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Âmbar narrando

Passou uma semana. Eu não cheguei a ter uma conversa com o Simon, muito menos com o Benício. Me tranquei no quarto e não falei nem com as meninas.

Um filho.

Puta que pariu, como eu sou burra.

Oque eu faço com essa criança? Eu sempre falei que não queria ser mãe. Ainda não  quero. É difícil acreditar que isso está realmente acontecendo. Meu. Deus. Do. Céu.

– Âmbar? – Ouço a Nina me chamar, batendo na porta que ainda está fechada.

– Oi? – Falo baixo.

Eu não falo com ninguém a dias, to inxada de tanto chorar.

– Me deixa entrar? Te fiz uma comida. Faz dias que você não sai desse quarto.

Penso por alguns minutos, e sou vencida pelo cansaço. A nina se preocupa comigo, não tem porque ficar de birra com ela.

Levanto da cama e abro a porta, logo voltando pra cama.

Ela se senta e deixa uma bandeija chria de comida em cima da cama.

– Não quero te obrigar a nada, mas você precisa comer. Agora não pode mais pensar só em si mesma, tem um serzinho ai dentro. – Ela fala com calma.

– Não quero ter esse filho.

– Eu sei, sei que não é a hora certa. Mas ele veio. Você acha mesmo que o ideal seria abortar? Tem uma vida ai...

– Talvez eu não aborte... Mas pensei na possibilidade de dar pra adoção.

– O Simon jamais deixaria. – Ela sorri. – Apesar do mal jeito, ele amou a ideia de ser pai. Já pensou em comprar presente, em fazer um quarto, ele ta empolgado.

– Nina...

– Oi?

– Você sabe da minha relação com o Benício.  Esse filho pode ser dele.

Ela arregala os olhos e põe a mão na boca.

– Ai meu Deus. Por isso você quer dar pra adoção?

– Você não sabe o inferno que seria a minha vida com um filho dele. Eu estou fodida.

– Mas você não sabe ainda.

Brotam lágrimas nos meus olhos.

– Eu não sei oque fazer.

Nina se senta perto de mim e me abraça.

– Olha, de qualquer forma, eu estou aqui. pro que precisar. Nós podemos cuidar dessa criança juntas... A Luna está saltitante com a ideia de ser "titia". Estamos todos aqui, com você, e com esse bebê lindo.

– Você me perdoou?

– Pelo Gastón?

– Sim...

– Nossa amizade vai além de meninos. Me resolvi com ele. Nós estamos bem. E agora você precisa ficar.

– Eu amo você, Nina.

– Também te amo, Âmbar.



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voltei.

Te Quero | simbar Onde histórias criam vida. Descubra agora