Capítulo 18

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- Por que a pergunta?

- RESPONDE LOGO, MERDA.

Suspiro cansada:

- Sim, ainda tenho as facas com aconitum.

- Ótimo.

- O que aconteceu? Tem alguém vindo?

- Nada.

- TaeHyung, o que aconteceu? - pergunto séria.

- DÁ PRA CALAR A BOCA? EU TÔ TENTANDO OUVIR.

- Idiota.

Ele tenta de novo avançar na minha direção.

- Isso, gasta sua energia fazendo algo inútil ao invés de se preocupar com o que quer que esteja lá fora.

Ele se acalma e respira fundo.

- Tem alguém perto da casa, tranque-me aqui e saia pelos fundos, eles não vão te ver.

- Ah claro - debocho. - Não vou te largar aqui sozinho.

- MENINA BURRA, pode me ouvir apenas uma vez? Você estava certa, eles sabem o que eu sou, vem para me matar, na melhor das hipóteses.

Na melhor das hipóteses? Como assim na melhor das hipóteses?

- Me diga onde está a chave, eu te tiro daí e...

- VOCÊ ESTAVA CERTA, EU ESTOU FRACO. Se eles te pegarem já era.

- Eles não querem a mim, eles querem você.

- Exatamente, SAIA LOGO DAQUI.

Subo as escadas e tranco a porta. Então desço novamente.

- Vai ter que me aturar.

- Você assinou sua sentença de morte.

- Mas posso anular a sua.

Escondo-me atrás da escada e espero por algo, tentando imaginar o que pode acontecer com o TaeHyung quando eles nos acharem.

...

O primeiro baque na porta é ouvido doze minutos depois, seguido de mais um.

- Pode estar aqui - ouvimos o grito abafado e outro baque.

- Desculpa por ser teimosa, mas não te deixaria sozinho agora, de jeito nenhum, porque acho que faria o mesmo por mim, e porque não vou deixar um bando de idiotas te matar - falo bem baixo, mas acredito que ele ouça.

A porta abre.

Se nós vamos mesmo morrer...:

- Talvez, apesar de tudo, você e o HoSeok estejam certos. Talvez, só talvez, eu esteja mesmo sentindo algo por você. Mesmo que não saiba muito bem o que..

O primeiro homem desce e cai terra na minha cabeça.

- ENCONTREI ELE - ele ri. - Encontrei ele - ele está bem orgulhoso de si.

Posso imaginar TaeHyung revirando os olhos.

- E A GAROTA? - alguém grita de volta.

- NÃO, VEJA SE NÃO ESTÁ POR AÍ.

Procuro por algo perto, acho um pano e me cubro com ele.

- Viu? Eu estou bem!

Outra pessoa desce a escada, esse é mais gordo e derruba muita poeira.

- Abra essa porcaria - o gordo, que tem a voz mais rouca, fala.

- Onde está a chave? - o, provavelmente mais novo, pergunta. Sem resposta. - ONDE ESTÁ?

The Curses of Schwarzwald - Cursed Moon (kth) (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora