Capítulo 62 - Peixinho gordinho

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A mão da Cheryl estava entrelaçada a da Toni, estava deitada no peito da namorada e sentia a respiração leve dela batendo contra seu ombro. As duas estavam com muita preguiça de entrar pra dentro de casa, então acabaram dormindo na rede ouvindo o som da chuva forte.
 
Na manhã seguinte, não estava mais chovendo, pelo contrário, estava um lindo sol. Penélope saiu mais cedo para trabalhar e viu Toni e Cheryl deitadas na rede em frente à casa, riu e negou com a cabeça, então decidiu acordar as duas porque aquilo parecia estar muito desconfortável. 

- Meninas...- Disse se aproximando. - Acordem. - A ruiva abriu os olhos e os fechou rapidamente, estava muito claro, então colocou as mãos sobre eles. Penélope riu e ajeitou a bolsa em seu braço. - Filha, acorda, vão para a cama. Aí parece estar tão desconfortável.

- Que dor nas costas...- Reclamou, finalmente, abrindo os olhos.

- Então imagina a Toni, você dormiu por cima dela. - A mulher falou rindo. - Preciso ir trabalhar. Beijos. - Se curvou e deu um beijo na testa da ruiva, outro um beijo na bochecha da nora, fazendo Cheryl sorrir com o gesto.

Penélope foi embora, e a ruiva levantou da rede com todo o cuidado do mundo, tentando fazer com que ela se balançasse o mínimo possível. Toni continuou deitada, dormindo com a boca entre aberta, ela roncava baixinho e Cheryl riu por isso. A ruiva saiu dali, entrou dentro de casa e foi até a cozinha. Resolveu fazer café da manhã pra agradar a namorada.

- Bom dia, filha. - Clifford falou desviando a atenção do jornal quando viu a filha entrando na cozinha.

- Bom dia, pai. - Ela disse abrindo a geladeira, reparou no jornal dele e franziu o cenho. - Quem lê jornal hoje em dia?

- Pessoas cultas.

- Você não é culto, papai. - Falou rindo, pegando o suco de caixinha, logo abriu o armário e pegou dois copos. - É viciado em celular.

- É, tem razão. - Confessou rindo. - Estou lendo esse jornal porque meu celular descarregou.

- Eu disse...- Cantarolou, fazendo Clifford rir.

- Pra que os sucos? - Perguntou reparando no que ela fazia.

- Vou levar café da manhã pra Toni lá na rede. - Pegou uma bandeja e colocou os copos em cima. - Acabamos dormindo lá.

- Então vocês acabaram se acertando? - Assentiu. - Que bom...- Disse que quase aliviado, fazendo a filha rir. - É que eu gosto tanto dela.

- Então imagina eu. - Falou rindo. - Quase morri do coração, ela quase me matou.

- Quem quase matou você, amor? - A morena apareceu sonolenta na cozinha, fazendo os dois olharem em sua direção.

- Você, ontem a noite. - Cheryl disse indo até ela, Toni abraçou em sua cintura e lhe roubou um selinho. - Porque acordou agora? - Fez um biquinho contra seus lábios. - Eu ia levar café da manhã pra você lá na rede.

- Uma borboleta pousou bem no meu rosto. - Disse rindo, fazendo carinho na bochecha da ruiva. - Podemos tomar café da manhã aqui, meu amor.

- Eu irei trabalhar, hoje é dia de promoção lá no restaurante, irei fazer uma reunião com os funcionários para explicar como vai ser. - Clifford falou levantando, deixando o jornal em cima da mesa. - Tchau, meninas. - Beijou a bochecha das duas e saiu da cozinha.

- Seus pais são tão carinhosos comigo. - A morena falou sorrindo, ainda abraçando Cheryl, que sorriu e concordou.

- Hoje minha mãe deu um beijinho na sua bochecha antes de sair pro trabalho.

- Adoro eles. - Beijou seus lábios. - E então, o que estava preparando pra gente?

- Eu ia fazer panqueca com caramelo. - Disse saindo do abraço. - Você gosta?

𝐭𝐫𝐮𝐬𝐭 𝐦𝐞 • 𝐜𝐡𝐨𝐧𝐢 Onde histórias criam vida. Descubra agora