Epílogo

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William não conseguia tirar os olhos de Elena. Em hipótese alguma! Ela estava linda com os raios de sol, que passavam pela janela, batendo em seu rosto, que parecia uma imagem divina.

Deu mais um passo.

Escutou Edmund o chamando, mas não desviou o olhar de Elena que estava olhando para a bela criaturinha dentro do berço, ela parecia cantar ou falar com o bebê.

Deu mais outro  passo.

Olhou fixamente para a figura feminina que não percebeu sua presença no quarto, e sorriu. Céus como tivera sorte, sua esposa era uma ninfa perfeita e atraente.

Agora parado a porta ele se sentiu abençoado por ter Elena como sua esposa. William a olha com um sorriso no rosto que assustaria qualquer um que um dia pensou que William Richard Medgrove era um homem frio.

Há uma semana, William se descobriu realmente  apaixonado por sua  mulher. Não aquela paixão boba de apenas palavras e promessas vazias, mas sim amor. William se descobriu apaixonado por Elena desde quando ele fizera o parto de seu filho, Tristan, ou até mesmo antes, só que ele estava tão convicto de que emoções destruiria sua vida que se fechou. E descobriu o quão tolo foi por não dizer o quanto a ama com todo o seu coração... Na verdade a instantes atrás ele tentou dizer, mas Tristan começou a chorar atraindo a atenção de todos. — inclusive de Elena.

Por um instante e, tolo, muito tolo momento, William pensou na estúpida hipótese de Elena não sentir o mesmo. Se fosse antes ele não ligaria, mas a única coisa que faria se sentir melhor, agora,  ironicamente, faria seu mundo desmoronar ao seu redor.

Mas sua desnecessária paranóia se esvaiu quando Edmund disse com todas as letras enquanto estavam conversando e jogando bola no jardim:

— Mais é claro que ela o ama seu tolo! Só basta você dizer isso a ela.

Então, estivera esperando o momento certo para isso. Quando Elena se recuperasse do parto e  quando seu filho estivesse mais saudável, ele falaria e se abrira com sua mulher mesmo que isso fosse contra seus princípios. Há uma semana seu coração se contraia só de pensar na hipótese de algo acontecer com Elena, no parto, e ele não ter dito o quanto a amava. Por que, céus, não há como negar: Ele a ama! 

William sorriu ao chegar perto de Elena que ainda olhava para seu filho dormindo.

— Ele é lindo... — Disse ela ao perceber a presença do marido, olhando para seu filho que tinha apenas uma semana de vida.

— Igual a mãe. — William sorriu.

— Oh, William não seja bobo... Tristan é sua cara. Não há algum ser que negue.  — Elena sorriu e William sorriu abertamente e assentiu.

Ouve um silêncio até Elena suspirar. William abaixou a cabeça e quando abriu a boca para falar algo, Edmund apareceu na porta o chamado. William respirou fundo e foi atrás de Edmund.

Mas logo parou no meio do caminho. Os seus deveres poderiam esperar alguns minutinhos. Ou horas. Uma semana, ou duas...

Ao ver William sair do quarto Elena suspirou, olhou para seu filho e sorriu por alguns minutos antes de dizer:

— Oh, Tristan eu o amo... Mas ele nunca dissera tal coisa para mim. Ele demostra as vezes com elogios e carícias que me deixam extasiadas devo admitir, mas...

— Você quer ouvir que ele a ama, não?

Elena assentiu e paralisou ao se dar conta de que não era seu filho que falava com ela agora e sim seu marido. Ela o olhou, o sol que passava pela janela batia em seu rosto estava o deixando tão lindo que parecia ter sido esculpido por Deuses. Elena respirou fundo, afinal o que ele disse era verdade. Sempre tivera esperança que eles pudessem esquecer o passado e seguir em frente rendendo-se ao amor que os consumiu — sim, ambos consumiram.

O Herdeiro do CondeOnde histórias criam vida. Descubra agora