Capítulo XV

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Elena passou os braços em volta do pescoço de William quase chorando de alegria. Ele a desejava. A queria... Ele a amava. Por mais que ele não tenha dito isso com todas as letras. Ele precisa dela. Isso é quase um "Eu te amo" para um homem que estava disposto a nunca sentir emoções afetivas com alguém, não? Bom... Pelo menos ela imaginava que sim!

Ainda se deletando do gosto ardente do beijo que, agradavelmente, recebe, imaginou, se o fato da porta estar aberta não deixaria público demais o que estão fazendo. Mas, logo percebeu, que eram casados e, que não tiveram uma verdadeira lua de mel, então, era exatamente o que deveriam estar fazendo.

William se distanciou por um instante e Elena suspirou em protesto, mas após a batida da porta indicar que estavam a sós, era uma sensação exultante e o protesto do limiar afastamento se esvaiu quando William retornou ao seus lábios, tomando-a em seus braços e a encostando em seu peito rijo e sólido. A proximidade masculina do corpo quente contra o seu, fora tentação demais para seu corpo, e, suas pernas ficaram bambas, mas as mãos de William a agarraram pela cintura e com um gesto rápido e delirante a pegou no colo fazendo-a enlaçar as pernas em volta da máscula cintura e arfar ao sentir as costas encostar na parede.

O casaco de lã fina de William fora retirado rapidamente e Elena se perguntou como ele conseguiu fazer tal coisa com ela em seus braços. Mas logo os  pensamentos incogruentes se esvairam ao sentir os lábios de William saboreando a pele de seu pescoço, descendo, sem pressa, pelo seu colo que inevitávelmente ficara exposto.

William a carregou até a cama e Elena sentiu que a idéia de ser carregada até o leito, que agora, se tornou nupcial, pelo seu marido a fazia uma  vitoriosa, e se sentiu uma verdadeira mulher.

As mãos de William estavam trêmulas ao deitar Elena na cama e pousar as mãos em sua cintura, deixando o lábio colado no dela.

— Não sei o quanto posso ser gentil...

— Não precisa ser tão gentil. — Elena enterrou a divisar dos dedos no negros cabelos de William.

— Elena, é meu filho que está carregando.

Elena sorriu e o olhou quando ele ficou com o nariz colado ao seu. A natureza fez um belo trabalho colocando uma quantidade de beleza masculina absurda  em uma única pessoa, e essa pessoa é o seu marido – sorriu ela, satisfeita e orgulhosa.

— Ao menos que amarre minha mão no teto e me açoite com seu cinto, ou, me jogue pela escada... Nada acontecerá com o nosso bebê.

William soltou uma gargalhada cativante e olhou para os olhos castanhos cheios de graça.

— Bem... Não farei nada disso. — Disse subindo as mãos pela cintura de Elena e roçando o nariz pelo cheiroso pescoço.

Elena suspirou fechando os olhos quando sentiu os dedos quentes de William passando pelo volume de seu decote e abrindo estrategicamente um botão fazendo-o vestido ficar um pouco, e, quase imperceptívelmente, frouxo.

A forma que William puxou o vestido de Elena para baixo fez com que todos os botões se abrissem facilmente mostrando os seios róseos e convidativos de sua mulher. William sorriu ao contemplar tal imagem.

— Sem nenhuma combinação? — Perguntou ele já deslizando os dedos pelos seios rijos de Elena.

Quando ela fora responder que tal roupa não necessitava da combinação de cima ou espartilhos, ele logo sorriu e completou:

— Mais qual o motivo de  cobrir uma coisa tão linda e cativante?

William sorriu quando viu o ruborizar do rosto de Elena. Retirou todo o vestido com cuidado, e,  antes de analisar cada detalhe do corpo de sua mulher, retirou sua camisa de linho e o cheiro da goma nas roupas e o incrivel e maravilhoso perfume se misturou com o aroma másculo da pele dele.

O Herdeiro do CondeOnde histórias criam vida. Descubra agora