Capítulo VII

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William olhava para Elena incrédulo. Se aproxima mais da garota e olha em seus olhos. Não sabia o que dizer, a notícia o deixou sem palavras e sem ação.

— Meu filho? — Foi tudo que o Conde conseguiu dizer.

— Sim... — Elena abaixa a cabeça e aperta mais o tecido do vestido.

— Tem certeza que é meu filho?

— Como assim "certeza que é meu filho"? — Elena olhou para William — É claro que é seu filho...

— Como pode me dizer: É claro que é seu filho? — William olha para Elena. — Você se deitou comigo numa velocidade inigualável... Como posso achar que a senhorita não faça isso a toda semana? Ainda mais com a reputação de Mulheres Fáceis que rodam sobre sua família.

As palavras que se esvairam da boca de William a machucaram, mas ela tentou ao máximo não demonstrar sentimentos. Até porque não poderia culpa-lo pela forma veloz em que ela foi parar em sua cama, tudo que ele tinha era evidências de como ela se comportara. 

Ela percebeu que ele estava com as mãos trêmulas. Sentia medo? Raiva? Será que ele achava que ela queria um compromisso só para ter status? Arrogante de jeito que é.... Mas, era a hora de dizer a ele que ela não deseja nada além de distância.

— Não ando dormindo com homens por aí... — Replicou ela.

— Ah, então a exceção foi só para mim?

Elena respirou fundo e se controlou para não atirar um vaso na cabeça daquele homem.

— Você não entendeu, não é mesmo?

William franziu o cenho.

— Não entendi, o que? — William cruzou os braços.

— Eu era virgem, Senhor Medgrove — Elena levou as mãos ao rosto.

— Perdão? — William a olhou fixamente. — Você era...

— Parabéns milorde, se deitou com uma virgem e ganhou um herdeiro. — Elena olhou para William que a olhava imóvel.  — Posso imaginar que isso seja um choque para você... Afinal, só deve ter se deitado com mulheres experientes e de boa reputação, não?  — E de uma forma completamente estúpida, isso a magoou. Por quê imaginar o conde dormindo com outras mulheres mexia tanto com seu emocional, deveria ser os hormônios ou algo assim. 

— Espere... Esta querendo me dizer que você era virgem quando se deitou comigo?

Elena concordou e abaixou a cabeça ruborizando. 

— E quer que eu acredite nisso? — William deu uma risada seca, mas logo ficou sério ao lembrar do motivo que o levou até lá.

— Não espero que acredite... — Elena levantou o olhar para William. Na verdade ela queria que ele acreditasse sim. — Mais, eu quero que você saiba, senhor Medgrove, que eu criarei essa criança e não estou lhe pedindo ajuda em nada!

William levantou uma mão que estava na cintura.

— Espere. Me faz vir até aqui para dizer que está grávida e que a criança é minha e depois, diz que não quer que eu arque com as responsabilidades? É isso?

— Não queria que soubesse. Para sermos francos, quero que vá para o inferno!

— Já que não queria que eu soubesse, porque se preocupou em mandar uma carta? — William cruzou os braços. Tinha que mudar um pouco a rota da conversa, até porque era mais fácil do que ter que absorver tudo o que ela dizia e reconhecer que era verdade. E, que enquanto eles estavam parados tendo uma discussão sem fim, seu filho estava crescendo dentro dela. 

O Herdeiro do CondeOnde histórias criam vida. Descubra agora