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Minhyuk correu o mais rápido que podia até a saída da cafeteria, tropeçando em seus próprios pés, ao chegar até a enorme porta de vidro, percebeu que a mesma estava trancada, olhou para fora e viu uma grande quantidade de pessoas correndo, fogo e muita fumaça.

Ele pegou uma das cadeiras que haviam por alí e bateu com a mesma na porta, ele bateu duas vezes, mas não foi o suficiente para que a quebrasse por completo, o homem de quem ele fugia estava chegando cada vez mais perto, então ele tomou uma decisão rápida e desesperada. Deu alguns passos para trás e correu na direção da porta, se jogando na mesma e caindo no chão, do lado de fora da cafeteria. O corpo do loiro ficou cheio de cortes e alguns cacos de vidro penetraram em sua pele, ele se levantou e logo começou a correr, ele deveria estar sentindo muita dor, mas a adrenalina não permitiu, então continuou correndo e chorando, até que esbarrou em alguém, que também corria na mesma direção que ele, mas em uma velocidade bem menor.

O loiro caiu em cheio no chão, ao contrário da outra pessoa, que apenas tropeçou. Ele olhou para cima e viu um homem alto, forte, de fios castanhos e um tom de pele um pouco mais escuro que o seu, homem se abaixo e tocou seu braço, mas ele o retirou e começou a se arrastar para trás, na intenção de fugir.

— Calma, eu não vou te machucar. — homem o olhou de cima a baixo — Você está todo machucado, me deixe te ajudar. — Minhyuk olhou para seu corpo e assim que percebeu seus machucados, a maldita dor começou a aparecer. O acastanhado o ajudou a levantar colocou os braços do loiro sobre seus ombros, o ajudando a andar.

Os dois começaram a correr enquanto desviavam de outras pessoas correndo, fogo e alguns cadáveres que estavam jogados pelo chão. Eles chegaram em uma casa completamente destruída e Minhyuk parou de andar, ficando parado.

— Que lugar é esse? Para onde você está me levando? — Minhyuk perguntou com medo e arrependido por ter deixado um completo desconhecido o guiar.

— Shh... Fale baixo e fique calmo. — o moreno sussurrou, enquanto olhava para os lados, conferindo se havia mais alguém por perto.

Shownu guiou o loiro para dentro da casa, o levando para os fundos da mesma, ele parou na frente de uma porta que havia no chão, dando entrada ao subsolo, o moreno se abaixou e a abriu.

— Vai, você primeiro.

— Eu não vou entrar aí. — o loiro rebateu, se afastando — Quem é você e o que está acontecendo?

— Nós não podemos ficar aqui fora, eu estou tentando ajudar você. Entra logo ou eu entro sozinho e te deixo aqui fora.

"Shownu? O que está acontecendo aí em cima?" eles escutaram uma voz vindo de dentro do porão gritar e o mais alto bufou.

— Entra.

Minhyuk assentiu e começou a descer as escadas com dificuldade, pensou em recusar e continuar contestando, mas sabia que era perigoso ficar por alí e se o outro realmente quisesse machuca-lo, teria feito isso no momento em que os dois se esbarraram.

Bem, pelo menos era nisso que ele preferia acreditar.

Assim que desceu, olhou para o chão e logo avistou dois corpos de homens estraçalhados jogados, mortos, com sangue seco ao redor dos dois e em seus corpos também. Minhyuk imediatamente sentiu uma mistura de medo, desespero, curiosidade e nojo, o que o causou um ânsia de vomito. Ele desviou o olhar para cima, tendo a visão de um outro homem, um ruivo mais ou menos de sua altura, com uma expressão furiosa no rosto enquanto encarava Shownu, esse que estava terminando de trancar a porta.

— Eu espero que a sua intenção seja fazer churrasco a com a carne desse garoto, porque eu me recuso a acreditar que você trouxe mais alguém pra cá. — o ruivo disse em um tom extremamente ignorante.

— Jooheon, calma.

— Calma? Você está tentando matar a gente e quer que eu tenha calma?

— Matar? Ele está bem.

— Meus amigos também estavam. — o ruivo rebateu ao apontar para os corpos no chão.

— Me desculpa, ta bom? Eu sei que eu não deveria trazer ele, mas você não faz ideia da confusão que está lá fora. Olhe o estado desse garoto Jooheon, eu não poderia deixar ele lá tendo como ajudá-lo.

— Ele é responsabilidade sua. — Jooheon disse, lançando um olhar mortal para Minhyuk antes de se virar e andar até o outro lado do porão e se sentar em cima de uma poltrona velha.

Minhyuk não disse nada durante toda a discussão, e mesmo se quisesse, não conseguiria, estava em choque e a dor que sentia também não o favorecia de forma alguma.

— Senta. — o moreno disse em um tom suave e apontou para a cadeira ao lado da que ele havia sentado, Minhyuk continuou em silêncio e se sentou. Shownu começou a vasculhar sua mochila, retirando algodões, uma pinça e álcool de dentro dela e colocando tudo em seu colo. — Eu sabia que essas coisas seriam úteis quando peguei, valeu a pena me meter na confusão para pegá-las.

— Confusão? — Minhyuk perguntou e ele assentiu.

— A cidade está dividida entre as pessoas que estão escondidas, as que estão pegando coisas que precisam pra ficar bem e alimentadas durante um tempo e as... — ele suspirou — e as loucas. Nós precisamos de algumas coisas, então eu e Jooheon decidimos que eu iria buscar algo primeiro e ele iria depois — ele jogou um pouco de álcool no braço de Minhyuk, que gritou com ato repentino, fazendo com que Jooheon escutasse e desse uma risadinha — O que aconteceu com você?

— Eu me joguei em uma porta de vidro. — o loiro respondeu e o outro suspirou.

— Estava fugindo de alguém, não estava? — Minhyuk assentiu — É, parece que essa situação vai ser algo normal daqui pra frente.

Side EffectOnde histórias criam vida. Descubra agora