Trinta e um: Carrie

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Eu observava a noite estrelada através da janela do carro enquanto Henry nos levava até a minha casa. Colin ficou na responsabilidade de levar Alisson mas algo me dizia que eles iriam para outro lugar, esses dois juntos ia dar alguma coisa.

A cena do tiro que disparei em Thomas se repetia em minha mente mas eu não sentia uma grama de arrependimento. Com a morte dele e a prisão de Josh e Dalton eu sentia mais do que alivio, eu sentia liberdade.

Não sabia como seria a minha vida a partir de agora, mas sabia que a felicidade estava inclusa no pacote e do fundo do meu coração eu esperava não sofrer nunca mais.

— Está pensativa, tudo bem? - ele por fim quebrou o silêncio e tocou minha coxa

— Está sim, e com você?

— Me sinto com a sensação de dever cumprido, mas tem uma coisa que ainda me intriga

— O que? - indaguei e ele contorceu o rosto em uma careta antes de responder

— Você acabou de matar um cara há alguns minutos e parece que não aconteceu nada - ele me lança um olhar intrigado

— Ele mereceu

— Por causa dos pedidos de internação negados? - questionou e eu bufei querendo enrolar a verdade

— Não é só por isso, ele também matou sua mãe, Henry

— Mas não é por causa disso, não é? - frisou e eu não fiz nada além de concordar com a cabeça - O que foi, Carrie? - pressionou após longos segundos de silêncio e eu respirei fundo antes de falar

— Eu... Ele... - gaguejei freneticamente, não sabia nem por onde começar a dizer aquilo - A gente meio que se envolveu há alguns anos - abaixei a cabeça envergonhada - mas ele simplesmente sumiu quando eu disse que estava grávida - suspirei - Brianna era filha dele

— O QUE? - gritou e freou bruscamente - Você engravidou do assassino da minha mãe? - arregalou os olhos incrédulo

— Você acha que se eu soubesse que ele era assassino eu teria me evolvido? Eu não sabia quem ele era, não era senador ainda, pensei que era um cara comum! - aumentei o tom de voz irritada - Eu não sabia, Henry, mas isso é passado agora - bufei novamente - não importa mais - recostei na janela enquanto ele voltava a por o carro em movimento

— Tem razão - murmurou - vamos esquecer isso, não importa mais

O resto do trajeto foi em silêncio. Henry não dizia nada e muito menos eu, talvez estivesse digerindo as informações assim como eu estava.

Adentramos em casa assim que chegamos, eu precisava falar com Amelia, falar tudo o que aconteceu, contar que o pesadelo havia acabado. Quando passamos pelo quarto de Adam no corredor, senti Henry parar atrás de mim, me virei e vi que ele me olhava como se pedisse permissão para entrar.

— Vai lá - pronunciei, ele apenas acenou com a cabeça e entrou no quarto enquanto eu continuava procurando Amelia.

A encontrei em pé na cozinha observando a janela, não pensei duas vezes antes de correr até ela abraçando-a em um choro compulsivo.

— O que aconteceu? - indagou preocupada

— Acabou, Amy - respondi em soluços - Nós finalmente estamos livres - levantei a cabeça de seu ombro e a olhei nos olhos - Josh, Dalton foram presos junto com o resto dos outros criminosos, e Thomas... - engoli seco e Amelia me olhou preocupada

— Ele fugiu? - questionou e eu neguei com a cabeça

— Ele morreu - revelei e ela suspirou aliviada - Eu o matei - na mesma hora ela arregalou os olhos e me olhou chocada

— Você matou Thomas? - afirmei com a cabeça e ela abriu a boca incrédula - Meu Deus, Carrie!

— Ele mereceu! Você sabe disso tanto quanto eu, Amy! Quantos meses sofremos por causa daquele maldito imbecil sem escrúpulos! - falei entredentes lembrando de tudo que vivi - E não me arrependo de ter matado aquele verme - respirei fundo - o que importa agora é que não temos mais que nos preocupar com nada disso

— Estamos livres! - Amelia sorriu abertamente e eu fiz o mesmo apertando ela num abraço novamente

Alguns minutos depois Henry apareceu na porta da cozinha e me chamou com a mão, logo me soltei de Amelia e fui até ele.

— Acabei de receber uma ligação de Kevin - ele disse balançando seu telefone celular - Encontraram a localização de sua mãe, vamos embarcar em algumas horas

Em um segundo eu me jogava nos braços dele o apertando em um abraço, eu não conseguia descrever minha felicidade no momento, aquilo tudo era tão novo. Levantei a cabeça e encarei a imensidão azul em minha frente.

— Eu te amo - grudei nossos lábios em um beijo mas não durou muito tempo já que tive minha atenção desviada

— Mamãe? - Adam apareceu no corredor de pijama e coçando um dos olhos, ele andou até mim e fez sinal para que eu abaixasse

— Vocês estão juntos? - sussurrou em meu ouvido como se fizesse uma pergunta secreta

— Sim - sorri abertamente e ele voltou a falar em meu ouvido

— Então agora ele pode ser meu pai? - ele perguntou e eu ri da situação

— Adam - segurei seu rosto e ele me olhou atendo - Ele é seu pai, meu amor - disse e ele olhou para Henry que observava a cena sorrindo

— Eu sabia! - o pequeno pulou e comemorou na minha frente - Agora eu vou poder chamar ele de pai? E a gente vai poder brincar juntos? E jogar bola juntos? E... E - metralhou as perguntas animado enquanto eu ria abertamente

— Ei! Vamos com calma garotão - Henry ficou ao seu lado e bagunçou seu cabelo - vamos ter muito tempo para tudo o que você quiser fazer - o moreno falou e sua miniatura começou a pular levantando os braços comemorando sua mais nova descoberta.

Henry pegou Adam e o jogou nos ombros levando-o de volta para o quarto enquanto gargalhavam, e eu ri observando tudo.

Meu meninos.

Mais um para a conta!

Milllllll desculpas pelo atraso, amorzinhos, essa semana não estou em
casa então ficou meio apertado.

Não sei se fico triste porque WWWY está acabando ou se fico feliz porque New York 1935 vai começar, meu coração está dividido 😰

Comentem muiiitooo e não se esqueçam da estrelinha 🌟❣️

Até o próximo! ❣️

XOXO.

When We Were YoungOnde histórias criam vida. Descubra agora