Capítulo 9

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Priscilla Lins

— Sua incompetente. — Massageio as têmporas.

— Fica calma Priscilla. — Mirela tenta me acalmar, falhando miseravelmente

— Ficar calma o cacete, como é que você foi confundir uma cacheada de uma ruiva? Elas são completamente diferentes! — Fecho os olhos sentindo a raiva percorrer meu corpo. — E além de as confundir ainda machucou a garota!

— Mas Priscilla, eu...

— Que estupidez, Mirela! Agora aquela Draga foi pra sei lá onde com o meu Brian e a outra foi embora machucada e com uma péssima impressão da minha festa, caralho.

Bianca Halter

Eu expliquei o caminho da minha casa e o Brian levou-me até lá. Agora ele para o carro porque já chegamos, em frente de minha casa.

— Agora é a hora que eu te agradeço e desço, não é? Eu não tenho experiência nisto. — Ri de nervosismo.

— Não, essa é a hora que nós escolhemos este final, nosso final. Ruiva, esqueçe o mundo, esqueçe como normalmente acaba, nós não somos o mundo, tudo bem? — Passou os dedos suavemente pelos meus lábios.

— Se nós não somos o mundo, o que nós somos? — Pergunto olhando para seus olhos que atingiram um tom de verde juntamente com azul mais claro. Nossa, que lindo.

— Nós somos só nós, nós mesmos. Agora, aqui, nós somos duas pessoas sem títulos que estão aproveitando a vida como ela é.

— E se eu não souber aproveitar a vida? — Meu rosto está próximo ao dele, nossos narizes se tocam e nossos olhares se cruzam.

— Ninguém sabe, a vida não tem  rótulos ou rascunhos, cada um aproveita ela como quer. Só vamos viver o momento. — Foi assim que sua boca colou na minha em um beijo carinhoso e me deixo levar pelo momento. Sua mão afundou em meus fios vermelhos e no fim do beijo, suspiro apaixonada pelo momento.

— Você tá sorrindo, eu gosto disso. — Diz com a testa colada na minha.

— Eu tou feliz.

— Então eu gosto de te fazer feliz. — Sorriu.

— Eu tenho que ir. — Falo.

— Infelizmente. — Diz. — Então, a gente se vê amanhã?

— A gente se vê amanhã. — O beijo no canto da boca dele se transforma em outro beijo, no seu fim ele me dá um beijo demorado na testa.

Eu sorrio e saio.

Quando entro em casa, a sala está toda escura, tiro as sandálias pra não fazer barulho apesar de que todos essa hora devem estar dormindo, subo as escadas devagarinho mas paro ao ouvir a voz do meu pai.

— Isso são horas de chegar a casa Bianca Halter? — Pergunta sentado no braço de uma poltrona

— Aí, Pai que susto! — Digo pondo a mão no peito.

— Onde você estava Bianca?

— Estava em uma festa. Pai você não estava viajando? — Digo.

— Voltei hoje mesmo, p'ra ti fazer uma surpresa, mas eu vou até o quarto da minha querida filha e o que eu encontro?!

— Ninguém acho eu.

— Isto é sério Bianca. — Ele diz sério, quando ele me chama de Bianca é porque o assunto é sério.

— Eu estava em uma festa na praia de uma de minhas colegas de colégio, a Lani e a Manu tiveram um imprevisto e eu tive que ir embora da festa com o Brian. — Digo calma.

Depois do amor Nada importaOnde histórias criam vida. Descubra agora