Tocada pelas sombras - por Dimitri Belikov

Vinte e dois

É isso pessoal, o momento que vocês estiveram esperando: é aqui que subimos a classificação indicativa, então, por favor, continue com responsabilidade e divirta-se! 
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"Podemos fazer isso da maneira fácil ou difícil." Minha voz era dura, compensando o quanto era difícil para mim estar praticamente arrastando Rose pelo braço em direção à floresta, longe dos olhos curiosos dos outros. Rose se afastou, encarando o carrinho que levava Jesse e a equipe médica antes de desaparecerem à distância em direção ao campus principal, e eu ajustei meu controle sobre ela. "De jeito nenhum eu vou deixar você ir atrás do Jesse. Além disso, ele está na clínica, então você nunca se aproximaria dele. Se puder aceitar isso, eu vou te soltar. Se sair correndo, você sabe que vou apenas te impedir de novo."

Seus passos diminuíram, vacilando um pouco enquanto ela considerava suas opções. "Tudo bem."

Afrouxei meu aperto um pouco, testando a verdade em sua voz. Eu não conseguia me lembrar da última vez que eu me senti inseguro sobre acreditar na palavra de Rose. Quando ela não tentou fugir imediatamente, meu braço caiu e eu me permiti relaxar um pouco. Ainda não tinha certeza do que esperar dela de uma hora para outra, mas por enquanto ela parecia pelo menos um pouco estável.

"Alberta disse para você me limpar, então vamos para a clínica?" Onde sua voz estava cheia de intensa emoção há poucos momentos, agora estava completamente fria e desprovida de qualquer sentimento. A mudança não era tranquilizadora.

"Boa tentativa," eu grunhi, mascarando meu nervosismo. "Eu não vou deixar você chegar perto dele. Nós vamos buscar um kit de primeiros socorros em outro lugar." A questão era... onde? Eu queria mantê-la longe das pessoas tanto quanto possível, não apenas por sua segurança, mas também para evitar que os rumores se espalhassem mais rápido. Eu sabia que não poderia protegê-la totalmente disso, mas poderia tentar protegê-la o máximo possível.

Será que isso importaria? Meus passos tremeram um pouco antes de eu continuar ao longo da borda do campus. A cabana que Tasha havia se hospedado nas férias ficava por este caminho e, ainda que fizesse há algum tempo que eu não ia lá, eu tinha certeza que ela havia deixado o lugar razoavelmente abastecido antes de sair.

Meus pensamentos ainda estavam focados na questão mais urgente, apesar de ocasionalmente pedir a Rose para me acompanhar. Ela atacou fisicamente um aluno da realeza Moroi hoje e ameaçou matar outro. Haviam várias testemunhas. Mesmo com seus colapsos recentes, acho que não tinha volta para isso. Não acreditava que houvesse algo que eu, Alberta, ou aquela conselheira dela pudéssemos fazer para salvá-la da expulsão. Rose... não seria uma guardiã. Não tinha como eles permitirem isso. Não daquele jeito.

Como eles poderiam fazer isso com ela?

Como eu contaria a ela?

O que isso significaria para ela?

Uma coisa de cada vez, eu me lembrei, abrindo a porta na pequena cabana de um cômodo. A corrente de ar foi suficiente para resfriar bastante o interior, mas não o suficiente para evitar que a poeira se instalasse sobre cada superfície plana. Os grãos de pó rodaram com nossos passos, repentinamente perturbados pela nossa presença.

"Sente-se." Rose se dirigiu para a cama com minha sugestão, passando as mãos sobre o cobertor acolchoado que eu dera a Tasha depois que ela se queixou de quão frio era aquele lugar. Minha casa de infância era cheia de cobertores costurados a mão, e vários deles foram comigo para os lugares, empacotados com muito cuidado ao longo do ano. Perder um dificilmente seria um sacrifício.

Eu fui até a lareira, esperando poder livrar a velha cabine do frio amargo. Levou apenas um instante para acender as chamas e o alívio quente foi imediato. Encontrar o kit de primeiros socorros e outros suprimentos foi um pouco mais difícil, mas eu finalmente encontrei tudo o que precisava e puxei uma cadeira na frente dela.