21° Capítulo

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PARTE 2

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PARTE 2

"Eu não quero conversar sobre isso
Sobre como você partiu meu coração" Fernanda Takai – I Don't Want To Talk About It

A primeira pessoa que abracei desejando feliz natal, foi Mag por estar ao meu lado no momento. Logo em seguida minha avó se arrastou até mim, me agarrando pelos ombros e esmagando minha cabeça entre seus enormes seios, o que foi muito constrangedor por sinal. Em seguida veio meu pai, meu avô, Soraia e minha mãe, me afastando de quem eu realmente queria abraçar naquele momento. Me refiro ao Igor, que fique claro.

— Filha, o Rafa não tira os olhos de você — minha mãe sussurrou em meu ouvido, enquanto me apertava em seus braços. — Você deveria ir falar com ele.

Foi inevitável meus olhos não o procurar pela sala para comprovar o que a mesma disse.

Uma pontinha de esperança cresceu dentro de mim, mas Rafael conversava com seu irmão enquanto comia o pavê de minha avó como se fosse a oitava maravilha do mundo. Pelo visto, ele só tinha olhos para o pavê.

— Vou ir com certeza, mãe.

Dei um sorriso a contragosto, sabendo que minha mãe nunca desistiria de me desencalhar. Uma tarefa bem difícil para a mesma.

— Vou fazer inveja na Soraia com o meu pequeno jardim. — Minha mãe deixou um beijo estalado em minha testa, depois que concordei com ela. Vi a mesma falar algo para Soraia e as duas seguiram para a porta que levava até o quintal.

Minha atenção se voltou novamente para o Igor, que cada vez que tentava se aproximar, era interrompido por alguém no caminho. Mas ele parecia ansioso para cumprir tal ato e confesso que eu também estava. Ele tentava não perder a pose de educado, enquanto meu avô o apertava entre seus braços e batia de forma um tanto quanto agressiva em suas costas. Mas em nenhum momento sequer, seus olhos se desgrudaram de mim.

Retribui seu pequeno sorriso, lembrando de como foi bom o abraçar aquele dia em seu quarto de hotel; o quanto foi bom estar em seus braços e o quanto me pareceu certo sem que eu me sentisse constrangida com seu gesto repentino. E eu mal podia esperar para sentir seu cheiro mais de perto.

Esses pensamentos me deram forças para dar alguns passos em sua direção, quando vi meu avô se distanciar, o deixando sozinho perto da divisória da sala para a cozinha, com seu sorriso tímido no rosto.

Meu coração pulsou descontroladamente quando Igor também deu um passo em minha direção. Todo esse efeito que ele causou em mim me deixou zonza.

Já senti isso antes e até hoje é impossível não recordar de como acabou em uma grande merda. Esse era meu medo. Mas eu podia negar para o mundo inteiro, só que dentro de mim eu sentia que Igor estava despertando algo que estava adormecido faz tempo.

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