18° Capítulo

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"Vi você entrar em um barEle disse algo que te fez rirEu vi que seus sorrisos eram duas vezes maiores que os nossosSim, você parece mais feliz, você parece"Ed Sheeran - Happier

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"Vi você entrar em um bar
Ele disse algo que te fez rir
Eu vi que seus sorrisos eram duas vezes maiores que os nossos
Sim, você parece mais feliz, você parece"
Ed Sheeran - Happier

R A F A E L

Eu estava tentando segurar toda a barra que estamos passando aqui em casa sem meu pai, mas confesso que as coisas estavam começando a ficarem difíceis e eu não sabia se iria aguentar toda essa situação. Contudo, eu precisava ser forte pela minha mãe.

O clima estava bem estranho, o silêncio predominava a maior parte do tempo, e quando se ouvia vozes, era porque eu e o Diego, estávamos discutindo. Daí minha mãe caia no choro novamente.

Não que ela parasse de chorar por algum momento.

Até porque desde que meu pai foi embora, há três semanas quando não estávamos em casa, essa tem sido a única coisa que ela tem feito o tempo inteiro.

Quando deu meio-dia, eu já estava arrumado para ir trabalhar no Flop's. Eu consegui o emprego tão facilmente, que eu chegava a duvidar se não tinha dedo do meu pai nisso, já que ele é uma pessoa influente aqui em Macarena.


Era obrigatório a troca dos turnos e eu até que gostava dessa parte, porque virar a noite servindo mesa para um monte de caras bêbados, era cansativo demais.

Mas eu não tinha o direito de reclamar, o salário é bom, conheci várias pessoas legais e ia conseguia ajudar bastante com os gastos daqui de casa. Depois que meu pai foi embora, minha mãe largou o emprego que tinha e não voltou lá nem para acertar seu salário, a situação estava crítica.

O pior de tudo era ter que aturar clientes chatos, que achavam que eu tinha culpa quando algo não estava do agrado deles.

Tudo bem, eu tinha culpa algumas vezes sim. Como quando derramei suco em uma senhora que me fez trocar o copo três vezes! Nada profissional da minha parte, eu sei.

Quando desci as escadas, encontrei minha mãe deitada no sofá, dormindo em posição fetal.

Suspirei frustrado, vendo que aquilo já tinha se tornado um hábito frequente.

Acho que ela achava que o quarto lembrava muito do meu pai.

— Mãe? — A sacudi pelo ombro tentando ser o mais delicado possível, mas não funcionou, já que mesma deu um pulo como se tivesse ouvido o barulho de uma casa caindo.

Ela coçou os olhos e depois logo voltou a se deitar, me encarando.

Um nó se apertou em minha garganta e tentei o engolir de todas as maneiras, para não começar a chorar ali na frente dela.

Como não se apaixonar Onde histórias criam vida. Descubra agora