» Dias atrás «Hyungwon corria sem parar, assim como todos a sua volta. Haviam explosões acontecendo por todo lado, atingindo casas, carros e pessoas.
Em poucos minutos, a cidade geralmente calma se tornou um verdadeiro inferno. Os mercados eram invadidos por pessoas desesperadas, os que não corriam, brigavam entre si.
O mais alto não fazia ideia do que estava acontecendo, mas de uma coisa tinha certeza: estava fodido.
O local onde sua gangue se escondia havia explodido. Ele e outros dois homens estavam realizando uma entrega, mas Hyungwon fugiu quando um de seus parceiros tentou o matar, logo depois de quebrar o pescoço do outro. É, aquilo tudo estava um verdadeiro caos.
Hyungwon preferiu parar de correr e se esconder, não valia a pena ficar naquela multidão, era um risco que corria desnecessariamente. Então quando viu um salão de beleza vazio, resolveu correr até o mesmo e se esconder alí, era o último lugar onde as pessoas desesperadas entrariam para pegar algo, todos focavam em chegar à fronteira e se manterem alimentados até lá.
O rapaz de fios cinzas entrou no salão e começou a observar o ambiente, sentiu alguém se aproximar e assim que se virou enquanto pegava a arma em sua cintura, teve seu rosto acertado e sua mão chutada, o fazendo largar a arma. Perdeu o equilíbrio e assim que o recuperou, olhou para o homem na sua frente.
— Seu filho da puta. — o garoto baixo com piercing na sobrancelha disse e então tentou acertar o mais alto novamente, mas o mesmo segurou seu braço — Nós salvamos você e você nos fodeu.
— Do que você ta falando? Eu não fiz nada com vocês, eu... — Hyungwon olhou para a tatuagem do mais baixo e viu que a mesma estava com uma queimadura a partindo, sabia do que se tratava — Não foi minha intenção.
— Ah, não? — Changkyun puxou o braço e se afastou um pouco — O que foi? Vai se fazer de vítima agora? Vai fingir que se importa? Nós deveríamos ter matado você. — o mais alto colocou a mão para trás e sentiu algo no balcão atrás de si, logo reparou que era um secador de cabelo e o pegou devagar, com cuidado para que o outro não percebesse.
— Quer saber? Não, eu não vou fingir que me importo. E você estar certo, vocês deveriam ter me matado quando tiveram a chance. — assim que terminou de falar, acertou o menor com o secador de cabelo e tentou correr, mas o outro o segurou pelo braço, Hyungwon pegou um vaso com três girassóis que havia em uma das estantes e assim que o mais novo o puxou, passou na barriga do mais alto um estilete velho e enferrujado que sempre carregava consigo. O Chae acertou com força a cabeça alheia com o vaso pesado que segurava e o mesmo quebrou, caindo no chão em cacos, junto com o corpo do menor, que ficou desacordado no mesmo instante.
— Changkyun? — escutou alguém chamar e logo reconheceu a voz, era o garoto forte.
Pegou sua arma no chão e correu para fora do salão, se escondendo atrás do mesmo e só quando a adrenalina abaixou, se deu conta do estrago que o outro havia feito em seu abdômen.
'
» Agora «
Hyungwon já se encontrava praticamente sem forças e mais desesperado a cada segundo, não conseguia respirar, não conseguia pensar ou agir, chegou ao ponto de apenas aceitar a morte e deixar que a mesma o levasse, se conformando com a última imagem vista em vida ser a tatuagem que mais odiava no braço do homem que o enforcava.
— Ei! — o mais alto escutou uma terceira pessoa dizer, reconhecia aquela voz.
Hoseok, por outro lado, desconhecia a pessoa que gritou, mas não pôde evitar olhar para o lado, vendo Changkyun jogado no chão e um rapaz baixo, magro e de fios rosados apontando uma arma para seu parceiro desacordado. As mãos do menor estavam trêmulas e a expressão apavorada era nítida em seu rosto, mas o fato dele estar apontando uma arma para a cabeça de Changkyun foi motivo o suficiente para que o mais forte soltasse Hyungwon e se levantasse.
O mais alto se virou e apoiou suas mãos no chão, tossindo e tentando recuperar o ar que o faltava.
— O que você fez com ele? — o mais forte perguntou, com as mãos para cima, demonstrando rendição.
— Por enquanto nada.
— Como nada? Ele está desacordado e com a cabeça sangrando. — Kihyun olhou para o rapaz no chão e deu de ombros.
— Ta, talvez eu tenha feito algo... Mas ele vai ficar bem.
— Não vai não. — Hyungwon falou apontando a arma que havia acabado de pegar no chão para a cabeça de Hoseok, a destravando em seguida.
— Hyungwon, solta essa arma. — escutaram uma outra pessoa falar e então o mais alto escutou a arma destravar atrás de si, percebendo que a mesma estava sendo apontada para sua cabeça, também reconheceu aquela voz, era Shownu.
O moreno estava apontando sua pistola para o mais magro ainda servindo como apoio para Minhyuk.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Side Effect
AcciónUma endemia de surtos causados por uma vacina liberada pelo governo se inicia em Gowju. Agora, os sobreviventes precisam sobreviver em meio ao caos causado pelos surtos e pela tentativa do governo em destruir a cidade para abafar seu erro.