Nossa, fazia tempo que não ria assim. Eu e Hinata estávamos tentando manter a cortesia naquele restaurante, mas era quase impossível.
Hinata acabou por achar apimentado demais o prato que pediu e ficou uns 3 minutos tossindo, já eu, odiei o molho italiano. E bebi toda água da minha taça e da dela.
Por fim, resolvemos trocar os pratos. E a essa altura, todos no restaurante já tinham nos visto e não paravam de comentar sobre nós.
O resto da sua noite foi agradável, como sempre ao lado dela, Hina se abriu pra mim e falou como era difícil viver na exigência de sua família, e que só depois de um tempo seu pai observou como isso prejudicava a todos. Inclusive, descobri que Neji não é seu único irmão, Hanabi de 15 anos é a mais nova, os três eram inseparáveis, mas por conta da responsabilidade adulta, tiveram que deixá-la sozinha com o pai. E não que isso fosse ruim, mas sentiam-se maus por não darem a ela a atenção que merecia.
Eu a consolei, disse que sua irmã já tinha idade suficiente pra entender a situação e que logo toda família estaria junta, era só questão de tempo. Ver esse outro lado de Hinata era muito bom, essa intimidade pequena que nós tínhamos fazia com que falássemos sobre tudo.
Finalmente o garçom nos trouxe o menu para bebidas. E eu só conseguia escutar a risada de Hinata para com a minha reação aos preços.
- 200 reais uma taça Hinata!? - eu não conseguia acreditar. O que vinha no vinho? Tinha boquete incluso?
- Eu te falei bobinho! Não é para nossos padrões. Não importa quantos descontos você tenha. - ela ria, porém eu estava chateado. Eu estava doido por um vinho, era o que faltava pra fechar a noite com chave de ouro.
Sinto a mão de Hinata sobre a minha.- Ei, eu conheço um ótimo lugar para vinhos. - sorrindo ela se levantava. Da última vez que eu a segui, me diverti muito, estava ansioso pra ver onde ela ia dessa vez.
Saímos para fora do restaurante, Hinata foi para a calçada enquanto eu fui buscar o carro. Acabei demorando mais do que imaginei, não sabia muito bem onde tinha o deixado, ainda mais nesse estacionamento cheio de carros grandes e caros.
Dirigindo-me em direção a Hinata (depois de muito tempo) vejo a mesma conversando com um homem, qual eu nunca vi na vida. Não me importei muito, pararia em sua frente e esperaria ela terminar a conversa. Porém quando cheguei perto, vi que Hinata estava totalmente desconfortável, e o cara a sua frente possuía uma garrafa de cachaça em mãos. Um bebum? Pensei. Mas escutei ele dizer o nome dela, eles se conheciam então?
Parei com o carro em frente a ela, e logo ao perceber que era eu, rapidamente entrou no carro. Nesse meio tempo, eu e todos ao redor, escutaram ele gritar:
- VOCE VAI ME PAGAR PELO QUE FEZ HINATA! OUVIU?! PODE ANOTAR! - saiu andando e engolindo o resto do líquido que tinha na garrafa.
Segui dirigindo, e vi Hinata aflita. Nunca a vi desse jeito, o peito subia alto, tentando acalmar a respiração.
- Hina.- coloquei a mão em sua coxa. - tá tudo bem? Quem era aquele homem? - perguntei singelo e calmo, não queria piorar a situação.
- Está sim. Ele veio perguntar as horas e também perguntou meu nome, mas não sei quem é, quando respondi as duas perguntas, ele começou a gritar. O cheiro do álcool estava forte, provavelmente estava bebado. Só fiquei assustada querido. Tá tudo bem. - sorrindo, ela segurou em minha mão. Logo a soltou e voltei com ela para o volante. Não me senti seguro da resposta, mas deixaria para lá.
- Então, onde é esse lugar Hina? - ela me olhou enquanto prendia seus cabelos. Naquele maldito coque com a caneta.
- Você já sabe até onde é. Minha casa. - me assustei. Na casa dela? O que havia lá?
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O Acordo
Любовные романыUma nova Hinata. Uma nova fase. Um novo emprego. Um novo relacionamento. Um novo Naruto. Uma nova funcionária. Um novo sentimento. Uma nova dúvida. Mas e o passado? Podemos chamá-lo de inovador? Leia e descubra qual é o acordo e o que o passado vai...