Capítulo Dois

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Depois de três semanas, já estava completamente adaptada com a casa, estava tudo bem na faculdade, fiz novas amizades, meu trabalho também era ótimo, Ana me adorou e ela é super meiga. Estava tudo correndo bem.
-Você anotou algo da explicação do professor? - Laura perguntou.
Laura é uma das minhas novas amizades da faculdade, ela é um pouco doidinha, mas super amigável e animada.
-Claro.
-Vou pegar emprestado, afinal nunca consigo acompanhar nada da aula dele.
Voltei para minha casa rapidamente, ainda tinha que ajudar mamãe no almoço, quando entrei na casa me esbarrei com alguém.
-Desculpa. - falei.
Olhei para cima e a pessoa estava me encarando séria.
-Deveria olhar para onde anda. - falou.
-Quem você pensa... - nesse momento fui interrompida por Patrícia entrando na sala.
-Lyla, parece que acabou de conhecer meu filho. - meus olhos se arregalaram. - ele acabou de chegar de uma viagem.
-Pode terminar o que estava falando, Lyla. - ele me encarava sério.
-Uma pena, esqueci completamente o que estava falando. - sorri, passando a mão por trás da cabeça.
-Noah, pare de incomodar a Lyla. - sua mãe o puxou.
Noah era bonito, parecia bastante com sua mãe, possuía o corpo definido, alto, mas não parecia nem um pouco simpático. Voltei a andar em direção a cozinha.
-Cheguei, mamãe. - disse.
-Lyla, termine de montar aquela salada, por favor.
-Tudo bem.
O almoço estava completamente servido na mesa, então meu celular vibrou.

Um desconhecido estava me mandando mensagens, falando coisas estranhas

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Um desconhecido estava me mandando mensagens, falando coisas estranhas. Minhas últimas mensagens foram completamente ignoradas. Fiquei um pouco preocupada, mas decidi apenas apagar as mensagens e esquecer isso.
-Lyla, está pronta? - Ana entrou na cozinha saltitante com muitos cadernos nas mãos.
-O que você tem aí? - perguntei.
-Hoje vamos colorir, trouxe muitos cadernos de colorir.
-Aninha, primeiro os dever de casa.
-Vamos colorir primeiro, Lyla. - ela juntou as mãozinhas e começou a implorar.
Puxei Ana até seu quarto para que pudéssemos fazer suas lições de casa.
-Vamos, Aninha.
-Não é tão fácil quanto parece, Lyla. - ela fez bico.
-Conte nos dedos. Dois mais dois, fico com quantos dedos? - perguntei.
-Um, dois, três, QUATRO DEDOS. - Gritou.
-Parabéns, Aninha. Vou levar você para tomar sorvete, já que conseguiu resolver todas as suas continhas de matemática.
-Eba!
Descemos as escada e fomos avisar a Patrícia que íamos sair.
-O Noah leva vocês de carro. - ela sorriu para ele.
Percebi muito bem pelo seu olhar que não estava nem um pouco afim de nos levar.
-Não precisa, Sra. Patrícia. - falei.
-Não se preocupe, ele também vai.
No carro o silêncio reinou, Ana jogava um jogo qualquer no tablet e eu apenas encarava a rua pela janela, então decidi começar uma conversa.
-Qual sua idade? - perguntei.
-Vinte e dois.
Esperei ele fazer a mesma pergunta de volta, mas nada.
-Já que não vai perguntar, vou responder mesmo assim. Tenho dezenove anos.
E mais uma vez surgiu o silêncio.
-Você é sempre calado assim?
-E você sempre conversa demais? - sorri envergonhada.
-Perdão, só queria conversar.
Ele estacionou o carro em frente à sorveteria e descemos.
-Qual sorvete você vai querer, Ana? - perguntei enquanto ela sentava em uma cadeira.
-CHOCOLATE! - gritou colocando as mãos para cima.
-Tudo bem e você? - encarei Noah.
-Nada.
Entrei dentro da sorveteria para comprar os sorvetes.
-Um de chocolate e o outro de flocos, por favor.
Depois de poucos minutos, peguei os sorvetes e paguei. Chegando próximo a nossa mesa, avistei uma cena e parei para observar por mais um tempo.

Mesmo aparentando ser sério, Noah parecia bastante próximo de sua irmãzinha, aquela cena de alguma forma me deixou muito feliz

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Mesmo aparentando ser sério, Noah parecia bastante próximo de sua irmãzinha, aquela cena de alguma forma me deixou muito feliz. Coloquei os sorvetes na mesa, logo os dois me encararam.
-Chocolate para a Aninha - entreguei o sorvete em suas mãos. - e flocos para mim
Noah ficou me encarando por alguns segundos, mas logo voltou o olhar para seu celular.
-Lyla, você gosta de parque de diversões? - Ana perguntou.
-Óbvio que gosto.
-Eu também. Maninho, leva a gente no parque de diversões. - mais uma vez ela juntou as mãozinhas e começou a implorar para Noah.
-Não vai dar, Ana. - respondeu seco, sem tirar os olhos do celular.
-Mas você prometeu que um dia me levaria, já que faltou ao meu aniversário. - Ana abaixou a cabeça triste.
Noah desviou o olhar do celular e encarou ela, parece que havia esquecido da promessa, respirou fundo e colocou a mão na cabeça de sua irmã.
-Então vamos ao parque de diversões.
Ficou bem claro no rosto de Ana que ela estava satisfeita e feliz. Terminamos de tomar nossos sorvetes e fomos direto ao parque de diversões.
-Eu quero ir no carrossel. - Ana falou.
-Você vai. - sorri.
Na porta do parque compramos nossos ingressos para entrar.
-Aninha, espera! - gritei, correndo atrás dela.
Ana entrou correndo no parque, indo em direção ao carrossel.
-Escolha um cavalinho. - falei, ainda recuperando o fôlego.
-Quero o rosa.
Ajudei ela a subir no cavalo e a observei de longe, mas meu celular começou a vibrar.

  Novamente minhas últimas mensagens foram ignoradas, isso está me deixando preocupada

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Novamente minhas últimas mensagens foram ignoradas, isso está me deixando preocupada.
-Está tudo bem? - perguntou, Noah. - Você está com cara de assustada.
-Sim, está tudo bem. - guardei o celular depressa na bolsa e olhei em volta tentando procurar alguém que estivesse nos encarando, nada.
-Certo.
Depois que Ana conseguiu ir em todos os brinquedos, decidiu ir embora. Só conseguia pensar nas mensagens que estava recebendo, estava ficando cada vez mais assustada e preocupada.
-Lyla, LYLA! - Ana gritou.
-Oi?
-Estava perguntando se quando chegássemos em casa íamos brincar?
-Não vai dar, Aninha. - ela fez beicinho. - tenho que estudar ainda.
-Tudo bem.
Quando descemos do carro, Aninha me encarou sorrindo.
-Me diverti muito hoje. Obrigada, Lyla. - ela pulou no meu colo e me abraçou.
-Que bom, Aninha. - sorri.
Ela correu pra dentro de casa. Estava indo em direção aos fundos, mas Noah segurou meu braço.
-Tem certeza que está tudo bem? -perguntou.
-Sim.
-Você está estranha, não me parece bem.
-Mas está tudo bem, garanto. - soltei meu braço e sai andando para minha casa.
Preciso me distrair e esquecer essas mensagens. Peguei meus livros para estudar, comecei a ler e reler, mas nada entrava em minha cabeça, novamente meu celular vibrou e meu coração parou.

 Peguei meus livros para estudar, comecei a ler e reler, mas nada entrava em minha cabeça, novamente meu celular vibrou e meu coração parou

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-Meu Deus, isso não vai parar? - coloquei as mãos no rosto e respirei fundo.
Deixei o celular de lado, deitei na cama e fechei os olhos, esperando que o outro dia chegasse logo.

O Admirador SecretoOnde histórias criam vida. Descubra agora