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[...]

— Então... esses são os outros sobreviventes? — Jisuk perguntou ao ver uma das fotos de quatro rapazes correndo que um dos seus homens o entregou.

— Sim, restaram poucos, a maioria surtou, morreu, foi pra fronteira ou nós demos um trato. — o homem suspirou e deu mais uma olhada nas fotos — Eles parecem espertos, vão nos trazer problemas.

— Se livrem deles.

— Não vai os querer vivos?

— Mate-os e destrua-os, antes que eles façam isso com a gente. — o homem não questionou mais as ordens de seu chefe, apenas assentiu e se retirou.
             
                      
                 
              

[...]

Minhyuk se revirou na cama por longos minutos, até que finalmente decidiu se levantar, sabia que não conseguiria dormir. O loiro caminhou até a sala de estar da casa, encontrando um Jooheon sentado no braço do sofá, virado para a porta e encarando a mesma enquanto segurava umas das armas que haviam pego mais cedo.

— Você sabe que não precisa ficar encarando a porta, não sabe? — Minhyuk perguntou ao se aproximar, o ruivo se assustou e apontou a arma pra ele, relaxando em seguida, o que o fez rir.

— É o meu turno, eu cuido como eu quiser. 

— Eu só estava tentando ajudar.

— Me desculpa, acho que acostumei a ser ignorante com você.

— Não é muito legal se acostumar com esse tipo de coisa.

— É, eu sei. Você me incomodou muito quando chegou, mas me ajudou muito depois do que aconteceu com o Shownu, então obrigado.

— Não precisa agradecer. — o ruivo abaixou um pouco a cabeça e o mais velho suspirou — Vocês eram muito próximos, não eram?

— Nós crescemos juntos, ele me mantinha na linha. Eu não posso nem imaginar as coisas que já teria feito se ele não pegasse tanto no meu pé.

— Você é um cara legal Jooheon.

— Você realmente acha isso?

— Bom, eu ainda não vi muito de você, mas tenho certeza de que apesar de não ir muito com a minha cara, você é uma boa pessoa.

— Você também. — Minhyuk sorriu envergonhado com a resposta e desviou o olhar, viu uma luz invadir a sala e olhou para Jooheon, que correu até a janela e afastou um pouco as cortinas, apenas o suficiente para que ele conseguisse enxergar o lado de fora.

— Que luz é essa?

— Vá chamar os outros dois.

— O que? Quem é?

— É um carro, ainda está um pouco longe, vá chamar os outros dois. — o loiro não questionou mais, apenas correu até o outro quarto e abriu a porta do mesmo, acendeu a luz e começou a recolher as mochilas que estavam pelo chão.

— Qual é o seu problema? — Hyungwon perguntou e grunhiu ao tentar se levantar e sentir dor em sua ferida.

— Tem alguém vindo.

— Como assim alguém? — Kihyun perguntou já de pé, enquanto caminhava até a cama do de fios cinzas para ajudá-lo.

— Eu não sei, tem um carro chegando.

— Mais de um. — o ruivo corrigiu ao aparecer no quarto, atrás de Minhyuk — Nós precisamos ir. Agora.

E bastaram essas palavras para que todos se apressassem e fossem juntos para a sala. Jooheon correu até a janela para verificar novamente e se chocou ao ver que além de carros, eles também tinham caminhão, esse que o grupo desconhecido usou para atropelar o portão da casa, derrubando o mesmo e causando um barulho absurdamente alto.

— Que barulho foi esse? — Kihyun perguntou, já desesperado.

— Eles derrubaram o portão. — o ruivo respondeu.

— E se eles quiserem ajuda? Se nos quiserem no grupo deles? Eles tem carros, iria nos ajudar a chegar na fronteira mais rápido. — o loiro explicou o que se passava por sua cabeça, na intenção de acalmar os outros.

— Ah, claro. — Hyungwon começou a dizer — Toda vez que eu quero me aproximar de alguém eu derrubou o portão da casa da pessoa, conversas só em último caso.

— Vindo de você? Eu não duvido que faça assim mesmo. — Minhyuk respondeu após revirar os olhos.

— Vocês realmente acham que isso é hora de... — Jooheon dizia, mas foi interrompido por tiros nas janelas, em todas elas.

Em poucos segundos, todos já haviam abaixados e se encontravam deitados no chão, sobre os vidros que haviam caído, mas não antes do ruivo ser atingido no braço, e Minhyuk, na cabeça.

— Minhyuk! — Kihyun e Jooheon gritaram ao mesmo tempo, se arrastando até o mesmo em seguida.

Side EffectOnde histórias criam vida. Descubra agora