Âmbar narrando
Estava arrumando minhas coisas, recebi alta hoje, apesar do pé quebrado, em volta de um gesso. Nina, Luna e Gaston revezaram pra ficar comigo no hospital.
Simon foi expulso, ele achou conveniente dar um murro no doutor Lucas quando ele estava medindo a minha pressão. Violência é intolerável no hospital.
E de verdade? Fiquei um pouco aliviada. Depois desse acidente, tudo que eu quero é um tempo pra mim. Um tempo pra pensar. E eu não queria ficar deitada o dia inteiro e ainda ter que aguentar esse ciúme bobo que surgiu do nada.
– Vamo? – Nina pergunta, me ajudando a andar.
– Uhum. – Falo sorrindo e pegando a bolsa.
– Deixa que eu levo. – Gaston diz aparecendo na porta.
– Resolveram cuidar de mim hoje? – Perguntei dando a bolsa pra ele.
– É o nosso dever diário. – Ele diz sorrindo. – Luna ta lá fazendo a comida. Lasanha.
– Ahn... – Dei um gemidinho. – Preciso muito de comida de verdade, não aguento mais esse hospital. Não tem gosto, não tem gordura...
– Você ta com um mês afastada do trabalho, mas ainda é modelo então mantem esse corpinho. – Nina fiz e eu faço beicinho.
– Ah, deixa ela. Perdeu uns 3 kilos nesse hospital, e você nem engorda tanto né? Pode comer a vontade. – Gaston diz e eu dou um sorrisao. – Viu? Ela é muito mais linda assim.
– Entendi, vamo logo? – Nina diz e me empurra.
– Cuidado com ela. – Gaston fala e me apoiando nele.
– Ela não é de papel!
– Mas ta machucada, você ta cega?
– Gente, relaxem, ta tudo bem, eu vou sozinha. – Falei e me soltei de Gaston.
– Você só pode ta de brincadeira com a minha cara né? – Nina diz.
– Brincadeira? Você é pa-te-ti-ca. – Ele diz dando ênfase em cada sílaba.
– O que ta acontecendo? Ta estranho comigo porque?
Fui saindo de mansinho, pra nenhum dos dois me ver. Estava mancando mas não era pra tanto.
– Ei! – Vejo o enfermeiro que me ajudou no início. – Precisa de ajuda?
– Não vou negar não. – Falei rindo e me apoiei no ombro dele enquanto ele me ajudava a andar. – O que aconteceu que você parou de me dar agulhadas?
– Tive que trocar de paciente.
– Por que?
– Coisa de hospital, sempre trocam os enfermeiros , principalmente os iniciantes. – Ele fala.
– Ah. Mas seu tio é um ótimo doutor.
– É. Ele é incrível, sempre sonhou em ser médico. Fico muito orgulhoso dele, mesmo.
– Eu imagino, ele te trata como um filho.
– É, ele e a tia Vera estão tentando ter um filho a anos, mas não conseguem. Então por enquanto, eu sou filho único. – Ele diz e eu sorrio.
– Sorte a sua. Não tenho nenhum irmão mas sou obrigada a conviver com duas meninas que pra mim são como as irmãs que nunca tive. – Eu falo. – Convivência é complicado.
– Bastante. Ta indo embora? – Ele diz apontando pra saída.
– Isso. – Ele me leva até lá.
– Bom, então acho que a gente se vê daqui duas semanas, né? – Ele diz rindo e eu olho pro meu pé com gesso.
– Parece que sim. – Falo rindo.
– Quer me passar o seu telefone? – ele diz pegando o dele do bolso e eu o olho.
– Na verdade... O Simon, que deu um soco no seu tio, bom, ele é o meu namorado, então tipo... – Falo mexendo as mãos e ele da um riso de canto.
– Como amigos. – Ele diz sorrindo.
– Acho que tudo bem. – Falei rindo e pegando o celular da mão dele, anotando o meu.
– Eu sei como é isso de ter dono. Já tive uma namorada assim uma vez, não aguentei muito tempo. – Ele riu e eu o olhei estranha. – Mas cada um é cada um. Se você está feliz eu fico feliz. – Ele diz e eu entrego o celular com o número já anotado.
– Não... – Ri abafado. – Simon não é o meu dono. Na verdade ele nem é tão ciumen...
– Âmbar! – Simon me grita subindo as escadas do hospital.
– Oi meu bem. – Falo tranquila e ele me olha. – Porque você ta gritando mesmo? – Vejo ele pensar por alguns segundos.
– Nada ne. – Ele riu sem graça. – Você tava longe e tal.
– Esse aqui é o Caio, você lembra dele?
– Lembro sim, com certeza, e ai Caio? – Ele diz pegando na mão do enfermeiro e olhando pra ele.
– Beleza e você?
– Beleza claro. – Ele diz soltando a mão dele e pegando na minha cintura.
– Vou deixar vocês, tenho pacientes pra tirar uns sangue. – Caio diz, eu sorrio e ele sai.
– Tudo bem?
– Tudo ótimo. Finalmente to saindo desse hospital.
– Eu já não aguentava de saudade. – Ele diz e me da um selinho.
– Bora casal? – Nina diz saindo.
– Já se resolveram? – Pergunto.
– Uhum, bem na sua caminha. – Ela diz e Gaston me olha, tímido.
– Então vamos. – Falo e começo a rir.
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Te Quero | simbar
Fanfiction"você é a minha sorte, Âmbar. e você é a minha." Iniciada em 28/08/18