Uma jovem de cabelos azulados, se sentava confortavelmente na sua cadeira cor de rosa, combinando com tudo no seu escritório. Ela recebia várias mensagens e e-mails um atrás do outro, e vários telefonemas de várias pessoas, ela pensava seriamente em contratar uma secretária para atender seus inúmeros clientes. A estilista produzia vários croquis lindíssimos, roupas maravilhosas, que encantavam, qualquer um que olhasse. Ela estava trabalhando num vestido de noiva, ele era incrível, era rosado, em formato de sereia, e a renda passeava delicadamente por todo o vestido, as pedras preciosas adornavam o busto desse lindo vestido. Marinette, sempre trabalhou muito duro em tudo o que fazia.
Ela escutou a porta do seu escritório abrir, tirando a sua atenção ao desenho do vestido, ela fixou o olhar na porta de entrada, que estava iluminada pela luz que vinha da janela. Um homem alto, aparentemente, musculoso, cabelos loiros parecendo fios d'ouro brilhando na luz do sol. Ele deu passos lentos e silenciosos, Marinette não deixou de notar seus lindos olhos verdes, que pareciam duas esmeraldas.
"Ele realmente era muito bonito."
Constatou ela, enquanto o via caminhar até a sua mesa. Ele usava roupas simples. A blusa de manga preta, apertada que lhe mostrava seus músculos definidos, uma calça (jeans) e sapatos sociais. Marinette cravou seu olhar aos olhos do homem e fez a seguinte pergunta:
— Como posso ajudar? — Ele coçou a nuca, com hesitação em responder à mulher de olhos azuis, sentada a sua frente.
— Quero que me elabore uma fantasia. — Era um pedido inusitado, mas Marinette não se preocupou em questionar a princípio.
— De que, exatamente? — Ela segurava seu caderno de desenhos, enquanto esperava atenta ao pedido de seu mais novo cliente.
— De Chatnoir. — Ela arqueou sua sobrancelha, estranhando, mas preferiu não pensar muito sobre isso.
— Tudo bem. — Ela concordou.
— Aqui está o meu telefone, voltarei aqui mais vezes para ver como a minha roupa está ficando. — Disse ele, enquanto tirava um papel do bolso, entregando-o para Marinette. Ele se virou e foi embora. Ela o viu andar até a porta do escritório balançando seus lindos fios d'ouro. Ela achou aquele pedido um pouco inusitado, mesmo assim, ela começou a desenhar calmamente no papel a roupa de Chatnoir, era um colam de gola cumprida, bota canos curtos, um cinto que lembrava uma cauda de gato, acrescentou vários bolsos, e finalmente colocou as orelhas. O desenho realmente estava incrível. Marinette era uma das melhores estilistas de Paris, e sempre suas coleções eram elogiadas por outras marcas. Ela então ligou para o homem, que nem se quer disse o seu nome. Ela esperou na linha, até aquele homem estranho atender.
— Alô? — Ela disse, esperando uma resposta do outro lado da linha.
— Oi! Senhor... bem o seu desenho já está pronto, amanhã, venha aqui para fazer suas medidas.
— Tudo bem, amanhã estou indo aí. — Ela escutou a linha cair, num som estridente e irritante. A estilista de cabelos azulados, desligou seu telefone, se encostou nas costas da cadeira, pensativa.
"Será mesmo que devo confiar naquele homem?"
Ela revirou os olhos, e falou em pensamento:
"Bobagem, Marinette! Ele deve ter os seus motivos para agir assim..."
Ela, abriu o seu notebook, que ficava a sua esquerda. O seu computador era da cor rosa, e realmente, ela gostava mesmo de rosa. E ficou navegando em seu Instagram, sem se importar com seus croquis quase terminados. Bebericou seu café recém-feito, que estava a sua direita na mesa, enquanto olhava para a tela branca de seu computador. Até que, ela viu uma cena chocante. Ela parou de mexer no mouse, para ler rapidamente o post. Era uma foto de Chat noir, machucado, e seu uniforme quase destruído em seu corpo, tentando se levantar com seu bastão. Ela colocou a mão em seu peito, sentindo pena, por ele ter se machucado tanto.
— Ele não foi forte o suficiente... — Disse ela baixinho, enquanto rolava o mouse para baixo, sentindo pena do pobre gatinho, que arriscava a sua vida diariamente, para que gente insignificante como ela, viva. Ela sentiu pequenas lágrimas, rolarem em sua face. Decidiu, desligar o computador, e voltar ao trabalho, tentando esquecer da cena que acabou de ver. Ela sentia-se culpada, por Chat noir ter que salvar a cidade todos os dias, mas ela sabia que não era culpa dela, mas para ela. Ela, e assim como todos em Paris, eram o tesouro, que Chat noir deveria proteger. As lágrimas insistiam em rolar, então ela pegou na sua gaveta, um pequeno lenço de papel, de bolinhas rosa pastel. Limpou seus lindos olhos azuis, e voltou a trabalhar, mas sem parar de pensar em Chat noir.

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Mon Petit Chaton
FanfictionMarinette vive sua vida de sucesso, como uma estilista na famosa cidade luz. No entanto, as coisas acabam mudando, quando um cliente exigente, encomenda um traje de Chat noir.