda boba, fazendo todos sorrirem também. - O que você ia dizer, Cheryl?
- Ah, é verdade. - Pegou na mão da namorada e a fez sentar no sofá ao seu lado. - Quero dizer uma coisa que a psicóloga mandou eu fazer...
Clifford, Penélope e Toni prestaram atenção em cada palavra.
- Eu quero voltar para a escola, Patrícia disse que seria melhor eu me envolver com o que gosto de novo, e como eu gosto de estudar, ela falou que era melhor eu voltar, de preferência a mesma que minha namorada, vulgo você...- Olhou sorrindo pra morena, que sorriu toda boba. -..Estuda.
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𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢
FanficCheryl Blossom entra em depressão profunda depois de perder seu irmão gêmeo em um acidente de carro. Não fala, não sai de casa, não quer comer e não quer viver há sete meses. Os pais da garota não sabem mais o que fazer. Depois de tantos psicólogos...