As Verdades tem de Serem ditas

Capítulo 4

Yue Uzumaki

--- Tenho mesmo que achar alguém? - Olho para a Tsunade depois que os outros saem da sala.

--- Tem, para o grupo ficar completo pelo menos. - Ela fala esfregando a palma da mão na testa. - Sei que é difícil achar, mas se não achar até o final dessa tarde quem escolherá será Danzo, e eu não quero isso. - Ela me olha com um olhar cansado e da um suspiro. - Entende?

--- Soka... - Falo e me sento em uma cadeira que foi posta na frete da mesa da mais velha. - Seria tão ruim assim? - Pergunto e cruzo os braços jogando minha cabeça para trás cansada por não ter dormido bem na noite passada.

--- Não sei exatamente, mas sim seria muito ruim, ele não é confiável. - Ela fala e meche em alguns papéis dentro de uma gaveta. - Hikari passou aqui mais cedo e deixou esse relatório da primeira missão de vocês quatro juntos. - Ela me estende uma pasta amarela, pego e olho a capa vendo escrito " (relatório) primeira missão, Hyuuga Hikari."

--- Ela é bem cuidadosa com essas coisas. - Abro a pasta e dou uma breve olhada no que estava escrito. - Sim, bem cuidadosa.

--- Ela é uma boa garota. - Ainda fala e pega outro papel e me entrega. - Sabe da história dela? - A mais velha fala e olha para o céu que ainda estava amanhecendo.

--- Não. - Falo e me encosto na cadeira olhando para qualquer ponto fixo na janela. - Mas ela me é pouco familiar.

--- Entendo o porque acha isso. - Ela me olha e se endireita na cadeira me olhando, desvio meus olhos do ponto fixo e olho para ela com a cabeça pouco inclinanda. - O pai dela era seguidor do Oroshimaru. - Ela fala e apoia a mão na mesa. - E por causa disso, a mãe dela acho que se falasse com o antigo Hokage traria problema para os Hyuugas então ela fugiu com Hikari, e foi para a aldeia da areia, conheço a mãe dela. - Ela fala e olha para a mesa cruzando os braços na mesma. - Já deve ter visto ela no antigo esconderijo do Oroshimaru. - Ela fala e fecha os olhos cansada.

--- Soka, deve ser isso mesmo. - Falo e coloco a mão no queixo e apoio o cotovelo no outro braço. - Teria causado problemas?

--- Tinha uma grande probabilidade naquela época, mas sim. - Tsunade fala meio pensativa. - Enfim não quero tomar seu dia e atrasar a sua procura, então tá liberada. - A mesma fala abanando a mão em frente ao rosto como se tentasse parar com seus pensamentos.

Me despedi da mais velha e sai da sala.

(...)

Olho no meu relógio de pulso que já indicava ter passado do final da tarde, suspiro e antes de começar a andar olho para o céu vendo que estava sendo convocada.

Dou meia volta e enfio o último pedaço dos dangos na boca e começo a caminhar a caminho do local...

Chegando em uma das salas no QG olho para Tsunade que estava sentada em um sofá de dois lugares de frente para um homem que já devia estar com os dois pés na cova, e um pálido com um sorriso cínico e idiota no rosto.

Olho em volta da sala antes de entrar e fechar a porta deixando para trás os dois guardas que me acompanharam da entrada até aqui. Me viro e ando até o sofá que Tsunade estava sentanda observando os dois séria e um pouco desconfiada.

Deixo minha máscara na mesa a minha frente, e percebo que o garoto a minha frente também tinha uma em sua frente, me sento e observo atentamente os dois.

Me endireito no sofá cruzando as pernas e os braços e arqueando as sobrancelhas.

--- Então essa é a sua prodígio?- O velho esquisito fala me olhando de escanteio.