Red domum

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Nota[2024]: indo levemente contra o q eu disse antes kkkk esse cap tem umas 1600 palavras. Perdão, pudins. Perdão. Kkkk. E porque eu achei q seria legal por essa imagem com marca d'agua em 2018? Eu ein.


E eu me perguntava: como poderia ser assim? Dois dias antes, ela estava incrivelmente viva, andando pela casa, com um vestido de bom corte de cor lilás, falando tão gentil com os empregados, sorrindo radiante para o sol que insistia em tocar em seu rosto tão vivaz...

Mas naquele instante estava tão... Séria...

Nossas vidas ávidas escapavam por nossas mãos há todos os instantes. A todo o momento estávamos aptos a morrer, independe do quão seguro podemos estar. Como dizemos, nós já nascemos morrendo, e para morrer basta estar vivo. É tão estupidamente óbvio e sábio.

Todos estavam indo para suas casas, naquele silêncio mórbido e cheio de consternação. Meu pai conversava com minha avó ao longe, e eu olhava para o moimento de mármore de nossa família. Tão bem adornado com anjos lamentadores para cada catacumba e várias flores, que se dividiam entre rosas brancas, e lírios; as flores preferidas de minha mãe.

Toda aquela situação se tornava incrivelmente surreal. Eu não conseguia chorar, nos meus pensamentos, ela estava permanecia incrivelmente viva. Ela não estava morta, não dentro de mim. Não em meu coração.

"Não vai vir?" Ouvi meu pai chamar atrás de mim.

"Claro"

"Nossa carruagem parte ao meio dia."

"Tudo bem."

Depois da morte da minha mãe, meu pai decidiu que iria se mudar para o Canadá. Ele sabia que seria difícil de conviver com aquela casa, com todas as lembranças da minha mãe. E claro, como uma das principais filiais de seu banco ficava no Canadá, tudo ficaria mais fácil.

Eu realmente não me importei, visando o fato de que não perderia muita coisa nos Estados Unidos. E eu adoro frio, não tive do que reclamar.

Quando passei pela entrada de nossa propriedade, senti uma sensação estranha. Um vazio, e algo semelhante a "ela não vai mais estar lá". A primeira coisa que meu pai me falou quando entramos em nossa casa, foi para que não tocasse nas coisas dela com as mãos nuas.

Andei pela casa, enquanto ele foi para seu escritorio, como o bom viciado em trabalho que era. Cruzei com Madallene, nossa coruja cinza. Passei a mão em sua pelagem, enquanto via seus olhinhos se fecharem lentamente com minha carícia. Eu a adorava.

Logo, vi a escadaria enorme que nos levava ao andar dos quartos. Não havia ninguém ali, além de mim, a coruja e meu pai. Todos os empregados foram despedidos devido a nossa mudança.

"Frank?" Meu pai me assustou, enquanto eu estava absorto em pensamentos.

"Sim?" Virei em sua direção.

"Tenho algo a resolver no escritório..."

"Vá papai.." Interrompi, vendo seus olhos se contorcerem em suspeita.

"Você vai ficar bem?"

Aquea pergunta foi inesperada.

"Eu estou bem." Garanti.

Eu não estava nada bem. Minha mãe acabara de morrer. Mas ele nunca se importou em raciocinar apropriadamente.

Ele assentiu, e saiu andando de forma ereta e robusta, como sempre. Sua maleta de couro marrom quase não balançava de tão pesada.

Virei-me novamente para Madallene, escutando a porta ser fechada.

"É, Madallene, agora somos só você e eu." Falei a acariciando, e ela soltou um grunhindo, como se me respondesse.

Ghost In The Snow || Frerard ||Onde histórias criam vida. Descubra agora