Vinte e seis: Henry

2.9K 325 29
                                    

Henry! - senti algo me cutucar - Psiu! Henry! - cutucou novamente - Acorda!

De repente senti um empurrão e caí com tudo no chão, acordando na mesma hora assustado. Olhei para cima e vi Colin se ajoelhando ao meu lado.

— QUE PORRA É ESSA? VOCÊ ESTÁ LOUCO? - gritei indignado e ele tampou minha boca com pressa

— Shiu! - me repreendeu e arregalando os olhos - Só me segue, está bem? - assenti com a cabeça

Percebi que ele estava falando por sussurros e aquilo não me parecia coisa boa, vesti uma roupa qualquer e acompanhei Colin até sair do hotel.

— O que está acontecendo, Colin? - perguntei quando ele me puxou para um canto mais reservado onde não podíamos ser vistos

— Você por acaso sabe o que é isso?

Ele abriu uma mão e me mostrou uma espécie de aparelho bem pequeno, parecia uma caixinha e estava quebrada, e era bem, bem pequena mesmo.

— Nunca vi na vida - franzi a testa confuso - onde achou isso? - peguei o objeto analisando-o

— Essa porcaria estava no meu quarto, isso é uma escuta, Henry! - ele falou e eu arregalei os olhos perplexo

— Uma escuta? - indaguei estático - Quer dizer então que estão nos espionando?

— Eu não diria espionando - meneou com a cabeça e eu o olhei franzindo a testa - Ok! Talvez estejam, mas seja lá o que precisamos fazer não deve ser feito aqui no hotel, provavelmente implantaram isso no seu quarto também e não queremos correr o risco do plano ir por água abaixo, certo? - Colin concluiu e eu assenti

— Precisamos ir para a casa de Carrie, contar a ela tudo o que descobrimos e formar o plano para amanhã à noite no baile de apresentação, isso o mais rápido possível, agora nosso tempo está contado já que descobrimos que os senhores estão querendo nos espionar - pensei em um esboço do plano enquanto passava a mão pelo cabelo

— Eu vou pegar o carro - ele disse e saiu

Malditos! Quem pensam que são para me espionar?

Ah Dalton! Se eu fosse você se preparava para a bomba que vai atingir a prefeitura amanhã à noite!

Eu já sentia o doce gostinho da vitória em meus lábios. Dessa vez eles não iam me escapar.

Colin chegou com o carro e eu entrei, rapidamente ele começou a dirigir até a casa de Carrie, ela teria que se preparar para a bomba que ia cair em cima dela também.

— Que sorrisinho é esse ai? - Colin indagou com uma expressão engraçada e deu uma risadinha

— Nada, só estou imaginando a noite de amanhã, vou fazer tudo o que sempre quis desde que morava aqui

— Parece que vai ser muito gratificante

Ele afirmou e eu parei para pensar por alguns segundos. O que eu mais queria agora era esfregar na cara de todo mundo o que eu havia descoberto e tirar Carrie daqui, dar finalmente a vida que ela e meu filho sempre mereceram.

— Vai ser, Colin, vai ser

Em poucos minutos nós já estávamos em frente à casa de Carrie e relutei para tocar a campainha.

Será que ela iria querer falar comigo?

E se ela não quiser me atender ou até mesmo nunca mais olhar na minha cara?

— O que está esperando? Ela receber sua comunicação telepática ou a porta abrir com a força da sua mente? - o loiro indagou irônico interrompendo meus pensamentos

When We Were YoungOnde histórias criam vida. Descubra agora