Reconciliação

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Maldito estojo. Me sentei no sofá branco que estava na sala, eu e Hinata experimentávamos o lindo climão que ficou após esse estojo ter caído no chão. Quase ganhava um beijo daquela maravilhosa boca. Estava levemente irado pela derrota. Mas eu mal sabia o que estava por vir.

- Naruto. - Hinata rapidamente retomou sua postura, e ficou mais séria. Droga, coisa boa não vinha.

- Fale- Ela apoiou-se na mesa, com aquela linda bunda, cruzou os braços e disse:

- Temos um problema. O que aconteceu ontem a noite.. - Foi incrível - a interrompi sem nem perceber, também percebi que havia suspirado, como se procurasse paciência.

-Sim Naruto, foi ótimo, concordo com você, mas já passou, temos que possuir outra postura agora. Somos parceiros de trabalho, e não peguetes de momento. Nossa relação tem que ser profissional, sem desvaneio, e o que acabou de fazer, não foi nada profissional.

O que? Ela estava permitindo tudo o que eu fazia, e somente eu não fui profissional? Estava querendo jogar a culpa pra cima de mim?

- Ora, por acaso eu fiz algo a força Hinata? Você também queria, não jogue a culpa somente para mim. Isso é que não é profissional.

Podia até ser verdade o que ela dizia, mas ela também cooperou para com o que eu fazia. Pelo visto ela havia se irritado. Sua feição estava diferente, e não parecia satisfeita com o que eu falei.

- Você começou Naruto. Ou eu que fui até você e te agarrei? Mas enfim, vou fingir que não escutei isso. De você só preciso do respeito para colab...

- Por acaso em algum momento você me impediu? Pelo que parecia, estava adorando. A mesma feição de ontem pra sua informação, de quando você delirava pelo que eu fazia.

Ok, agora ela ficou brava. Saiu de onde estava encostada e apontou o dedo pra mim, na minha cara! E de forma exaltada me disse:

- Não fale de um jeito como se eu estivesse caída aos seus pés! De homem e suas superioridades falsas eu já estou cheia! A questão aqui, é que se toda vez que você me ver, achar que vou agir que nem ontem, vamos ter problemas!

Apontando o dedo pra mim? Estava achando que era quem pra fazer isso?! Ainda mais gritando do jeito que estava. Agora era minha vez de exaltação. Me levantei rapidamente, com uma mão em meu bolso, a outra usei para segurar sua mão que estava apontada pra mim.

- Se não parar de gritar e apontar esse dedo na minha cara, como se fosse minha mãe, ai sim nós teremos problemas. Se soubesse que era assim, nem teria encostado em você. Porque não assume que estava gostando do que eu estava fazendo?

Nenhum dos dois estavam prontos pra ceder, cada vez estávamos mais armados, e por mais que eu não fosse ceder, sabia que era errado. Não queria nada disso, nos exaltamos demais e agora já era tarde para tentar acalmar as coisas, daqui só podia se esperar o pior.

- Se eu soubesse que você era escroto assim, eu que não tinha transado com você ontem. Assumir que eu estava gostando? Do que? Ah claro, eu assumo sim, a sua falta de controle ao me ver. Assumi, satisfeito?!

Droga, só podia ser brincadeira. Eu de fato perdi o controle ao ver ela. Mas que merda, eu poderia assumir isso se ela assumisse que estava gostando do que eu fazia.

- Já que esta a vontade para assumir as coisas, porque não assume que queria que eu te beijasse? ou por acaso aquela carinha sua era de repugnação?

Ela estava pronta para rebater quando, ouvimos a voz da minha mãe no salão lá fora, paramos tudo que estávamos fazendo, parecíamos estátuas, nos olhamos em silêncio procurando alguma confirmação. E esta foi dada quando ela abre a porta da sala, nos dando um pequeno susto. Ela parecia estar um pouco irritada, algo não estava a agradando, e logo descobrimos o que era.

O AcordoOnde histórias criam vida. Descubra agora