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— É claro que eu não sou da polícia. – O rapaz falou, tentando parecer firme.

— Jimin, o que aconteceu? – Seokjin colocou o braço do mais novo ao redor de seu pescoço ao perceber a dificuldade que ele tinha para se manter em pé e o trouxe para dentro de casa.

Jimin tinha arranhões em todo o seu corpo, hematomas enormes, um corte no lábio inferior, o olho esquerdo inchado a ponto de quase não conseguir ver e a sua bela roupa de antes estava parecendo trapos encontrados na rua.

— Por favor, não ligue para o Jungkook, ele não precisa saber, tudo se resolveu. –Ele falava com um tom trêmulo, com o olhar fixado para o chão.

— Ele não precisa me ligar. – A voz do terceiro foi ouvida por Park, que tentou levantar-se imediatamente, mas não teve forças para isso.

— Jung...

— O que você acha que eu sou? Realmente imaginou que poderia esconder isso de mim para sempre? Yah, olha o que aconteceu graças a sua mentira. – Ele evitava olhar para o menor, para que não desabasse em lágrimas ao ver o estado do homem que tanto amava, e Seokjin correu para a cozinha em busca de um kit para primeiros socorros.

— Eu sinto m...

— Por favor, pare de falar. – Ele tampou a boca de Park. — Você pode se desculpar depois, eu não conseguiria ficar realmente bravo em uma situação dessas. Jimin, eu estava desesperado, nem ao menos consegui pregar os olhos noite passada, estava com tanto medo de que algo acontecesse com você, eu não poderia te perder. Mas minha intuição estava certa, olhe para o seu estado.

— Eu estou bem.

— Sua definição de bem é estranha. – Jungkook tentava ao máximo não prestar atenção nos machucados de Jimin, e então Jin voltou com a maleta e os dois começaram a limpar o sangue em volta dos machucados de Park e cobrir as feridas.

— Você pode nos contar o que aconteceu? – O mais velho perguntou.

— Eu... Eu fui procurar o Jungkook, mas o Taemin me mandou mensagem pedindo para brincar de esconde-esconde, eu entrei em desespero e comecei a procurar por ele em toda a escola, mas quando cheguei no pátio escuro alguém veio por trás de mim e eu fiquei insconsciente. – Ele respirou fundo ao começar a lembrar, e então bebeu um pouco da água trazida por Jin. — Depois, eu acordei com as pernas e braços amarradas em uma cadeira, eu estava de frente para uma parede e nela tinha uma carta aberta.

— O que dizia?

— Hyung, ele não estava se vingando por eu estar feliz com outra pessoa, ele queria me fazer sofrer a dor que ele sofreu.

— Que dor? Aquele babaca nunc...

— Jungkook, deixa ele terminar.

— Quando eu saí de Busan, alguns assuntos meus ficaram pendentes e quem pagou pela minha imprudência foi o Taemin, ele foi fortemente espancado por eu ter deixado meu trabalho incompleto. Na carta ele dizia que aquilo era uma punição para eu sentir a mesma dor que ele sentiu, no final estava escrito que a partir de lá eu estaria livre do trabalho sujo.

— Então por que você está machucado?

— Dois homens foram lá, eles fizeram isso, e depois falaram que "o trabalho estava acabado e eu não era mais um Busan Boy".

— O que é Busan Boy?

— Era o nome por qual nós, que fazíamos coisas erradas, atendíamos. A sigla era BB.

— O que aconteceu depois?

— Eles me disseram para ficar de boca calada se quisesse me livrar de tudo e me jogaram para fora de um depósito.

— Você lembra onde era?

— Era perto daquela farmácia... Eu não consigo me lembrar o nome... A que foi fechada por vender produtos ilegais.

— Eu sei qual é. – Jungkook falou e foi em direção a porta.

— Ei, para onde você vai?

— Você acha que eu vou deixar eles espancarem meu namorado e saírem sem nenhum arranhão?

— Jungkook, eu mereci isso.

— E eles merecem uma surra agora. – E então ele saiu, furioso e imprudente, sem nem ao menos olhar para os lado, e Seokjin saiu correndo da casa para parar o rapaz, mas viu que era tarde demais ao vê-lo atravessar a rua com o sinal aberto

— JUNGKOOK!

「busan boy」 [ji+kook]Onde histórias criam vida. Descubra agora