Isabele, a essa hora?

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Meu pai é dono de uma confeitaria no centro. Então feriados e finais de ano as encomendas sempre aumentam, e nesse feriado não seria diferente. era mais ou menos umas 3:30 da madrugada. Estávamos no meio do caminho, tínhamos recém passado por uma casa de festas que estava aberta. logo me veio o pensamento de tantas pessoas que estavam procurando a felicidade naquele lugar. procurando errado. a verdadeira felicidade é o Espírito Santo. nada mais que ele.

Não demorou muito pra vermos de longe uma pessoa que de costas me era familiar. cutuquei a Tamar, que estava cochilando.

- Tamar, me diz que eu não estou louca em achar que aquela menina é a Isabele.

- Eu também achei que fosse. mas ela deve estar em casa dormindo a essa hora.

Realmente, não tinha como ser ela. uma menina a essa hora, saindo de uma festa, de mini saia, cropped e salto alto. podia ser paranoia da minha cabeça. ou não.

- Que Isabele? a filha do Obreiro Alexsandro? - foi a vez de meu pai se pronunciar, ele franziu as sobrancelhas em tom de dúvida. - realmente meninas, parece.

Meu pai desacelerou o carro, tinha que confirmar se era mesmo ela. estava muito igual pra ser verdade. por mais que eu não quisesse acreditar, era ela. Isabele.

Ele parou o carro e ela começou a correr. Eu até entendo ela, deve ter achado que a gente ia sequestrar ela ou algo do tipo. Eu corri o mais rápido que eu pude. Quando eu alcancei ela eu dei um pulo pra alcançar ela mais rápido. Caímos eu e ela e eu pude perceber que ela estava chorando.

- Isabele?

Ela estava tremendo. Minha única reação foi abraça-la.

Eu não sei dizer quanto tempo ficamos abraçadas, mas algo me dizia que era tudo aquilo que ela precisava naquele momento. Um abraço verdadeiro.

Apareci gurizada kkkk

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