11° Capítulo

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"As rachaduras não vão se consertar e as cicatrizes não irão desaparecerAcho que eu deveria me acostumar com isso"Gavin James - Always

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"As rachaduras não vão se consertar e as cicatrizes não irão desaparecer
Acho que eu deveria me acostumar com isso"
Gavin James - Always

Depois de ser pega admirando o menino Igor, corri para a cozinha sentindo minhas bochechas queimarem de vergonha. Mas afinal foi uma boa decisão, porque encontrei os salgadinhos que minha mãe comprou para minha tal festa e só de vê-los meu estômago roncou, me fazendo esquecer totalmente a tal de dieta que inventei para perder os quilos que adquiri.

Eu roubo uma mini coxinha do recipiente, olhando para todos os lados para ter certeza de que minha mãe não está por perto. Dou uma mordida na coxinha e suspiro relaxada quando seu gosto saboroso toma conta de minha boca. É como se eu estivesse comendo um pedacinho do céu.

Qual será o sabor do céu?

Fecho os olhos saboreando o último pedaço. É a melhor coxinha que eu já comi na vida! A massa está bem temperada e seu recheio de frango é cremoso. Eu com certeza esqueceria minha lista e me casaria com a pessoa que fez esta delícia.

No momento em que estico minha mão para roubar uma bolinha de queijo que também parece deliciosa, minha mãe grita da sala para que eu vá atender a porta, indicando que é o entregador do bolo que a mesma encomendou.

Mesmo assim eu pego a bolinha, jogo dentro da boca sem mastigar e limpo os cantos dos lábios para que minha mãe não desconfie que estou comendo salgadinhos antes da festa.

Ao abrir a porta constato que não é o entregador do bolo e sim Rafael.

— Você? — Minha voz sai estranha, devido à bolinha de queijo em minha boca.

— Eu... — Ele começa, me olhando de um jeito estranho. — O que é isso... Na sua boca? — pergunta, apontando para a ondulação que se formou de um lado da minha bochecha.

Eu a abri para mostrar do que se trata e no mesmo momento a bolinha de queijo escapa de minha boca e cai em cima do tênis branquinho de Rafael. Uma quantidade de baba escorre pelo meu queixo e pinga no chão.

Rafael faz uma careta de nojo e chuta o salgadinho para bem longe de seus tênis. Aproveito sua distração para puxar minha camiseta para cima e limpar a baba na barra da mesma.

— Isso foi nojento, só queria dizer — ele aponta, soltando um pigarreio logo em seguida, me estendendo um embrulho. — Te trouxe um presente. Feliz aniversário.

— Como você...?

— Sua mãe — explica depressa. — A gente se encontrou no supermercado, ela até me convidou pra festa, mas sei que não sou bem-vindo, não vim pra ficar.

Eu maneio com a cabeça, feliz por ele ter um pouco de senso.

— Ah, é você Rafa? — Minha mãe surge ao meu lado, com algumas notas de dinheiro em mãos.

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