Capítulo 17

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- Olha quem se irritou - ele ri, mas continuo séria olhando para ele. - Eu não tenho medo de cara feia.

- Idiota - falo irritada e acabo derrubando a algema em cima dele, que continua rindo.

Mas quando vou xingá-lo novamente, percebo o rastro de sangue em seu abdômen.

- Você se machucou - falo séria apontando para o grande arranhão.

Ele olha para baixo e dá de ombros:

- Não foi nada de mais. Daqui a pouco sara. Eu vou tentar te bater de novo - continuo parada esperando que ele faça.

- Não ia tentar bater? - pergunto impaciente depois de alguns segundos.

- Você está me assustando - fala e reviro os olhos sem paciência, como eu posso estar assustando ele?

- Vamos logo, TaeHyung, não temos a tarde inteira. Você não disse que tem que estar preso até as duas?

Ele o faz e novamente a corrente o para.

- Bem preso - pego a próxima corrente.

- O tornozelo eu pos... ele se abaixa para prender os pés, mas a corrente não deixa que suas mão se tocarem. - Talvez não.

Ajudo então com os tornozelos.

- E essa última? - essa é apenas a parte de couro.

- Na barriga ou no pescoço, não sei ainda.

- Na barriga, você vai se machucar se for no pescoço.

- Esse é o objetivo.

- Quando você se transformar seu pescoço vai ficar mais grosso do que está.

- Mas em compensação o tronco diminui.

- E se eu te matar? - pergunto assustada.

- Você também, não serve pra nada - diz irritado.

- Você que é um imbecil - se eu apertar isso em volta do pescoço o que garante que ele não vá asfixiar até a morte?

- Você não vai colocar? - pergunta, a impaciência tomando conta da frase.

- Não, vou rir de você tentando.

Ele rosna e avança com força, sem conseguir me tocar, mas fazendo com que seu pulso comece a sangrar, provavelmente graças ao ferro.

- Você está sangrando de tão fraco, e quer que eu coloque isso no seu pescoço?

- O que você coloca no animal quando vai sair para passear? - ele morde o ar perto do meu rosto.

- Animais que precisam de coleira são menos agitados que você - chego meu rosto perto do seu. - Ou coloco na cintura ou não coloco.

- Ok - ele desarma a postura de ataque, aproximando-se mais de mim. O que me deixa nervosa, porque além dele estar sem camisa, seu olhar fica em mim durante todo o tempo que levo prendendo essa última parte.

- Pode parar de me encarar? - peço.

- Não.

- Por que não?

- Estou esperando você admitir.

- Admitir o quê? - pergunto confusa.

- Que está apaixonada por mim, ou pelo menos morrendo de vontade de me beijar.

- O-o que?

- E já faz um tempo.

- Claro que não - digo afastando-me dele e ouço sua risada.

The Curses of Schwarzwald - Cursed Moon (kth) (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora