Alicia

Capitulo IV ✔️

A vida é cheia de escolhas, algumas boas outras más. Quem sabe escolher o que é certo ou não? Só tentando para saber.

-Alicia! Levanta. Vem tomar café. - Adivinha quem gritou? Isso mesmo. Minha mãe.

-Argh! To indo.

Tomei meu banho. Troquei de roupa e desci.

-Já ta tudo pronto? Não esqueceu de nada? Roupas? Sapatos? Bolsa?

-Se esqueci meu querido papai compra! - Percebeu a ironia? Bem, to usando ela desde ontem. Já usava, mas não tanto.

-Ok. Come e pega suas coisas.

Terminei de comer e subi pro meu quarto. Minhas malas estavam prontas? Claro que não! Minha mãe fala isso ontem é quer que esteja pronta. Hum. Até parece que não me conhece.

Coloquei as primeiras coisas que vi na frente e fechei. Tinha que ir com uma roupa bonita, apresentável, mostrar como sou agradável. Coloquei um short rasgado, blusa caída de um ombro e uma botinha.

-Pronto! Aqui estou. Podemos ir.

Todos me deixam no aeroporto.

-Tchau pirralha! Vou pegar seu quarto pra mim. - Tom diz rindo.

-Tchau irmã! Vou sentir sua falta. -Zac, aposto que só sentiria porque teria que jogar vídeo game com Tom.

-Até logo, querida. - Peter, gentil sempre.

-Tchau meu amor, ligo todo dia pra saber como está. - Minha mãe, as lágrimas.

-Ah! Qual é, mãe!? Precisa disso tudo não! Daqui a pouco to de volta. Tchau gente. Tchau panaca! - Dou um tapa na cabeça do Tom.

-Ei! Só vou deixar porque está indo embora.

-Tchau gente.

A voz da mulher já está anunciando. "passageiros, por favor.." Saio correndo em direção ao avião.

3 horas de vôo. Vou dormir. Divido meu acento com uma senhora.

-Vou dormir ok?! Quando chegar me chame, mas não cutuque!

-Claro minha querida. Pode deixar.

Bonitinha. Uma velhinha bem idosa. Mas não to afim de papo. Durmi e acordo com alguém me chamando.

-Menina? Jovem? Acorde, querida. Já estamos chegando.

-Uh? Sim sim. Já estou acordada.

A velhinha me acordou. Parece gentil. Queria ter uma avó. Os meus avós maternos morreram em um acidente, os paternos.. vcs já sabem. Devem estar pensando se não tenho amigos, nem me despedi nem nada. Então, eu não considero ninguém como meu amigo. Depois do que passei na minha infância.. Bem, o que importa é que não tenho ninguém para me despedir.

-Qual é seu nome, querida? - A velhinha pergunta carinhosamente.

-Alicia.

-Um nome bonito. Para uma menina bonita como você. Eu me chamo Iracema.

-Um, que bom. - Não fui grossa, mas é que não quero conversa.

Ela sorriu, mas pareceu triste. -Vou visitar meu neto. Meu filho morreu e Thiago só tem a mim. - então é por isso que ela está triste. Deve ser difícil perder um filho. Tiro isso da cabeça e respondo.

-Oh! Bem, pelo menos você tem seu neto. Se me da licença não quero conversar no momento.

-Claro! Desculpe incomodar você com minhas chatices de velha.

Aceno com a cabeça e deixo passar. O avião pousa. Pego minha mala e olho ao redor. Vejo um cartaz com meu nome. Ou quase meu nome. Estava escrito A-l-i-c-i-e. Vou caminhando em direçao ao homem com o cartaz.

Ele não é velho e sim novo. Bonito. Muito bonito. Olhos verdes, já sei de onde vieram meus olhos. Cabelos pretos. Musculoso. Resumindo: ele é muito atraente.

-Oie, você é a Alicie?

-Não! Sou A-l-i-c-i-a. Alicia-a.

-Oh! Perdão. Quando sua mãe falou pensei que fosse Alicie. Só trouxe essa mala?

-Sim.

-Ok. Entre que já vamos para casa. - Ele parece cauteloso. Seria medo? Hahaha. Até que não vai ser muito ruim.

Entrei no carro e esperei ele com a mala. Era um carro muito bonito. Preto. Deveria ser caro. A viagem até a casa dele foi muito silenciosa. Ninguém falou nada.

-Chegamos.

-Ual! - A casa era imensa. I-m-e-n-s-a. Ele não poderia morar sozinho nessa mansão. Ele tinha filhos? Uma mulher? Não, não tinha aliança. - Você mora sozinho nisso?

-Er.. Sim. Mas você não vai ficar sozinha. Tem as empregas que são muitos legais e de completa confiança.

-Hum..

-Venha. Vou te mostrar seu quarto.