Capítulo 40

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Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, nós nunca estamos preparados para perder alguém

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Mesmo sabendo que um dia a vida acaba, nós nunca estamos preparados para perder alguém.

Nicholas Sparks

Andei de um lado para o outro movendo meus dedos pela tela mandando mais uma mensagem para Rachel, olhei para frente vendo o diretor do desfile me avisar mais uma vez que não daria para trás novamente, do outro lado estava Will na mesma luta que a minha, nenhuma das duas atendia ao telefone e um mal pressentimento já começava a se instalar em meu cérebro que lutava para não dar atenção a tais paranoias virei as costas quando ouvi Will bufar:

— Aonde vai?

— Não é óbvio? Vou atrás delas, ficar aqui não está resolvendo nada — Eu bem podia impedir Will e dizer para ele se acalmar, mas isso foi impossível já que eu fui o próximo a pegar o terno e andar até ele, não dei explicações para Ryan, apenas sai da ante sala seguindo até meu carro, o toque suave do telefone de Will começou a soar fazendo ele bater os pés com mais força no chão e tirar o aparelho: O que foi?

Willian ficou pálido e vi seus dedos ficaram brancos na medida que ele apertou o aparelho em sua mão, ele observou a tela até que a luz sumisse assim como a cor de seu rosto, percebi o exato momento que ele começou a tremer e seu celular voltou a tocar, dei mais um passo e vi o número 911 eu senti a pedra de gelo ser posta em minha coluna e assim como Will a cor do meu rosto desapareceu. Eu sabia o que aquele número poderia significar, sabia que o medo que me açoitava todas as vezes que deixava Rachel sozinha poderia ser o motivo por trás daquela ligação, eu estremeci e puxei o telefone das mãos trêmulas de Willian que apenas olhava o nada como se já esperasse o assunto.

Eu apertei o botão antes que a tela apagasse mais uma vez e coloquei contra o ouvido escutando voz feminina soar:

— É senhor William Harris? — Eu fiquei calado, eu queria engolir a bile que subiu para minha boca e queria ordenar meus pensamentos de alguma forma conturbado, puxei o ar e uma voz já sussurrava o que me esperava porém eu respirei fundo buscando meu autocontrole e respondi com a voz trêmula:

— Não, mas é o irmão dele — A mulher se calou então eu prossegui: Ele não está bem no momento então pode falar direto comigo — Eu nem sequer tinha essa força, mas olhando para Will sei que precisava ser por ele, porque se algo aconteceu a Bianca Rachel não deveria ter escapado:

— Ele é noivo da mulher com nome Bianca Fernandez? — Eu assenti, com um suspiro temeroso a mulher se demorou até voltar a falar, sua voz sai doce, calma como se esse tom fosse amenizar a dor que estivera prestes a vir: Bem, precisamos que venham ao hospital, houve um acidente...:

— Ela está viva? — Perguntei vendo os olhos de Will viraram para mim e a súplica silenciosa boiar em suas íris:

— Não queremos dar informações por telefone, mas precisamos que venham rápido a ala de emergência neonatal — O silêncio percorreu meu sangue e por um momento não escutei mais a voz do outro lado, apenas voltei a piscar e respirar quando o telefone foi puxado da minha mão e vi Daniele acabar de conversar com a mulher:

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