The Curses of Schwarzwald - Cursed Moon (kth) (CONCLUÍDA)

Capítulo 19

Esse capítulo contém violência física

Saio da casa e vou até o limite da floresta. Mas um tiro abre um buraco numa árvore perto de mim.

- Parada. Ou o próximo será na sua cabeça - Billy fala e não sei se ele realmente é capaz disso ou não. Então paro e ele vem até mim, agarrando meu braço e começa a puxar-me de volta à casa.

Penso na possibilidade de acertá-lo, mas ele parece tão forte quanto James. E se desse errado não tenho certeza se ele atiraria em mim ou não.

- PHIL - ele grita, puxando-me pelas escadas do porão. - Olha o que eu achei - fala quase me jogando em cima das barras de ferro. O garoto é bem novo, talvez mais novo que eu.

- Uma garota - diz TaeHyung sem interesse.

Não consigo olhar para ele, pensando no quanto ele deve estar irritado por eu ter deixado o garoto me pegar.

- Pare de fingir, eu sei que é ela. Foi a única idiota que estava por perto da casa, e é também a que chegou no hospital cheia de sangue.

- Se você diz - TaeHyung fala.

- O QUE VOCÊ QUER BILLY? - Phil pergunta irritado lá de cima.

- Encontrei a garota.

- Sério? - Seu tom muda, e ele desce as escadas, é realmente gordo.

Ele chega perto de mim e me puxa pelo cabelo.

- É bom fazer o que a gente disser. Se não quiser que sua namoradinha sofra - fala e continuo sem conseguir encarar o lobisomem.

- Ela não é minha namoradinha, já disse que não a conheço. Se quiserem matá-la, vão em frente.

Phil me dá um tapa no rosto e TaeHyung ri, fazendo Billy encará-lo confuso.

- Deixem de besteira - diz James descendo as escadas. - Porque estão pegando tão leve? Essa vagabunda me deu um tiro no ombro.

- Não fui eu, foi... - não acho uma boa ideia dizer o nome do JungKook.

- Billy, pode nos dar licença por favor - não parece com um pedido.

- Mas...

- Billy, agora - repete sem paciência e o garoto afirma e sai.

James me chuta e como Phil não me solta sinto uma dor insuportável no pescoço, além da nas costelas.

- Não consegui tirar a bala ainda, sabia? - ele abaixa a gola do lado esquerdo de sua camisa, mostrando o local e não sei como não vomito com a visão da ferida ainda aberta. - Está muito profunda e rachou um pedaço do osso, passando tão perto de um nervo que... - ele respira fundo. - Só queria saber como fez isso.

- Já disse que não fui eu.

- ENTÃO ME DIGA QUEM FOI - ele bate com o fundo da arma na minha cabeçae evo a mão ao local, sentindo o sangue. - Para eu bater nele no seu lugar - ele começa a rir. - Sabe, você não precisava ter se envolvido nessa merda. Você podia ter me dito toda a verdade mês passado, ou ainda me trazido até ele e ido viver sua vida pacata em paz. Mas não, você tinha que ficar amiguinha do monstro, gostar dele.

Todos ficam em silêncio.

- ANDE, NEGUE - outro chute e cuspo um pouco de sangue. - REAJA P*RRA - ele tenta dar mais um soco, mas seguro sua mão - Agora sim - ele passa a mão no meu rosto. -  Onde está a chave? - ele pergunta para TaeHyung.

- Já disse que estou bem aqui dentro - ele responde.

James pega uma faca do cinto e faz um corte no meu braço. Eu podia tentar lutar com eles, mas Phil ainda segura meu cabelo. Além disso, James luta cem vezes melhor que eu, e também não sei quantas pessoas estão lá em cima, como Billy, que está armado.

- Onde está a chave? - ele pergunta novamente.

- Acha mesmo que vai me manipular com essa garota? - TaeHyung debocha.

- Não vou? Solte ela - James fala antes de vir em minha direção e tento arrastar-me para longe dele.

Mas ele me puxa pela perna, depois segura meu braço e empurra meu corpo contra a parede, com força suficiente para que eu perca a visão por alguns segundos. Então coloca a mão no meu pescoço e arrasta para cima, fazendo com que meus pés saiam do chão.

Abro a boca numa tentativa falha de deixar o ar passar. Tento empurrá-lo para longe de mim, também sem resultado. As unhas cravadas em seu pulso não parecem afetá-lo. Sinto a visão ficando turva e os braços perdendo a força.

Ele folga um pouco a mão:

- É uma pena que você escolheu ele, você é jovem, bonita - ele coloca meu cabelo para trás da orelha. - não precisava morrer agora.

- E-eu..,

- Shhh - ele volta a colocar força, fazendo com que engasgue. - Quem disse que você tem direito às suas últimas palavras?

E então o som mais assombroso que já ouvi na vida.

James me deixa cair, mas não tenho força para mexer o músculo que seja.

- Parece que eu consegui te irritar - dirige-se a TaeHyung que acabara de rosnar. - Onde está a chave? - ele pisa no meu pescoço.

Ele rosna novamente e ouço as correntes baterem com força.

- RESPONDA DE UMA VEZ - ele pisa com força no meu busto e engasgo com a dor.

- No bolso do casaco, o de fora, lado direito - ele diz. Ele realmente disse?

- Viu, foi fácil - James fala.

Não sei como, mas consigo pegar antes dele.

Ele agarra meu pulso.

- Você é idiota mesmo - ele abre minha mão pega a chave e joga para Phil. - Vamos.

Eles sobem as escadas.

- Desculpa - é o que consigo falar antes de apagar.

...

Acordo, mas as coisas demoram um pouco para tomar forma.

- Finalmente - TaeHyung fala. - Já vai dar cinco horas.

Tento falar mas minha voz não sai.

- Consegue vir até aqui?

Literalmente tudo dói. Eu nunca me senti desse modo, mas, ainda assim, arrasto o corpo até ele. São no máximo dois metros de distância, mas levo um tempo para concluir o percurso.

- Você está bem? - minha voz sai meio falhada graças à dor na garganta.

- Você apanha e pergunta se eu estou bem? - pergunta irritado.

Encaro-o. Sua boca sangra e há um corte grande no seu peito que provavelmente está infectado com aconitum, porque está borbulhando com uma cor amarelada.

- Não parece bem - digo.

- Sua idiota, se soubesse a quantidade de sangue que perdeu... Quando aquele filho da p*ta te deixou cair no aconitum estando com a cabeça e o braço ferido, eu achei que você fosse morrer, sabe como essa merda é venenosa? - ele estava preocupado comigo.

- Eu estou bem, não estou? - rio fraco.

- Não. Você deve estar com uma costela quebrada pelo menos, seu pescoço está quase da cor da planta, seu braço não dá pra ver, mas, pelo menos, o sangue não está mais escorrendo - ele grita antes que possa perguntar como sabe disso.

- O que foi? - pergunto assustada.

- A transformação está perto.

- Não parece irritado - digo lembrando do que falou mais cedo.

- Não faz ideia do quanto eu quero matar agora.