Assim que Minhyuk acordou, fez o mesmo que fazia todas as manhãs: desligou o despertador e se espreguiçou, levantou e caminhou até o banheiro ainda sonolento, escovou os dentes, se despiu e se banhou.
Ao sair do banho, enrolou uma toalha em sua cintura e foi para a cozinha, colocou café para fazer em sua máquina, voltou ao quarto e vestiu sua cueca, uma calça jeans já desbotada e uma camiseta branca sem estampa. Minhyuk voltou para a cozinha, tomou seu café e comeu algumas torradas tranquilamente e em silêncio. Assim que terminou de comer, lavou sua xícara e andou na direção da porta, pegou sua bolsa e seu sobretudo que sempre deixava no porta-casacos, esse que se encontrava ao lado da saída, se retirou do apartamento, trancando a porta em seguida, pegou o elevador e foi para o térreo.
— Bom dia. — o loiro disse sorrindo para o porteiro ao chegar à portaria.
— Bom Dia, senhor Lee. Sempre no horário, não é? — o porteiro o respondeu, Minhyuk assentiu sorrindo enquanto fechava o portão e logo começou a andar na direção da cafeteria onde trabalhava. Ele caminhava devagar e tranquilamente, já havia vestido seu sobretudo e estava com suas mãos nos bolsos do mesmo.
Minhyuk gostava da manhã, caminhar devagar enquanto observava a bela cidade ao seu redor e sentia o vento bater contra seu rosto, era a melhor parte do dia para ele, mesmo que vez ou outra, isso bagunçasse seus fios. O loiro estava completamente distraído quando algo chamou sua atenção e o fez se despertar de seus pensamentos: havia uma multidão de pessoas no meio da rua, ao andar mais um pouco, ele percebeu que as pessoas formavam algo como um círculo, os carros estavam parados, com motoristas inquietos, buzinando e gritando sem parar e um carro de polícia por perto. Sem conseguir controlar sua curiosidade, Minhyuk se aproximou da multidão devagar, sem conseguir enxergar nada por causa da quantidade de pessoas em sua frente, resolveu tirar sua dúvida com a primeira pessoa que viu, uma mulher que ele imaginou já ter mais ou menos uns quarenta anos, bem vestida e com seus fios escuros soltos.
— O que está acontecendo? — ele perguntou quase que em sussurro e então a mulher o olhou
— Eu não sei direito, esse homem começou a surtar do nada, já é a quinta vez que alguém fica assim só essa semana.
"ME SOLTA! ELE VAI MATAR TODO MUNDO! ME SOLTA!"
Minhyuk escutou a voz de um homem gritar e então começou a se colocar na frente das pessoas em sua frente, na intenção de conseguir ver o que estava acontecendo e assim que conseguiu, se assustou. Um homem alto e aparentemente bem forte estava sendo segurado por dois policiais e se debatendo, gritando e apontando para o nada, o homem parecia realmente desesperado, o que causou uma sensação de medo em Minhyuk, que pouco segundos depois, lembrou de seu trabalho e olhou para o relógio, dando conta de que estava prestes a se atrasar, seu chefe não era do tipo que tolerava atraso, então resolveu se retirar dalí e correr para chegar à cafeteria o mais rápido possível.
Ao chegar na cafeteria, Minhyuk ficou aliviado por não ter se atrasado. Foi para a área de funcionários e andou até seu armário, pegou seu uniforme, o vestiu e guardou sua roupa e sua bolsa. Caminhou até a cafeteria, já vestindo seu avental.
— Eu ficarei no caixa hoje, você atende, tudo bem? — Mingyu disse e Minhyuk assentiu ao pegar um bloquinho e uma caneta que estavam sobre o balcão.
A manhã era o período do dia em que a cafeteria ficava mais cheia, o estabelecimento havia acabado de ser aberto e os primeiros clientes logo começaram a aparecer, então Minhyuk logo tratou de começar a atendê-los.
— O senhor deseja mais alguma coisa? — o loiro perguntou a um dos clientes ao colocar o café que o mesmo havia pedido sobre a mesa. O cliente não o respondeu, ao invés disso, continuou encarando a televisão que havia na parede, com uma expressão preocupada no rosto. "Está sendo proibida a saída e entrada de pessoas na cidade" o loiro escutou a jornalista dizer e desviou sua atenção para a televisão. "Policiais já se encontram em prontidão nas fronteiras, proibindo a passagem de toda e qualquer pessoa que tentar sair. Os aeroportos estarão sendo fechados até hoje a noite, nenhum avião sairá da cidade com passageiros, apenas chegarão com todos os cidadãos que estiverem em outras cidades ou países. O mesmo se enquadra à veículos e ônibus. Todos os moradores de Gwoju que saíram da cidade a partir de segunda-feira passada, estão sendo intimados pelas delegacias dos locais onde se encontram para que voltem para a cidade. Ainda não foi divulgado o motivo do isolamento, aguardamos mais informações." Minhyuk sentiu seu coração apertar, aquilo era estranho e ninguém podia negar, ele tinha certeza de que não era o único preocupado com a situação.
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Side Effect
ActionUma endemia de surtos causados por uma vacina liberada pelo governo se inicia em Gowju. Agora, os sobreviventes precisam sobreviver em meio ao caos causado pelos surtos e pela tentativa do governo em destruir a cidade para abafar seu erro.