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Assim que Kihyun se aproximou de Minhyuk, olhou sua testa e suspirou aliviado.

— Ele morreu? — Hyungwon perguntou, fazendo Jooheon arregalar os olhos e Kihyun o repreender com o olhar.

— Não, o tiro pegou de raspão.

— Ele vai ficar bem? — o ruivo perguntou.

— Espero que sim.

 "Saiam daí de dentro, sem gracinhas, não nos obriguem a entrar. Vamos acabar logo com isso." — escutaram uma voz do lado de fora gritar e se entreolharam.

— Nós temos que sair daqui. — Hyungwon disse tentando se levantar.

Jooheon pegou Minhyuk no colo e Kihyun ajudou Hyungwon a sair da casa. A entrada estava cercada, então eles decidiram sair pela janela do quarto. O menor saiu primeiro e o ruivo ajudou o mais alto, saindo com Minhyuk logo depois. Eles começaram a correr na velocidade que podiam na direção contrária da casa, escutaram um carro se aproximar e começaram a correr mais rápido, mas não o suficiente.

— Espera. — o mais alto falou, parando de andar e fazendo Kihyun, que o ajudava, parar também.

— O que foi? Enlouqueceu?

— Anda. — o ruivo sussurrou impaciente.

— Nós não vamos conseguir correr o suficiente, precisamos de um carro. — Hyungwon falou ao se virar para a casa e retirar a arma do bolsa de sua mochila.

— O que? — o menor perguntou, mas o mais alto não o respondeu.

O de fios cinzas avistou o carro que acelerava em sua direção e mirou sua arma para o mesmo, apertou um pouco os olhos, controlou a tremedeira de suas mãos quase que cem por cento e encarou o motorista, esse que e o encarou de volta e acelerou mais em sua direção.

— Hyungwon, você enlouqueceu? — Kihyun praticamente gritou, com o desespero prestes a tomar conta de sí.

O maior disparou dois tiros e sorriu satisfeito ao perceber que acertou um deles na testa do motorista. O carro continuou indo em sua direção e quando estava bem perto, Hyungwon sentiu alguém agarrar seu braço e o puxar para o lado, ele caiu no chão e sentiu o vento do carro passando rente à sua perna. Observou o carro e riu quando viu o mesmo bater em uma das árvores que haviam perto do jardim da enorme casa.

— Beleza, isso foi incrível. — o ruivo comentou boquiaberto.

— Por que tem uma pontaria tão boa? — Kihyun perguntou desconfiado e o maior levantou a sobrancelha esquerda rapidamente, ignorando a pergunta.

Hyungwon se levantou devagar e mancou até o carro, abriu a porta do motorista e puxou o homem para fora. Começou a entrar, mas o de fios rosados o impediu.

— Você não está em condições de dirigir, eu faço. — Hyungwon deu de ombros e abriu a porta de trás.

— Só espero que esse carro ainda funcione depois dessa batida. — entrou no carro e suspirou aliviado por se sentar e a dor da perna diminuir um pouco.

Jooheon correu até o outro lado, abriu a outra porta de trás e colocou um Minhyuk ainda desmaiado sentado alí, fechou a porta e abriu a do carona assim que Kihyun se sentou no do motorista, escutou barulho de coisas como vidros sendo quebrados, tiros e mais carros se aproximando, sentiu seu coração acelerar.

— Entra logo. — o menor falou e o ruivo negou com a cabeça.

— O que? Entra logo nessa merda desse carro curupira, eles estão vindo. — Hyungwon praticamente gritou.

— Vão sem mim.

— Jooheon? O que você vai fazer?

— O que fizeram por mim. — o ruivo respondeu e quando dava passos lentos para trás — Cuide do Minhyuk.

— Para de besteira Jooheon, entra logo.

— Ele está certo, eles vão continuar seguindo a gente, precisamos de uma distração. — o menor explicou, recebendo um olhar preocupado de Kihyun.

— O que? Não.

— Eles estão dando a volta, vai logo. Eu encontro vocês de algum jeito. — o menor não questionou mais, apenas assentiu e Jooheon fechou a porta do carro, Kihyun tentou fazer o carro pegar e sorriu aliviado quando aconteceu de primeira.

O de fios rosados deu ré e acelerou na direção de alguns cercadinhos do jardim, os derrubando e passando por cima. Olhou para Jooheon pelo retrovisor e o viu atirando contra os carros que apareciam e alguns dos homens sair de um deles, o segurar e o carregar. O menor acelerou ainda mais, procurando ficar o mais longe possível daquela casa.

Side EffectOnde histórias criam vida. Descubra agora