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Hyungwon mexia no pingente do colar em seu pescoço e parecia distraído, mas não estava, ele nunca ficava realmente distraído. Os quatro já estavam dentro do carro e o dia havia amanhecido a menos de uma hora, estava quente e o sol batia em seu braço, chegando até o colar e fazendo o pingente parecer mais brilhante e bonito do que já era, apesar de revelar alguns arranhões que haviam no mesmo.

— Você está se sentindo bem? — Kihyun perguntou em um sussurro ao se aproximar um pouco e o mais alto suspirou.

— Eu só estou preocupado.

— Com os caras que vamos encontrar?

— Isso não é uma boa ideia Kihyun, acredite em mim. Aquelas pessoas nunca estão satisfeitas, elas sempre querem mais de nós. Se descobrirem quem eu sou de verdade...

— Eles matariam você, não é?

— Eles iriam me torturar e arrancar qualquer força ou dignidade de mim até eu não aguentar mais e implorar para que matem, mas continuariam até que acontecesse naturalmente.

— Nossa, eles são cruéis...

— São.

— Mas fale a verdade Hyungwon, seu grupo não é muito diferente disso.

— Não, não é, pode ser até mesmo pior em algumas situações. É por isso que eu sei exatamente como as cosias funcionam. Eles já me arrancaram algo e já atiraram em mim umas duas ou três vezes. Ficar perto de alguém do grupo deles e não fazer nada vai ser praticamente impossível.

— Você acha que eles estão fazendo algo ruim com o Jooheon?

— Provavelmente.

                 
                  

[...]

— Bom dia! — um homem forte desejou em um tom sarcástico ao entrar na sala escura.

Jooheon não sabia a quanto tempo estava alí, mas tinha noção de que talvez fosse a cerca de doze horas. Os braços amarrados para trás naquela cadeira desconfortável de ferro doía, o local quente, sujo e abafado o fazia suar e os olhos já acostumados com a escuridão arderam quando a porta se abriu, revelando a claridade que havia do lado de fora.

— Nós já demos tempo o suficiente para seus amigos te procurarem, agora nós precisamos ter uma conversinha.

— O que vocês querem?

— O que nós queremos? Bem, nós queremos um dos seus amigos.

— Eles não eram meus amigos.

— Olha garoto, a cidade já era, mas pelo incrível que pareça, eu tenho muito o que fazer. Atualmente eu comando cerca de cinquenta homens e nós vamos tornar o que sobrou disso aqui algo nosso, apenas nosso.

— Por que está me contando isso?

— Porque um dos caras que estavam com você tem informações que me serão úteis e eu quero ele.

— Eu não sei de nada.

— Aqueles caras simplesmente te deixaram pra trás e não se deram o trabalho de voltar naquela casa depois pra ao menos procurar pelo seu corpo. Você vai mesmo proteger eles?

— Eu não estou protegendo ninguém. Aqueles caras não são meus amigos, o meu único amigo acabou de morrer.

— Acha mesmo que drama vai funcionar comigo?

— Não é drama. Eu não sou amigo daqueles caras e não sei onde eles estão.

— Você sabe sim. — o homem se levantou e começou a caminhar pela sala.

— Eu juro que não sei.

— Você sabe onde eles podem estar e vai nos contar. Como eu estou de bom humor e um tanto quanto bonzinho hoje, se você me poupar de perder meu precioso tempo te machucando pra tentar arrancar alguma informação, talvez eu possa até deixar você escolher.

— Escolher o que?

— Como morrer. — Jooheon arregalou os olhos e o homem forte e alto se aproximou com um sorriso sínico — O que? Você achou mesmo que teria alguma chance de sair daqui? Não, não vivo. — ele aproximou um pouco mais seus rosto do ruivo e arqueou um sobrancelha — E aí? Como vai ser?

Side EffectOnde histórias criam vida. Descubra agora