Just The Way You Are

Vinte

Oi :)

Eu fiquei um ano sem dar att? Fiquei quase um ano, com ênfase no quase.

Pareço meio cara de pau por estar aparecendo aqui depois de tanto tempo sem noticias, mas eu realmente tenho meus motivos. Não irei explicar eles aqui em cima, para não ficar uma bíblia antes do capítulo, mas o que posso garantir é que eu não irei desistir de Just the way you are, mesmo que provavelmente ninguem vá ler ela agora :v.

Boa leitura :)

Xxxxx

A tarde se aproximava e com ela Castiel sabia o que aconteceria. Dean chegaria, e ele teria que falar sobre sua infertilidade. Isso fazia o ômega ficar nervoso e extremamente ansioso, o que não era algo muito recomendado para alguém no estado dele, em observação médica.

O relógio na parede marcou meio dia e meio em ponto, e a enfermeira entrou com seu almoço, que consistia em uma comida empapada e ruim, mas que era a única coisa comestível que era permitida aos pacientes. Castiel comeu aquela coisa consistente com a animação de quem vai para a forca, desejando apenas que estivesse em casa e comendo o macarrão especial que Gabriel faz, ou, de modo mais bruto, miojo.

Quando terminou de comer, a mesma enfermeira que deixou o almoço veio buscar o resto, dando um breve sorriso para Cas antes de se retirar. Agora, era apenas ele, seus pensamentos e sua ansiedade. O relógio na parede mostrava que não faltava muito para o horario de visita começar, e isso fazia o coração do moreno acelerar ainda mais. Passarem-se mais dez minutos de aflição e ansiedade até que finalmente os ponteiros do relógio mostrassem ser a temida hora. Agora, era só esperar que Dean aparecesse.

Isso não demorou a acontecer, menos de cinco minutos depois o alfa loiro entrou no quarto, sorridente e com uma sacola em mãos.

— Eu trouxe pudim, e não precisa se preocupar que o médico liberou. — ele disse, abrindo o pequen pote de pudim e pegando uma colher de plástico.

— Obrigado, Dean, mas eu acho que não quero pudim agora. — Castiel falou, observando a expressão de confusão se apossar da face do outro. — Eu.. Eu preciso falar com você sobre algo realmente sério.

— Tudo bem, eu estou um pouco assustado, mas ok. —O alfa se sentou em uma cadeira, ficando ao lado da maca de Castiel, e colocou o pudim de volta a sacola. — Pode falar, então.

— Você se lembra daquela vez em que eu perguntei pra você se estava nos seus planos ter um filho?

— Lembro claro que lembro. — Dean falou sorrindo.

— Há um tempo, quando decidi passar o cio com você, eu fiz um exame para ver se estava tudo bem comigo, para ficarmos seguros. Mas, nesse exame, eu acabei descobrindo uma coisa, Dean. — O ômega pronunciou cada palavra com cautela, sentindo toda sua coragem esvair enquanto observava seu alfa cada vez mais tenso.

Por um breve momento, ele penseou em desistir disso. Levar isso nas costas e ver se Dean algum dia descobriria, se é que ele descobriria. Mas isso não seria justo com ele, já não era novidade que um dos sonhos do loiro era ter um filho, além disso, esconder um segredos desse da pessoa que ele ama e quer passar o resto da vida ao lado dela seria a pior coisa que Castiel faria.

O moreno respirou fundo, suas mãos tremiam, seu peito acelerou e ele sentia que poderia chorar a qualquer minuto.

— Eu sou infértil, Dean. Eu não posso te dar filhos.

A reação do alfa não foi imediata, na verdade, ele parecia não ter entendido direito. Ou talvez, ele apenas queria não ter entendido. O sorriso em seu rosto morreu aos poucos, como as flores no inverso, e seus olhos verdes se tornaram desfocados. De sua boca, não saia nenhum som, e aquele silencio matava Castiel por dentro. Ele queria uma reação, qualquer que fosse. Entretanto, tudo que ele ganhou, foi um pote de pudim no chão, e um alfa saindo de seu quarto.