29° capítulo

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"Apenas uma dose de você e eu soube que eu nunca mais seria a mesma"Camila Cabello – Never Be The Same

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"Apenas uma dose de você e eu soube que eu nunca mais seria a mesma"
Camila Cabello – Never Be The Same


Quase caio do banco quando Igor é afastado de mim tão de repentemente. O empurrão nele nem foi forte, mas foi o suficiente para meu coração ficar ainda mais acelerado e me deixar possessa por ficar no quase. DE NOVO! Por um segundo, penso que meu pai realmente cumpriu sua promessa de ficar de olho em mim a noite toda, mas quando olho para o lado e encontro Igor ainda vivo, descarto esta possibilidade.

Volto meus olhos para o causador disso tudo e engulo em seco minha raiva, tentando lembrar que ele é meu amigo e que matar alguém é considerado um crime.

O meu estômago se contorce com tamanha frustração. Não consigo acreditar que cheguei tão perto novamente e mais uma vez fiquei no zero a zero.

Por que sempre tem que aparecer alguém para nos interromper?

Será que é pedir muito que me deixem beijar em paz?

Logo agora que encontrei alguém que queira me beijar depois de fucking cinco anos. CINCO!

Trinco os dentes quando noto o falso sorriso inocente de Marcos. O idiota fez isso de propósito. Mas por quê?

— O que você quer, Marcos Henrique? — pergunto entredentes, meu rosto queimando de raiva.

Ele solta um suspiro dramático ainda com seu sorrisinho falso e se joga entre mim e Igor no banco, nos obrigando a nos afastar ainda mais.

Procuro os olhos de Igor por cima da cabeça de Marcos. Uma coloração avermelhada sobe do seu pescoço até seu rosto, sua mandíbula está trincada e os punhos cerrados no colo, no mais, ele parece tão frustrado quanto eu. Aposto que esse beijo é tão aguardado tanto para mim quanto para ele. E pensar que tudo poderia estar diferente se eu tivesse o beijado desde a primeira noite em que rolou um clima entre nós, se meus pensamentos não ficassem me torturando toda vez que olhava em seus olhos e via o desejo que ele tinha de me beijar. Aposto que se isso tivesse acontecido antes, ele não teria ficado com Mag, nós não teríamos brigado por causa dele e nem teríamos ficado tanto tempo sem conversar.

Isso é tudo culpa minha.

Eu sou uma idiota.

— Qual é, não posso sentir saudades da minha amiga querida? — Ouço a voz cínica de Marcos e volto minha atenção a ele.

Nego com a cabeça, o odiando por alguns segundos, controlando minhas mãos para que elas não voem em seu pescoço.

— Sabe, garanhão — ele dá dois tapinhas nada gentis no ombro de Igor — agora que cheguei você já pode ir.

— Marcos! — repreendo, dando uma cotovela em sua costela que o faz soltar um resmungo.

Ele massageia o lugar onde bati, mas seus olhos não desgrudam de Igor. Os dois parecem entrar em uma batalha de quem faz a careta mais ameaçadora um para o outro.

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