"Eu não te odeio
Não, eu não poderia, nem se eu quisesse
Eu só odeio toda a dor pela qual você me fez passar"
Wrong Direction - Hailee SteinfeldO Uber para na porta de minha casa minutos depois. Igor paga e agradece o motorista enquanto contorna o carro até o outro lado para me ajudar a sair.
Ele me pega no colo de novo e caminha até a porta. Eu o impeço quando o mesmo está prestes a tocar a campainha e faço uma manobra para abri-la, desejando que minha mãe não esteja em casa.
Tudo está silencioso quando Igor me coloca sentada no sofá. Estico minha perna em cima do aparador e ele se senta ao meu lado.
Chamo a minha mãe, mas a mesma não responde.
— Eu ainda acho que deveríamos ir ao hospital, Luisa — ele repete pela milésima vez, enquanto analisa minha perna.
Não está mais doendo tanto, mas os relados continuam ardendo. Aparentemente, o problema todo foi eu ter batido o joelho na queda.
— Prometo que se amanhecer pior eu vou, Igor. — Dou um meio sorriso, tentando aliviar sua expressão de culpa.
E foi sua culpa mesmo. Ele prometeu não me soltar.
Igor passa a mão delicadamente pelo meu rosto e dá um beijo em minha bochecha, carinhosamente.
Escutamos alguém pigarrear e ele se afasta. Quando olho para frente, encontro minha mãe e meu pai.
Ele está de braços cruzados, direcionando um olhar ameaçador para Igor, mas meu sorriso é enorme em vê-lo.
— Pai. Ai! — Firmo o corpo com a perna machucada, tentando ir até ele, mas paro no segundo seguinte quando a dor toma conta de mim. — Você voltou?
Igor me puxa novamente para o sofá pedindo que eu tenha cuidado e meus pais vêm até mim, preocupados.
— O que você fez com a minha filha? — vocifera, se ajoelhando em minha frente para olhar a perna.
— Ele não fez nada, pai. — O tranquilizo, pousando minha mão em cima da de Igor. Sei que ele tem um pouquinho de medo do meu pai. — Eu caí de bicicleta.
— Mas você não sabe andar de bicicleta! — A voz de minha mãe sai esganiçada.
Reviro os olhos.
— Foi por isso que cai, mãe.
— Você tá sentindo alguma dor? — Meu pai aperta um ponto do meu joelho que me faz soltar um grunhido. — Quer que eu te leve pro hospital? Por quê não levou ela pro hospital?
Ele semicerra os olhos para Igor e o mesmo dá de ombros, se encolhendo no sofá.
— Eu tentei!
— Tá tudo bem, foi só uns arranhões e acho que bati o joelho, por isso a dor. Mas porque o papai tá aqui? — pergunto para minha mãe e depois abro um sorriso para meu pai. — Você voltou pra casa?
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Como não se apaixonar
Novela Juvenil"Se persistirem os sintomas o livro deverá ser consultado." Luisa Lemez se apaixonou perdidamente aos quinze anos de idade, mas seu lindo romance que parecia mais um conto de fadas com todos os clichês possíveis, vai por água abaixo quando em uma be...